Capitulo Quatorze

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Sina - Uma semana depois

EU ACHO QUE NUNCA FIQUEI TÃO SURPRESA POR VÊ-LO, MESMO na vez que ele ligou e dirigiu de Boston até a minha casa. Eu era a única em casa e estava estudando um pouco, queria voltar das férias preparada e também não tinha muito o que fazer.

Quando fui para a cozinha pegar alguma coisa para beber, ouvi alguém batendo na porta. Eu não imaginei que fosse ele. Era Conrad. Ele parecia nervoso e completamente fora de órbita.

Eu franzi a testa e o olhei por um momento.

- Oi - ele me cumprimentou.

- Ahn, oi? - eu disse. - Conrad, o que faz aqui?

- Eu... eu preciso falar com você.

Eu pisquei algumas vezes, aquilo estava cada vez mais estranho. Conrad quase nunca ficava nervoso, e não estávamos mais juntos, o que ele estava fazendo ali? Assenti, por fim, e dei espaço para que ele entrasse.

Fomos para cozinha e esperei que ele me dissesse o que precisasse. Então ele pegou algo do bolso do casaco e fechou a mão em volta do objeto, olhou pra mim e suspirou antes de dizer:

- Lembra do infinito?

Eu assenti lentamente e um pouco confusa. Ele olhou para o objeto na mão e estendeu pra mim.

- Pegue.

- O que?

Franzi a testa e estendi a mão. Era o colar do infinito. Minha mente se voltou para o momento que encontrei o colar, Belly havia colocado o mesmo e disse que eu a agradeceria mais tarde.

- Comprei esse colar para te dar de aniversário.

Meu aniversário.

O único ano que Conrad se esqueceu de me comprar um presente de aniversário. Eu sabia que era meu no momento em que o vi na escrivaninha de Conrad. Eu não acreditava que Conrad estava me dando, quer dizer, ele estava com Belly.

Então tudo se encaixou.

Belly entregou a ele no dia que ele fez as provas. Foi por isso que ela o chamou para conversar.

- É seu. Eu estava com medo demais pra te dar isso naquele dia. - ele disse e pareceu engolir em seco.

Mordisquei o lábio.

Ele voltou a falar:

- Eu quero que você saiba que, não importa o que aconteça, valeu a pena pra mim. Estar com você. Eu não me arrependo e sinto muito se fiz parecer que me arrependia no dia que brigamos depois do enterro. Eu... Eu estava no meu pior momento, acho que ainda estou. Mas eu ainda amo você. Nunca deixei de amar, mesmo quando disse todas aquelas coisas.

- Conrad... - respirei fundo e continuei: - Sinto muito pelo que fiz e disse naquele dia. Fui egoísta, deveria ter...

- Não. Eu que agi como um idiota, eu que te devo desculpas.

Neguei com a cabeça. Ele estava errado. Eu que errei, a mãe dele morreu e eu nem me importei em dizer aquelas coisas pra ele. Ou agir daquela forma. Conrad mordeu o lábio inferior e se aproximou hesitante.

- Espero que não seja tarde demais.

Não era. Eu nunca deixaria de amá-lo. Nunca. Nem mesmo se se passassem anos. Conrad realmente estava ali. Dizendo aquelas coisas pra mim.

- Eu ainda te amo. Mas e você?

Ele nem precisava perguntar. Sorri e me joguei em seus braços. Conrad me segurou e colocou o rosto no meu pescoço.

Quando voltei para o chão, ele me beijou. Eu me senti nas nuvens. Conrad Fisher me amava. E estávamos nos beijando.

Nos separamos por falta de ar e eu sorri feito criança.

- Deixa eu te perguntar, o que Belly te disse?

Conrad riu e piscou algumas vezes.

- A verdade. É incrível como ela sempre abre meus olhos.

- Tenho que concordar - brinquei.

Conrad sorriu e pegou o colar das minhas mãos, ele empurrou um pouco meu cabelo para o lado e colocou ele em mim.

Segurei o pingente sorrindo.

- A propósito, gostei que pintou o cabelo de novo. - disse Conrad.

Não consegui deixar de revirar os olhos e rir com ele. Então Conrad me beijou de novo.

Eu não me importava com mais nada além daquele momento. Não sabia o que me aguardava no futuro, mas sabia que queria estar com ele em cada momento da minha vida.
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Meu. Deus. Esse foi o último capítulo e ele tem apenas 686 palavras. Gente, me desculpa, eu não sabia que ficaria tão curto, eu escrevo pelo notas antes de postar aqui e no meu celular não é por palavras e sim por páginas.

Chegamos ao fim da fanfic e eu confesso que estou muito triste, eu realmente não queria terminar. Mas não vou escrever um discurso agora, porque quero deixar um recado especial a vcs nos agradecimentos.

O epílogo sai 16:30

Amo vcs❤

MEMORIES | CONRAD FISHEROnde histórias criam vida. Descubra agora