𝐂𝐚𝐩𝐢́𝐭𝐮𝐥𝐨 𝟐𝟏

2.2K 221 97
                                    

As malas estão sendo levadas por funcionários encarregados da função, contratados por Kokonoi para levar e voltar até a estação

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

As malas estão sendo levadas por funcionários encarregados da função, contratados por Kokonoi para levar e voltar até a estação. Iremos viajar de avião particular até Reino Unido, onde Haruchiyo garantiu que seremos recebidos por um carro até o caminho da casa nova. Tudo está acontecendo rápido de mais, desde a mudança de casa até o avanço de nossa relação. Não poderemos ficar literalmente juntos no país novo, pois Haru irá se internado por alguns meses, até estar bom o suficiente para ser colocado em sociedade novamente. Ter de lidar com grande parte disso sozinha durante um tempo é assustador, mas tenho a sensação que irei lidar, assim como lidei em Kyoto.

Até o momento, ele não pareceu repensar a ideia de internamento, o que é incomum para pacientes do gênero. Entretanto, enquanto fazíamos os formulários da hospitalização ontem, Haru não parava de roer as unhas. É tarde de mais para voltar, eu penso. Tenho a mão envolvida na de Haru, ambos assistindo a última mala sendo transportada. O pessoal da gangue está aqui, até mesmo Kokonoi, alegando quer ter certeza de não destruímos o avião. Viro apenas a cabeça, olhando para atrás e assistindo meus irmãos juntos, silenciosos há muito tempo. Preciso soltar Haru para ir até eles me despedindo.

- Cuidem um do outro - Lembro o que já é óbvio. Ran me puxa primeiro, abraçando com força, como se quisesse me guardar dentro dele. Sempre foi assim, quando eu estava assustada, Ran me puxava para perto e tentava dizer que tudo iria ficar bem. Quando é vez de Rindou me abraçar, sussurrar em meu ouvido

- Por favor, se cuida. Vamos visitar em algumas semanas - Concordo, ainda envolvida contra seus braços firmes. Rindou sempre esteve ao meu lado quando precisei, sei que se todos resolvessem me deixar, Rindou nunca poderia estar incluído entre eles. Quando tudo estava difícil de mais em casa, com nossos pais, era ele o único a me entender e permanecer ao lado. Eu amo minha família, mais que tudo, e ter de crescer e ficar longe parece rasgar a pele com os próprios espinhos. Mesmo sendo libertador, também é desesperador. Recuo um passo, decorando a imagem de ambos mentalmente e repetindo mil vezes que fiquem bem, pois não iria tolerar qualquer ruína. Suspirando, olho para o lado encontrando Kakucho. Sorrio caminhando em sua direção

- Valeu, por cada instante, mesmo que poucos - O breve sorriso do garoto vacila, me fazendo se sentir a vontade para abraçá-lo. Utilizo força contra seu corpo, desejando que permaneça bem, que encontre seu propósito que se perdeu a anos atrás. Com a boca contra meu ombro, Kakucho murmura apenas para que eu escute

- [nome], ninguém nunca me abraçou antes - Aquilo me fere como mil facadas nas costas. Sinto uma forte necessidade de permanecer por mais alguns dias ao seu lado, pedir para contar toda sua história sem absolutamente nada em troca, antes de acolhê-lo com o necessário. Entretanto, não tenho mais tempo o suficiente. Afastando, seguro seu rosto com uma mão

- Venha nos visitar, Kaku - Apenas balança a cabeça concordando, espero ser verdade de sua parte. Por último, paro em frente a Kokonoi sorrindo de canto, tão traiçoeiro quanto uma raposa

𝐑𝐢𝐠𝐡𝐭 𝐇𝐞𝐫𝐞, sᴀɴᴢᴜ ʜᴀʀᴜᴄʜɪʏᴏ Onde histórias criam vida. Descubra agora