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━━━━━• POV [nome] •━━━━━
O dia foi tão terrível quanto imaginado. Odeio trabalho de seminários para serem apresentados em sala, mas tento tirar tudo de minha alma em buscar de validação acadêmica. Minha nota foi boa como de costume, contudo, não conseguiu saciar minha sede por aquilo. Nunca parece ser suficiente. Chegando em casa, sigo para o banheiro após avisar os meninos que cheguei. Tomo um banho demorado tentando esfriar a mente e aliviar os músculos atrofiados pela tensão do dia, uso dos melhores produtos, como se aquilo pudesse me fazer melhor. Saindo, coloco qualquer música apenas que ajude a me arrumar para viver o resto do dia. Por volta das duas horas, sem ter comido absolutamente nada, me sinto esgotada para fazer qualquer outra coisa que não seja deitar na cama e dormir durante a tarde.
Deve ser por volta das seis ou sete horas, quando a mão me balança desejando que acorde. Tenho dificuldade para abrir os olhos e ver a figura logo de primeira, então tiro alguns segundos até que minha visão consiga focar, é Ran. O mais velho sorri devido minha cara amassada, então fecho os olhos novamente, ainda tomada pelo sono
- [Nome] - Ele fala, me balançando novamente. Abro apenas um olho, pois o outro esta sendo amassado pelo travesseiro - Precisa acordar
- Deixe a janta separada, vou comer depois - Tento dar as costas, mas ele segura. Me sinto irritada pelo sono interrompido - O que foi?
- Nossa mãe, ela está aqui para jantar com a gente - Pulo da cama no mesmo instante, sentando ao lado de Ran e esfregando o rosto exausto. Como se o dia não estivesse sendo péssimo o suficiente, ela surge sem dar avisos e pensando ser algo legal. A casa não é de nossa mãe, é dos garotos devido aquele trabalho não legal, mas ela sempre gosta de agir como se fosse a dona de tudo. Se esquece que somos adultos, que nunca realmente precisamos dela para sobreviver, ou que nunca tivemos uma relação boa o suficiente para se importar. O quarto se torna em silêncio, um clima de luto, talvez minha vontade tenha morrido nesse dia. Uso uma saia escura que marca a silhueta e camisa branca de compromissos importantes, além da tiara com pedras vermelhas e douradas. Ran me espera durante todo o tempo, para que juntos saíamos do quarto em braços laçados e sorrindo de canto.
Chegando, é possível encontrar Rindou soltando uma risada forçada, enquanto ajuda nossa mãe a servir a mesa com talheres e comida. Poderia alimentar um batalhão, eu penso, mas provavelmente algo irá acontecer antes da comida ser consumida, fazendo que boa parte seja descartada no lixo orgânico, estou acostumada. Na mesa, sorrio a ela como boas vidas, o que retribui de orelha a orelha dando destaque nas marcas da idade. Todos se sentam em volta da mesa, com Rindou ao meu lado e mamãe e Ran logo a frente. Minha mãe, antes de se servir, pega o prato de Ran para fazê-lo sem dar esforços a ele. Finjo não ser nada de mais, apenas uma mãe pegando comida a seu filho, mas quando Rindou vai se servir sozinho ela rouba o prato de sua mãe e entrega para mim, agindo como se fosse minha responsabilidade servi-lo. Em primeiro segundos eu travo, pois as coisas não são assim durante o dia com meus irmãos, mas logo obedeço seu pedido silencioso me negando a causar uma discussão sem fins. Nós duas somos as últimas a serem servidas, sem ajuda. Prendo a respiração quando pergunta
