𝐂𝐚𝐩𝐢́𝐭𝐮𝐥𝐨 𝟏𝟒

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━━━━━• POV [nome] •━━━━━

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━━━━━• POV [nome] •━━━━━

- [nome]... - Escuto o murmúrio no fundo do sonho, me fazendo retornar a realidade lentamente. Analiso ao redor, lembrando estar em Tokyo, dividindo o mesmo travesseiro com Haruchiyo. Esfrego entre os olhos, tentando focar a visão para ler o relógio na escrivaninha. Ainda é quatro da madrugada, fazem poucas horas que caímos no sono, como duas pedras pousando na água. O corpo de Haru se movimenta, ombros inclinandos para frente buscando proteção no próprio. Geme tentando dizer algo na busca de ajuda, o pesadelo deve estar terrível diante suas expressões de angústia.

Lentamente passo a mão contra a bochecha quente, tentando despertá-lo, enquanto chamo o nome em tom auto suficiente para não criar pânico. Acorda ofegante, não me avistando de primeira. Fecha os olhos e pressiona a mão no peito, como se estivesse morrendo por medo, seja lá o que tinha em sua mente

- Estou aqui - Lembro, puxando seu corpo para um abraço. Acaricio os fios rosados entre os dedos, marcando presença - Estou aqui, meu amor. Está tudo bem

- [Nome] - Chama, finalmente entendendo ser apenas um pesadelo ruim. O corpo permanece tremendo, por instinto elevo a mão até sua testa medindo a temperatura, retiro na mesma velocidade

- Céus, você está queimando de febre. Deita, eu vou pegar...

- Me escuta, estou bem - Diz segurando o pulso impedindo os movimentos de acontecer. Solta uma risadinha abafada, nada divertida, então beija bem no topo de minha cabeça tentando acalmar. Com o polegar e indicador levantando meu queixo, avisa encarando diretamente, totalmente corado de febre - Não precisa ficar preocupada, estou bem. Onde fica o quarto do Ran?

- Por que precisa saber o quarto de meu irmão?

- Só fala onde fica, por favor - Forço os dentes, preocupada por esconder tanto a verdade. O coração se aperta, ansioso de preocupação, então me permito indicar o caminho

- A última porta do corredor, te levo lá...

- Não, você fica aqui. Descubro isso sozinho, ok? - Inclino a cabeça odiando sua ideia. Trocamos olhares, disputando quem irá ganhar essa briga de ir ou ficar, mas no fim desisto, sabendo que Haruchiyo pode ser a pessoa com a cabeça mais dura que já conheci em vida. Quando de pé, nos primeiros passos em direção a porta, acaba se escorando precisando de apoio para não cair, devido fortes vertigens. Faço menção de levantar e ajudar, mas levanta o dedo indicador sinalizando que devo permanecer parada. Respeito os segundos necessários, até que esteja agindo normalmente. Haru desaparece pela porta, me deixando sozinha no quarto escuro, iluminado apenas com luzes externas do terreno

Ligando o abajur, abraçando as cobertas com frio, encaro o mural de fotos logo em frente. Meus olhos se prendem na imagem com Emma, roubando tempo o suficiente para Haru retornar. Não voltamos a deitar, ficando sentados na cama, costas escoradas na parede e visão para as fotos. Não preciso olhar para saber estar melhor, de forma suspeita, como se tivesse tomado um remédio de efeito imediato. O silêncio se estende, indicando que ambos trabalham com seus pensamentos a serem incômodos, não demorando a acontecer

𝐑𝐢𝐠𝐡𝐭 𝐇𝐞𝐫𝐞, sᴀɴᴢᴜ ʜᴀʀᴜᴄʜɪʏᴏ Onde histórias criam vida. Descubra agora