Mini capítulo 10 "Dança"

3.5K 317 13
                                    

Faith

- Você tem noção que eu planejo te matar, não é? - Falo irritada, nem tanto assim - E quanto mais você fala mais a minha vontade aumenta.

Ele ri sarcástico.

- Eu sei que você acha que quer me matar - Ele se aproxima com o seu sorriso de lado e seus olhos fixos em mim - Mas, eu sei que vai desistir dessa ideia absurda e vai se apaixonar por mim.

Dei risada, bati as mãos em uma palma única e joguei a cabeça para trás e senti uma sensação gostosa que sempre sinto ao dar risada junto com uma falta de ar.

Assim que Recuperei o fôlego voltei a encarei ele, que tinha um sorriso lindo nos lábios.

- Acho melhor você parar de criar esperanças, bonitinho. - Mordi os lábios em uma tentativa inútil de esconder o sorriso - Vai ser difícil fazer eu me apaixonar por você, quase impossível.

Ele sorri mais.

- Eu aceito o desafio. - Ele colocou uma mecha do meu cabelo atrás da orelha antes de se aproximar dela e dizer baixo - E eu quero que saiba que eu estou a um ponto de rastejar aos seus pés.

[...]

Acordo assustada com o som de uma música muito alta, tipo muito alta.

Olho lá fora e ainda está de dia.

Garoto maldito.

Tiro a coberta de cima de mim e levanto com raiva, piso forte no chão conforme ando até o som alto.

- Kai - Gritei quando cheguei mais perto - KAI - Gritei mais alto ao abrir a porta - Seu filho da...

Minha voz morreu quando vi a cena na minha frente. Kai Parker estava sem camisa dançando com uma colher de pau nas mãos enquanto cantava, meus olhos desceram por todo o seu corpo, prendi o ar sem perceber.

Quando subi meus olhos para os dele vi que estavam presos em mim e levemente arregalados, quando abaixei a cabeça para me olhar percebi que estava apenas com uma blusa grande que mal cobria a minha bunda, e uma calcinha pequena de renda preta.

Não senti vergonha, na verdade fiquei feliz em saber que eu o afeto tanto quando ele me afeta.

- Perdeu alguma coisa aqui? - Perguntei provocando.

- Talvez a mesma coisa que você tenha perdido no meu abdômen hoje e ontem, bruxinha - Ele pareceu voltar a realidade antes de me responder com o seu clássico sorriso de canto.

Agora eu senti vergonha, senti minha bochechas arderem e disse com uma cara brava para disfarçar.

- Abaixe essa merda de música - Falei entre dentes.

- Ou vai fazer o que, Bruxinha? - Sorriu sarcástico - Para de ser chata e vem dançar comigo - Ele segurou a minha mão e me puxou.

Kai girou meu corpo e jurou nossos corpos segurando uma de minhas mãos e abraçando a minha cintura com a outra, cedendo descansei a minha mão livre no ombro dele.

Sorri quando vi que ele estava fazendo caretas para me animar.

Começamos uma dança desengonçada pela sala, Kai girava meu corpo enquanto cantava a letra da música antiga, quando meu corpo voltava para ele, Kai abraçava meu corpo cada vez mais.

Com sua velocidade de vampiro ele nos levou para cima do balcão, em cima do balcão ele andou para traz me puxando com ele e depois me fez girar várias vezes até a outra ponta.

A música acabou e nossa dança também, ofegantes nos encaramos e demos risada.

Joguei a cabeça para traz gargalhando, quando voltei a olhar para ele vi seus olhos brilharem e isso me fez arrepiar e meu coração acelerou quando ele se aproximou olhando fixamente para a minha boca.

Ele esta muito perto, perto de mais.

Passei a língua pelos lábios molhando eles, Kai acompanhou o movimento com os olhos e se aproximou mais ainda.

Quando nossos lábios estavam tão próximos quase se tocando, um barulho alto fez a gente se separar.

- O que foi isso? - Perguntei, cai me olhou confuso e saímos de cima do balcão, quando íamos sair da casa Kai me para e segura meu braço - O que é?

- Você vai sair assim? E se tiver alguém lá fora que foi preso por bruxos aqui? - Ele aponta para a minha roupa e só agora me lembro que só estou com uma camisa e calcinha.

- Espera um segundo - Corri com a minha velocidade de vampiro ao quarto que eu estou dormindo e coloquei um shorts qualquer.

Desci na mesma velocidade e saímos da casa.

- Vamos dar uma volta por aí, para ver se encontramos alguém. - Ele diz.

- Sempre faz esse barulho alto quando alguém vem para cá? - Pergunto e ele concorda.

Continuamos andando até que eu ouvi vozes.

- Pera aí - Segurei seu braço e me prestei atenção na minha audição.

"Onde será que ela está?"

"Esse lugar parece uma cidade fantasma."

Eu conheço essas vozes.

- Finalmente - Sorri reconhecendo as vozes.

- O que? Quem são elas? - Ele perguntou.

- Uma é minha irmã e a outra infelizmente não é minha cunhada - Disse e segui as vozes.

Freya e Hayley.

- Onde você está, Faith? - Ouvi a voz da Freya.

- Bem atrás de você, maninha - Falei sorrindo.

As duas se viraram e sorriram ao me ver.

Faith MikaelsonOnde histórias criam vida. Descubra agora