I - Luke

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(Capítulo reescrito)

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Tudo pode acontecer quando se tem amigos leais, verdadeiros, e, que acima de tudo; te apóiam.
Era assim que Luke se sentia antes de assumir aos amigos que era gay.

Porém, desde que decidiu que sim, sairia do armário e finalmente se assumiria para aqueles que considerava como irmãos, sua mente deu uma reviravolta.
Sempre via seus amigos reagirem bem com alguns alunos que tinham sua sexualidade exposta, entretanto, a situação era diferente, certo? Afinal, uma coisa é saber que uma pessoa que não tem nenhum tipo de relação que se ligue diretamente à você se assumindo, e outra totalmente diferente é ter um de seus amigos, homem, se assumindo para outros amigos homens, que gosta de homens.

A mente do pequeno — não tão pequeno assim —, Hemmings, borbulhava. A ansiedade de unia a paranóia, criando várias e várias hipóteses do que poderia acontecer. E essas alucinações iam desde o fim da amizade de quinze anos, até o cenário que mais o perturbava: ser recriminado por aqueles que considerava irmãos. 

Tinha acordado cedo naquele dia em específico. Às sete horas da manhã de um sábado. O porquê de tê-lo feito? Bem, estava ansioso pois decidiu se assumir para todos que amava, a começar por sua mãe, Elizabeth Hemmings.

Desceu as escadas que levavam até o sótão, onde tinha adotado como quarto, e caminhou até a cozinha em passos lentos. A cada passada, sua mente pensava mais à respeito da decisão do garoto. Afinal, tinha apenas dezesseis anos, estava cursando o segundo ano do ensino médio, poderia no mínino, esperar a maior idade para o fazer. Mas lá no fundo, sabia que o momento certo era esse, e que se não fizesse, nunca mais faria.

Entrou na cozinha onde encontrou sua mãe terminando de preparar as panquecas para o café da manhã, e foi  sentar-se à mesa. 
Observava cada movimento que a mulher fazia com pesar, ficaria realmente triste caso sua reação fosse negativa, afinal,  a matriarca era seu alicerce ali. 

— Bom dia bebê. — Ouviu a voz alegre da mulher o cumprimentar, levantou o olhar e sorriu. — Dormiu bem? Por que está acordado a essa hora? Vai sair? — Questionou, já que era realmente raro disto acontecer, e o fato do menino estar de pé antes das dez da manhã era realmente suspeito.

O mais novo negou as últimas perguntas com um acenar de cabeça. O que só fez a mulher ficar ainda mais curiosa.

— Eu... Precisamos conversar sobre algo. — E depois disso, sua feição foi murchando.
A mulher o olhou preocupada e pegou em  sua mão o guiando até a sala. Tinha uma possível ideia do que viria a seguir, e queria mostrar que, independente do que fosse, estaria ali por ele. 

— Pode falar amor, você sabe que eu o amo acima de qualquer coisa. — Lhe assegurou enquanto segurava ambas as mãos. Luke chorou por medo e receio de que a mulher voltasse atrás.

— Não diga isso ainda, mãe. — Disse embolado com as lágrimas, mas abraçou a mulher e seguida, murmurando vários te amos.

— Luke, eu te conheço, te criei desde que você saiu de meu ventre, acha que  não sei suas preferências? Você acha que não sei o quanto ama a cor verde por o lembrar certos olhos? Ou como tem um ciume imenso naquela guitarra Yamaha? Ou que prefere meninos à meninas?  Bebê, eu te criei, o mínimo que tenho que saber é sobre você, sei que esse momento está sendo difícil, sei que você está lutando para me dizer o que eu já sei, mas saiba que te amo, e sempre te amarei independente do que você goste. Afinal, a vida é sua, você quem tem que gostar, não eu. — Disse e o garoto apenas chorou ainda mais e abraçou a mãe. 

Ah como amava aquela mulher...

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Segunda-feira tinha chegado, e junto à ela,  responsabilidade de ir para a escola e  decisão de contar aos outros garotos. 

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