Capítulo 3

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Steve

Algumas horas antes...

Lembra que disse que poderíamos estar ferrados? Bem, estamos piores que isso.

Nós estávamos passando pela rua da Max, pois já era a hora de levar o café da manhã para o amiguinho do Henderson, quando vimos dois carros de polícias e uma ambulância em alta velocidade ultrapassar Catarina, minha BMW. Nos entreolhamos assustados, pois além de ser muito cedo, eles estavam indo em uma direção que dava à estrada em que daqui a pouco entraríamos para estar no esconderijo de Munson. Resolvemos, portanto, seguir as viaturas e o que encontramos foi uma Nancy Wheeler assustada conversando seriamente com alguns policiais. A rua estava cercada, havia pessoas para todo o lado com expressões curiosas, jornalistas e... Um corpo, no asfalto.

Resolvi sair do carro, apoiando minhas mãos na porta do mesmo, em seguida Robin, Max e Dustin fazem a mesma coisa.

Nancy percebe que estamos por perto e faz um sinal discreto para esperarmos, eu aceno em concordância e é isso que fazemos até estarmos sentados em bancos de madeiras em uma pequena coberta no local dos trailers, onde Wheeler nos conta o que tinha acontecido e com quem.

— Quer dizer que essa coisa que matou o Fred e a Chrissy é do mundo invertido? — ela questiona.

— É o que tudo indica — falo.

— A teoria atual é de que ele ataca com uma maldição, um feitiço. Mas como e por que não sabemos. — Henderson declara.

— Ainda não faz sentido.

— É só uma teoria — Herdenson diz a Nancy.

— Não, o Fred e a Chrissy não fazem sentido — ela pronuncia — Por que eles?

— Talvez eles só estavam no lugar errado.

— Ambos estavam no jogo e nos trailers, não? — Max pondera. O que me faz ter medo porque bem, estamos nos trailers.

— Que tal a gente vazar daqui? — eu imploro.

— Pode ser alguma coisa por aqui, ou sei lá... Fred parecia com bastante medo quando estávamos chegando. — Nancy diz olhando para o vago, sua expressão amedrontada.

— É, e a Chrissy estava irritada né Max? — Dustin pergunta a Max que concorda.

— Olha, eu não sei vocês — me pronuncio — mas se eu visse monstros e essas coisas malucas eu comentaria com alguém...

— É possível.— Max me fala. — Eu vi a Chrissy saindo da sala da Kelly, a terapeuta. Certamente, se você vê um monstro não contará para a polícia-

— Mas a terapeuta poderia ser — Robin conclui a linha de raciocínio de Max.

Todos nos entreolhamos, e, merda, já sabíamos que tínhamos um caso a solucionar. Em poucos minutos, todos estavam andando em direção ao meu carro, nós íamos atrás dessa tal Kelly. Mas então Nancy toma uma direção contrária à nossa. Eu pergunto o que ela pensa que está fazendo e a sua resposta é:

— Ah, tem uma coisa que eu quero conferir..., mas é um tiro no escuro, é melhor vocês não se preocuparem com isso.

— Ah, ok, então você vai sozinha sabendo que tem um tal de Vecna maluco à solta? — eu discuto — Não, não, você precisa de, sabe, alguém para te ... Pega, toma, você dirige Catarina até a tal terapeuta e leva as crianças — digo jogando a chave do carro para Robin.

— O-o quê? Não! Eu não posso dirigir! — ela me diz.

— Porque não? — eu pergunto.

— Porque eu sou pobre e não tenho carteira de motorista!

Uma dupla caótica (Steddie)Onde histórias criam vida. Descubra agora