Um Paulista Perdido no RJ

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Ps: Aproveitei que hoje é feriado, e resolvi atualizar, taca uma dedada bem gostosa na estrela, e se prepara pros mimos pós depressão!

Enjoy yourself & Degustem!!! 🤓📚

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Rio de Janeiro - Brasil

• Aeroporto Internacional do Galeão •

(8:15am)

Richie Tozier roía as unhas, ao mesmo tempo em que os olhos atentos, corriam de um lado a outro, pois a cada minuto que se passava, sua ansiedade só ia aumentando, todos os aviões que pousavam era motivo para lhe deixarem eufórico, nervoso, e principalmente ansioso.

— Eu disse que vôo iria atrasar, sempre é assim, nem adiantava chegar tão cedo.

Pondera Maggie sentada ao seu lado, enquanto olhava para seu relógio de pulso, logo volta a ler seu livro na paz do senhor.

— Melhor cedo do que tarde, a senhora mesmo diz isso, a vida toda.

— Eu sei, mas tenta relaxar um pouco, já tô agoniada de ver essa sua perna balançando mais rápido que a do tagarela quando tá se coçando.

— Foi mal... — parou de mexer, então suspirou — Eu acho que dá última vez que fiquei tão ansioso assim, foi quando saiu a lista de aprovados do Enem logo depois que terminei o ensino médio.

Comentou, apoiando a cabeça na encosta da cadeira.

— Por que não lê um pouco? Ajuda a reduzir a ansiedade.

— Olha só pra mim mulher... — apontou pra si mesmo — Eu mal consegui dormir a noite inteira, acha mesmo que eu vou conseguir me concentrar em um livro? Ainda mais agora, que falta tão pouco? — Olha novamente pra frente — Tão pouco, nem dá pra acreditar.

— Então vai comprar uma água pelo menos garoto, eu hein!? Aliás, compra não, porquê tudo no aeroporto é quatro vezes mais caro, eu tenho aqui. — tira da bolsa uma garrafinha que estava pela metade e entrega a ele, que pegou e abriu — E vê se não fica sufocando muito o menino, deixa ele chegar direito, seja decente.

— Impossível, vou abraçar tanto e beliscar aquelas bochechas, que ele vai implorar pra ir embora de novo! — sorriu e em seguida bebeu dois goles d'água.

— Misericórdia.

Richie sorriu outra vez, voltando a prestar atenção naquela porta de desembarque, que abria e fechava o tempo todo, com as pessoas das mais aleatórias possíveis. Dois anos, esse foi o tempo que passou desde aquele ano, tantas coisas haviam mudado, que Richie se quer sabe por onde começar a contar, ele agora com seus vinte e um anos, já está no seu último ano da faculdade.

Ainda naquele ano, após o mês de julho ter acabado, todos voltaram às suas rotinas, só que Tozier retornou com um grande diferencial, foi difícil ter que lidar com muitas questões, mas ele resistiu, depois daquela conversa que teve com os pais, onde foi como ter nascido outra vez, ele fez várias promessas a si mesmo, sobre as coisas que iria mudar dali pra frente, é óbvio que não conseguiu realizar todas, mas não se importou; lidar com seu novo "eu" foi de fato o processo mais demorado e exaustivo de todos, aquele fim de ano foi um verdadeiro inferno para si, pois além da saudade, das crises de pânico constantes, a depressão que desenvolveu, e as mudanças que vieram a surgir com o passar dos meses, ainda tinha que lidar com seus sentimentos, conseguiu novamente contato com Eddie quase no fim de agosto, quando o mesmo teve seu celular de volta e sua privacidade também.

Eles mantiveram a promessa de se falarem todos os dias, trocavam mensagens, às vezes demoravam a se responderem por conta da rotina puxada, mas a noite, entravam em ligação e Eddie sempre cantava para si, eles mantiveram essa rotina por uns dois meses, até que as mensagens foram ficando menos frequentes, as ligações já não aconteciam todas as noites, apenas nos fins de semana, até que pararam... Algo estava realmente mudando, e por mais que os dois se esforçassem para continuarem sendo os mesmos, nunca há como manter por muito tempo, isso foi os deixando pior, porquê era como se o amor estivesse “esfriando” por conta da distância, embora ainda se amassem; o estresse da rotina, as frustrações cotidianas, a exaustão, estavam começando a se tornarem obstáculos altos demais, para serem alcançados e ultrapassados.

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