thirteen

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Sab povs.

Eu passei por Noah com as bolsas que não estavam tão pesadas. Fui até a porta e acabei tropeçando.

— Sabina? — do nada me veio na cabeça de correr. Passei as mochilas pelos meus ombros e comecei a correr.

Corria pela rua que estava vazia pelo temporal que estava vindo. Quanto mais acerelava mais perdia o folego.

Olhei pra trás e vi o carro dele acerelado vindo até mim. Tentei correr mais sem pensar na possibilidade de subir pra calçada.

Logo sua BMW parou na minha frente quase me atropelando.

— Você tá louco? Tá tentando me matar? — perguntei brava e ele saiu do carro vindo bravo até mim.

— Que porra é essa garota? — Ele perguntou praticamente gritando. Ele estava bravo, e próximo de mim.

— Eu não quero ir você.

— Você acha que você tem escolha? Não! Não tem. Agora entra na porra desse carro sem me dar trabalho.

— E se eu não entrar?

— Não vejo problema nenhum em te colocar. — ele falou e respirei fundo. Abaixei a cabeça olhando pro chão de asfalto. — Qual foi? Tá com medo de mim? — olhei pra ele e sorrir.

— Confesso que na primeira vez que te vi eu me assustei. Mais agora, não tenho medo tenho raiva, ódio. — ele revirou os olhos.

— E provavelmente você está com vontade de me matar, né?

— E muita. Não imagina o quanto.

— Olha. Uma coisa que temos em comum. Eu odiava o seu pai, e o matei. E você me odeia, e quer me matar. — ele disse simples. Eu queria argumentar algo, mais o filha da puta me deixou sem palavras.

— Poisé. Mais tem duas diferentes. Eu quero te matar por te matado o meu pai, que não te fez nada. E ainda não te matei. — ele soltou uma risada irônica.

— Você que pensa que ele nunca me fez nada Hidalgo. Quer saber? Pegou suas coisas? Vamos vazar daqui. — ele disse abrindo a porta do carro pra mim.

Entrei logo ele entrou e deu partida.

O caminho todo foi um silêncio. Noah focado na estranha, e eu nos meus pensamentos.

Eu precisava saber mais sobre essa história do meu pai e de Noah. Eu não posso ficar culpando Noah assim sem saber da verdade.

12:34

Tínhamos chegado na famosa casa. Descemos do carro e entramos. Estavam todos na cozinha se preparando pra comer.

— Ah oi. — Hina disse animada.

— Vocês demoraram. O almoço acabou de ficar pronto. Vem comer. — Noah foi até a mesa e me direcionei até o "meu" quarto.

Entrei e coloquei todas as coisas em cima da cama. Peguei só uma peça de roupa e entrei no banheiro pra me trocar.

Coloquei um top preto e um short jeans um pouco curto.

01:45.

Já estava tarde. A casa tava um silêncio e uma escuridão. Eu tava assistindo série. Até que me veio a louca ideia de ir até a sala de Noah.

Me levantei da cama e coloquei uma meia. Abri a porta e realmente tava um escuridão. Desci as escadas lentamente. Pois a sala de Noah era no andar de baixo.

Assim que desci, fui pra trás da escada, onde ficava sua sala. Noah deve ter tanta confiança nesses amigos que nem tranca a sala.

Entrei e encostei a porta. Acendi a luz, e vi que o ambiente era organizado. As paredes eram pintadas de branco e dourado. Sua mesa tinha um computador, um copo de lápis, marca-textos, canetas, entre outros. E tinha pilhas de documentos. Do lado dessas pilhas. Tinha um porte de arma, e algumas cápsulas usadas.

Liguei o computador de Noah, e vi que havia várias pastas lá. Uns sem nomes, já outros com alguns nomes. Fui tentar entrar em uma, mais precisa da expressão fácil. Merda.

Qualquer pasta que su tentasse entrar, tinha que ter a expressão fácial. Então desliguei o seu computador, e me levantei de sua cadeira.

Abrir um armário onde tinha vários envelopes. Peguei um pra ver "Matias Lemes"? Quem era esse? Guardei sua fixa no mesmo lugar.

Na hora passou na minha cabeça, poderia ter a minha, ou a do meu pai. A sorte que os envelopes estavam escrito os nomes dessas pessoas em ordem alfabética. Já fui pulando pra letra J. E tinha. Jorge Fernando Hidalgo.

Peguei o envelope e tirei a ficha de dentro.
Tinha a foto do meu pai e uma descrição.

“Jorge Fernando Urrea”
“45 anos”
“Cirurgião no hospital público”
“divida de 3 milhões e meio”
“ dinheiro entregado dia 02/01/2019”
“uma esposa e três filhas.”

Aquilo me deixou entrigada. Como assim meu pai devia 3 milhões e meio? Pior, como assim eu tenho duas irmãs?

É como se eu tivesse dado um choque na realidade. Eu não conseguia acreditar no que eu tô lendo.

Logo ouvir um barulho lá de cima. Guardei a ficha no envelope de pressa e coloquei no armário.

Sair da sala dele e fechei a porta. Logo olhei pelos lados e não tinha ninguém. Corri pro meu quarto e me tranquei lá, fiquei dominada pelos os pensamentos que eu tinha sobre essa vida diferente do meu pai...

𝗠𝗶𝗻𝗵𝗮 𝗖𝗵𝗲𝗳𝗲-𝓤𝓻𝓻𝓲𝓭𝓪𝓵𝓰𝓸Onde histórias criam vida. Descubra agora