1. Pilot

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Depois de uma dia bem longo eu estava deitada na minha cama quando meu celular começa a apitar e não para, avisando que uma nova mensagem chegava, depois de 10 minutos não aguento mais aquele barulho irritante eu peguei ele e vi várias mensagens de Hunter (meu melhor amigo/irmão de outra família/terapeuta/inimigo mortal). 

"Cadê você? Tá todo mundo aqui"

"Eu não acredito que você dormiu"

"Luz, não me faça ir ai puxar você pela orelha!"

"Quando que você vai cumprir horário??!!" 

"Se você prejudicar a banda por conta disso todos nós vamos te matar, sua vagabunda"

Eu leio e releio as mensagens tentando entender o que ele queria dizer até que meus olhos param no horário do celular. 

¡Mierda! La presentación. — Xingo lembrando o porquê o estresse de Hunter. Levanto as pressas e tenho minha visão embaçada e a cabeça girando por breves momento. (Droga de pressão baixa). Assim que a tontura passa corro o mais rápido que consigo para ir me arrumar.

Visto uma calça jeans preta com alguns rasgos, uma camiseta meio larga e uma jaqueta preta também juntamente com acessórios pratas. Pego tudo o que preciso e vou correndo para o estacionamento do prédio, entrando e dando partida no carro sem sequer checar nada, não tenho tempo nem pra respirar. A banda começa a tocar as meia-noite e eu revezo meu olhar da estrada para o relógio, tentando correr contra o tempo já sendo onze e quarenta. Conseguir sentir as mãos de Hunter ao redor do meu pescoço se chegasse atrasada.

Eu chego faltando cinco minutos para a banda entrar em palco, saio correndo para a entrada e tropeço algumas vezes agradeço por não ter dado de cara no chão.

— Atrasada como sempre, Luz? — Pergunta o guarda do local que já conhecia a banda e os integrantes, ele ri com a minha careta. Desde que criamos a banda o guarda sempre apoiou, ele era amigo do pai de Hunter e o trata como filho. — O Hunter está que nem louco atrás de você.

— Sim e obrigada por avisar. — Entro correndo e logo vejo eles se preparando para entrar em palco.— Gente! Cheguei! — Digo extremamente ofegante pela corrida. Talvez eu devesse fazer mais exercícios. 

— A bela adormecida decidiu acordar? — Pergunta a Willow, com um tom de ironia. Willow sempre gostou de retrucar tudo com ironia e sarcasmo o que me tirava do sério em certos momentos.

— Foi mal, o despertador não tocou. — Tento me desculpar mesmo sabendo que não era a primeira vez e nem seria a última que eu estava fazendo.

— Pela centésima vez, nós não caímos mais nessa. —  O Gus é o mais novo da turma mas um dos mais responsáveis e a cara que ele estava fazendo de sério particularmente me assusta um pouco.

— Dessa vez não é mentira. — Realmente não estava mentido mas com as desculpas sempre frequente a banda costumava não acreditar e por um momento eu me odeio por se atrasar tanto ou por mentir tanto, talvez os dois.

— Não temos tempo pra isso, seus palermas. — Hunter chega dando um tapa na minha cabeça. Que honestamente doeu bastante. Mas eu não protesto sabendo que foi mais do que merecido. — Cabeçuda, nem parece que é a líder. Entramos em palco em minutos.

— Onde a Viney e o Jerbo estão? — Como líder seria meu dever perguntar de seus integrantes embora Hunter lidere mais do que eu. Eu sou a líder apenas por ter reunido a banda e todos sabem disso.

— Mano! Vocês não sabem. - Viney chega correndo e tenta falar mas sua tentativa foi falha pela falta de folego. —  Gente... ai, calma, preciso respirar. — Ela põe a mão no coração. 

Double Trouble (Lumity Beta)Onde histórias criam vida. Descubra agora