entre docinhos e beijinhos; Partridge

ocho

April | 25th | 2022
Canadá - toronto, Yorkville
00:00 AM - Partridge's house

Puxo seu rosto ao meu e não o beijo. Forço as palmas das minhas mãos ao seu rosto e impeço nossa aproximação, fazendo nossas testas grudarem. Meus olhos ainda estavam fechados, podia sentir minha respiração sincronizar com a de Louis, as duas alteradas e pesadas. Meus lábios entreabrem e assopro contra os lábios alheios. Sinto as mãos de Louis passearem pelo meu corpo, chegando até minha cintura e puxando a barra do moletom contra si, deixando um espaço para sentir um pequeno vento que se formou. A pele quente de sua mão direita alisou a pele exposta e me permiti respirar mais pesadamente, apertando seu rosto ainda por cima do meu. Meu coração ansioso deu sinal e meu colo queimava, passando pelo corpo todo e deixando meu rosto corado.

- Eu queria tanto você... - Louis diz e entra com a mão pelo tecido do moletom, me fazendo arrepiar ainda mais. Automaticamente afasto minhas pernas e as prendo na cintura de Louis, apertando ele contra mim.

Sinto esquentar ainda mais por cima da cicatriz, por baixo de meu seio e sem força. Rapidamente abro os olhos em um susto, encontrando seus olhos fechados e seus lábios molhados. Me acalmo ao sentir seu carinho pela cicatriz, sem força alguma. Em alguns intervalos de tempo, seus dedos esbarravam na base de meu seio descoberto e assim me fazendo derreter.

- Você quer uma menina asmática? - sussurro contra seus lábios e deixo um selinho demorado que molhou os meus, Louis havia passado a língua em sua boca. Arrasto minhas mãos pelo rosto alheio até o pescoço, logo as descendo para o começo das costas.

- Eu te faço perder o ar... só me diga onde está a bombinha antes - deixo um tapa em suas costas e ouço ele rir baixinho.

Suas mãos avançaram até meu busto e tremi na base. Não havia movimento algum com suas mãos, ele parecia se divertir em conseguir colocá-los por inteiro nas palmas, até se interessar em os apertar. Sorrio e me sinto boba.

- Louis... - digo em um fio baixinho, recebendo um "uhum" do garoto. Fecho fortemente os olhos ao sentir mais apertos e me empurro contra Louis - eu... pega no bolso do meu vestido o...

Sinto minha respiração apertar e diminuir, não era só toda a nossa excitação do momento e do dia, estava quase doendo. Louis se afasta e percebe minha dificuldade em completar a frase. Suas mãos ainda por cima de meu busto se movem até o meio e reparam a respiração mais forte que o normal de uma situação dessa. Meu corpo esfria ao sentir Louis levantar, acompanho suas mãos procurarem uma bombinha no bolso e minha respiração aperta ainda mais. Tento puxar o ar pela boca, e acabo fazendo esforço ao tossir quase engasgando.

- Vou passar mal junto - Louis diz ao se aproximar com a bombinha e colocar a mesma em minha boca vermelha.

Levo a mão até o pequeno objeto roxo, onde a mão de Louis também segurava, e aperto o remédio uma vez em minha boca. Puxo o ar junto com o remédio, conto dez segundos e faço novamente. Respiro fundo pela boca e solto a mão do remédio, jogando o corpo na cama e sentindo o ar voltar. Estava tudo frio novamente, e só então percebo o moletom levantado quase em meu pescoço, me deixando exposta. Louis solta a bombinha ao meu lado e puxa o pano por cima de mim, ajeitando a roupa e me cobrindo. Meu peito subia e descia enquanto se acalmava. Louis deitou ao meu lado com a mão em meu  peito, acompanhando a respiração.

- Quer fazer um lanchinho, ein? - o olho pela primeira vez depois da crise e me envergonho. Sinto meu estômago embrulhar e meu rosto esquentar de tanta vergonha. Podia até sentir água juntando em meus olhos - já está melhor?

- Ah, Meu Deus! - levo uma mão ao rosto, cobrindo os olhos e o máximo que podia com a pequena palma - desculpa, Louis... eu não queria.

- Ei, não peça desculpas - seu corpo inclina próximo ao meu, suas mãos envolvem no meu rosto e um sorriso acolhedor se forma somente para mim - não chore, não é culpa sua. Eu cuido de você!