Boiando

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Abro meus olhos lentamente, sentindo uma forte dor de cabeça e um desconforto no estômago.

Olho ao redor percebo que não estou deitada em minha cama, é uma cama de casal.

Me levando e procuro o receptor da luz. Aperto e o ambiente fica claro.

Eu estava em um quarto desconhecido.

Exploro o ambiente com o olhar, e vejo Billy deitado no sofá que fica ao lado da janela. Ele estava dormindo.

Vou até ele e o acordo para saber o que aconteceu.

— Que horas são? O que aconteceu? — faço perguntas sem parar, me sentando no sofá. Ele coça os olhos e me olha como se eu fosse louca.

— A gente transou loucamente dentro do meu carro — arregalo os olhos e ele ri — Eu tô brincando. Você é mais legal quando tá bêbada.

— Eu tô falando sério! O que aconteceu? Eu só lembro de ter entrado no seu carro e ter sentido cheiro de maconha e perfume de mulher barato.

— Sério? Não se lembra do nosso beijo? — se aproxima — Você rebolando no meu colo enquanto eu tirava sua roupa — diz enrolando uma mecha do meu cabelo em seu dedo. Olho para baixo pensativa — Eu tô brincando com você — empurra o corpo para trás — Eu nunca me aproveitaria de uma menina chapada — engulo em seco — Era você que queria se aproveitar de mim — se levanta — Até me chamou de gostoso.

Infelizmente disso eu me lembro, mas prefiro me fazer de sonsa.

— Para de mentir — me levanto — Eu preciso ir pra casa, Steve deve estar preocupado. Sem falar que preciso saber aonde os meninos se meteram.

— Maxine não dormiu aqui hoje, eles devem ter feito uma festa do pijama ou sei lá — arregalo os olhos e suspiro de preocupação — Você sempre tratou esses pirralhos como se fosse seus filhos? — pergunta.

— Está tarde, é melhor eu ir pra casa — ando até a porta do seu quarto, indo para a sala de estar e tentando abrir a porta, que estava trancada.

— Eu te levo — diz enquanto coloca sua jaqueta de couro e pega as chaves em cima da mesa de centro — Não vou deixar você sair sozinha uma hora dessas.

— Eu me viro bem sozinha — ele revira os olhos.

— Eu percebi mesmo. Tem sorte que parou na minha casa, você sabe que poderia ter parado em um quarto desconhecido? — diz preocupado.

— Tudo bem, só não precisa agir como se fosse meu pai.

Ele abre a porta e vamos até seu carro.

— Coloca isso, tá frio — ele joga um moletom que estava no banco de trás pra cima de mim.

Visto seu moletom e ele da partida no carro.

No meio do caminho, a mais ou menos 5 minutos de casa, sinto que Billy estava fazendo mais do que deveria por mim, talvez por interesse próprio, mas eu precisava agradecer de qualquer maneira.

— Obrigada — falo baixinho.

— O que?

— Eu disse obrigada — ele sorri vitorioso.

— Eu ouvi de primeira, só quis ter certeza de que não ouvi errado.

— É tão difícil saber que sou agradecida? Eu não gosto de você, mas tenho educação.

— Educada? Quando te olhei pela primeira vez você me mostrou o dedo do meio.

— Foi uma pena — sorrio de lado

Stranger Theory - Billy Hargrove (stranger things)Onde histórias criam vida. Descubra agora