Queen

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Steve p.o.v

— Ela vai acabar chamando um advogado se você continuar tratando ela desse jeito — Dustin diz irônico, rindo da situação com Lucas.

Suspiro fundo, e a olho sentada.

Já fazia mais de 15 minutos que ela estava ali, minha preocupação foi grande, e minha ansiedade estava a mil.

— Chega, tá demorando muito — falo olhando para o meu relógio.

— Dá um tempo pra ela — Lucas responde, me olhando como se eu fosse um louco.

— Eu já dei, tá Sinclair? — vou indo até o cemitério — Ela quer chamar um advogado, deixa chamar! — os dois garotos se olham surpresos.

Vou até ela, irritado e preocupado.

— Tá na hora. Vamos embora.

Ela não me responde, o silêncio fica nítido, e percebo naquele estante que ela já não estava mais ali.

Seu rosto estava sem expressão, ela olhava para o nada. Parecia que sua alma já não estava mais ali.

Com medo, me abaixo e tento fazer ela acordar. Mecho seu corpo e grito sem parar.

— Gente!!! — chamo Lucas e Dustin.

Os dois aparecem no mesmo instante, vendo a expressão de Jenny e ficando tão assustados quanto eu. Eu precisava manter a calma.

— Música! Ela precisa de música! — Sinclair disse em desespero — Dustin! Pegue o fone!.

Dustin corre no carro no mesmo instante, pegando o necessário.

Jogamos as fitas pelo chão, procurando músicas.

— Qual a música preferida dela? — Dustin pergunta.

Um flashback invade minha mente, fazendo com que eu me lembrasse de quando ela me apresentou Queen. Estávamos no seu quarto, dançando e cantando, seu cabelo ainda era castanho, e seu sorriso ingênuo.

— Bohemian Rhapsody! — pego a fita e a coloco no disco. Colocamos o fone em seu ouvido.

Ela começa a flutuar.

A energia tensa que o cemitério exalava me deixava apavorado, e com medo. Eu a perderia, mesmo sem ter vivido o suficiente com ela?. Eu não posso, eu não me perdoaria.

Jenny p.o.v

Após ter corrido tanto tempo, a ponto das minhas pernas estarem doendo, e meu corpo cansado, chego em um lugar apavorante.

Corpos estavam grudados em grutas de sangue, gente morta por todo local.

Minha respiração fica ofegante, e Vecna aparece em na minha frente.

— Ninguém pode ser mais poderoso do que eu — meu corpo é jogado em uma parede, sendo segurado por raizes de sangue — Acho que não irão sentir sua falta, não é mesmo? Nem mesmo você nunca quis nascer! Se lembra da sensação de se sentir excluída pelo papai? — o medo invade meu corpo, me fazendo chorar e pensar em todo meu passado — Agora não irá sentir mais nada! É assim que tem que ser!

Stranger Theory - Billy Hargrove (stranger things)Onde histórias criam vida. Descubra agora