Eu queria poder me entender, saber o que estou realmente sentindo e saber como lidar comigo mesma. Nessas últimas semanas eu me encontro tão perdida em tudo, como se novamente eu estivesse sido lançada numa floresta dessas e não saber como sair dali, mas dessa vez não está sendo nem um pouco bom se sentir tão sozinha. Eu não me entendo mais e nem sei como me meti nessa situação, está sendo ridículo da minha parte fingir que não me abalo com tudo isso, mas cara, no final só sobra eu no meu quarto tentando fazer de tudo para me distrair e que de alguma forma eu pare tanto de pensar. Me sinto todos os dias tão intrigada, é como se tivessem me tirado toda razão, me sinto como uma criança chorona que só precisa de um pouco de atenção. Eu me problematizo o tempo inteiro, porque nunca concordo comigo mesma e por mais que eu tente, é um desafio me amar de verdade. Amor próprio está bem mais além do que apenas aceitar sua aparência, ele é basicamente você entender que está doendo e isso precisa se curar, é você colocar suas dores e seus problemas como prioridade e cuidar de você mesma. É sobre você se respeitar antes de qualquer coisa, é sobre limpar as lágrimas, tomar um banho quente, deitar e finalmente entender que precisa de devido cuidado. Amor próprio é saber reconhecer seus limites e cuidar de si mesmo, se abraçar. É tão difícil?
Todos os dias eu tento mostrar para mim mesma que está tudo sob controle e que vai passar, mas a situação só piora e eu gostaria muito de ter um caminho para sair disso, mas como vou achar esse saída se nem sei me entender? Enquanto eu não sei direito, eu vou simplesmente pentear o cabelo, fazer um belo delineado, escutar alguma música, limpar o quarto, escrever um trecho de qualquer canção e colar na parede do meu quarto, e, eu sei que aos pouquinhos eu vou me encontrando e sabendo a lidar com esse ser humano tão confuso que sou.
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S.O.S Garota na Puberdade
Non-FictionIsso é um diário, certo? Uma garota cheia de pensamentos e sentimentos, presa definitivamente na puberdade! Apenas uma pequena (grande) parte da minha vida. Momentos exatos e complexos que me deixam ansiosa quando vou deitar, mas, que também, são...