~ Arthur Levi
Deus parecia estar brincando comigo, era muita ironia do destino, um surfista profissional como eu, morrer no mar.
Eu tinha acabado de entrar para a seleção nacional de surf, estava a caminho do centro de treinamento, mas não iria chegar até o local, uma pane no avião, fez com que ele perdesse o controle e começa-se a girar incontrolavelmente.
Eu pude olhar para a minha mãe que estava ao meu lado, sentia seu desespero, mas não pude fazer nada a não ser segurar sua mão, fico feliz por morrer ao seu lado, ela era a única pessoa que eu já amei durante minha curta vida, e partir ao lado dela não me parecia tão ruim.
Quem eu estou querendo enganar, eu não quero morrer, minha vida estava só começando, eu nunca namorei ou se quer beijei uma garota, eu era bonitão, bronzeado e até tinha uma webnamorada, talvez ela fosse um homem disfarçado, mas isso não importa, o importante agora era que eu iria morrer sendo um idiota virgem.
Que droga de vida.
Quando o avião se chocou de frente com o mar, era como se estivesse batido no chão, má consegui ver nada e quando me dei por mim, tudo tinha ficado preto.
Não senti nenhuma dor, nenhum sentimento ou som, apenas um silêncio junto com uma escuridão, até que uma voz surgiu em minha mente.
"Você completou todos os requerimentos necessários para a quest Deus dos Mares"
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"Hm... onde eu estou?" Perguntei com uma forte dor de cabeça olhando ao redor, parecia que estava olhando um belo aquário decorado, várias algas e peixes pequenos flutuavam ao redor, podia ver a casa do Bob Esponja onde um pequeno caranguejo estava dentro.
Demorei um pouco para perceber que estava olhando para um aquário, corrigindo, eu estava dentro de um aquário.
Tentei movimentar as minhas mãos para subir na superfície, mas encontrei uma situação bem incomum, parecia que meus braços e pernas estavam embrulhados em plástico bolha, não consegui fazer nenhum movimento, meu olhar foi na direção do meu corpo e não pude evitar de gritar.
"Que inferno! Onde estão as minhas mãos?" Perguntei ao ver um par de barbatanas pequenas e brancas balançando, rapidamente verifiquei o resto do meu corpo e tive a certeza que não era mais um humano. Uma cauda branca estava no lugar das minhas pernas, e mais duas barbatanas estavam no que parecia meu traseiro.
E o pior de todos, meus olhos, eu não conseguia piscar eles, o que me deu uma enorme vontade de coçar, mas com que mão eu faria isso?
"Agora o que eu faço?! Como eu posso sobreviver neste tipo de ambiente" Eu queria chorar, estava até agora dentro de um avião, como eu me tornei um maldito peixe dentro de um aquário, olhei ao redor novamente, não podia ver muito longe, ate a aproximidade do aquário, eu teria que chegar até o vidro para ver melhor.
Tentei me movimentar com muita dificuldade, as minhas barbatanas eram tão pequenas que má davam para fazer alguma ondulação na água, foi quando eu bati minha cabeça em algo que parecia ser uma parede invisível.
"O que diabos é isso" Pensei analisando a parede, tentei recuar, mas senti minhas costas batendo em uma outra parede, foi somente agora que percebi, eu estava dentro de um maldito ovo.
Fiquei muito mais preocupado, além de ser um animal indefeso, qualquer criatura desse aquário poderia me engolir, um ato bem comum em peixes que se sentem presos em um ambiente.
Poxa eu já tinha assistido o primeiro filme do Nemo, qual seria a chance de eu ser o único ovo sortudo que sobreviveria ao ataque?
Pelo menos eu não estava sozinho, olhando meus vizinhos, uma cerva de 30 ovos estavam ao meu redor, talvez eu não tinha virado um peixe e sim reencarnado em um, o que não faria sentido que uma criatura com esse cérebro ser racional e ter pensamentos.
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Reencarnado em um Peixe no Aquário
FantasyO jovem Arthur, morreu em uma queda de avião que se chocou fortemente no mar, o que parecia ser seu fim, teve um novo recomeço. Ao acordar, ele sentiu que seu corpo estava um pouco estranho, suas pernas e braços estavam tão pequenos, Arthur tinha se...