Capítulo 2

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60 comentários e eu libero mais 2 capítulo ❤️

Consegui ver o rosto do bebê dentro da cesta e senti meu coração apertar

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Consegui ver o rosto do bebê dentro da cesta e senti meu coração apertar. Tadinho dessa criança, seus pais deviam ser ruins, para tê-lo abandonado no portão de Dominic.

Fiquei observando o rosto de Dominic, sua expressão ao ler a carta não era nada boa. Uma ruga de preocupação se formou em sua testa. 

— Que porra, isso só pode ser uma brincadeira de mau gosto — esbravejou o diabo do meu patrão, antes de rasgar a carta. Que merda, queria ler a bendita! — Cadê o peão que fica de guarda? Vai dizer que o filho da puta não viu quando a infeliz deixou o bebê na frente do meu portão? — Dominic parecia fora de si.

— Senhor, ele não viu. Achamos que a pessoa aproveitou a troca de turno, ou algum momento de distração — respondeu o peão, que estava amedrontado pela braveza de Dominic.

— Momento de distração? — berrou Dominic cuspindo fogo pelas ventas, precisei cobrir meus ouvidos para não explodir meus tímpanos. — Eu não pago seguranças para que se distraiam. Que cacete!

Percebi que o clima começava a ferver, então me intrometi.

— É sério que você vai ficar discutindo sobre o segurança quando o pobre bebê está dentro desta cesta, neste frio? — questionei, empinando o queixo antes de caminhar até a cesta, peguei com cuidado o bebê. De início, estranhei, pois fazia muito tempo que não segurava uma criança nos braços, ainda mais um bebê tão pequeno. Ele tinha o rosto redondo, lindos olhos verdes e cabelo preto. Era uma fofura. — Que lindo você é, bebezinho.

— Coloque ele de volta na cesta, agora mesmo, Heloíse. Vou mandá-lo de volta, caralho! — vociferou Dominic entredentes. Agucei meus sentidos e afiei minhas garras, pronta para a briga.

— Ele fica. Não vou deixar um bebê indefeso ao relento. Endoideceu foi? Ou seu coração endureceu? — Dominic fechou os olhos e respirou fundo. — Olhe para ele, tadinho! Os pais o abandonaram na sua porta, ele não tem mais ninguém.

Senti meu lado sentimental despertar com força e meu instinto protetor ganhar vida. Como pôde ser tão insensível, a ponto de abandonar uma criança. Eu, mais que todos aqui, sabia o que a dor do abandono podia causar em uma criança.

— Senhor Marques, também acho que não é uma boa ideia deixar o menino no relento. Imagine se ele pega uma gripe, ou acontece coisa pior — o peão concordou comigo e Dominic parecia querer esfolá-lo vivo.

— Dane-se, não vou ficar com um bebê, não sei como cuidar de uma criança e nem quero, caralho — estrondou Dominic. — Quem for que tenha o deixado aqui, voltará para pegar quando perceber que o plano não deu certo.

— Pare de agir como um imbecil. Ninguém voltará para pegá-lo, então por hoje ficamos com ele e amanhã chamamos a polícia — propus, Dominic bufou como um touro bravo, nos deu as costas e saiu, andando em passos rápidos e grosseiros.

O FILHO QUE O COWBOY NÃO CONHECIAOnde histórias criam vida. Descubra agora