Capítulo 10

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Dominic narrando

Fiquei puto de raiva ao ver Heloíse beijando aquele peão, porém, não podia fazer nada, era escolha dela, até porque fazia coisa pior, portanto, não tinha o direito de julgá-la e nem deveria me meter na sua vida. Estava disposto a voltar para festa e curtir a noite, depois levar a primeira mulher que me desse mole para cama, mas quando vi Heloíse voltando para casa não me contive, tive que ir atrás da felina.

Eu não sabia o motivo, mas me preocupava com ela, quando a vi cambaleando, visivelmente bêbada, não consegui deixá-la sozinha.

Segurar seu cabelo enquanto vomitava foi a parte mais fácil, pois nunca fiz algo tão difícil igual foi ver Heloíse de calcinha e sutiã, tomando banho à minha frente. Lutei contra todos meus instintos pervertidos, no entanto, foi quase impossível não apreciar a vista do seu corpo, os seios eriçados faziam minha boca salivar e quanto mais ficava molhada, mais sua intimidade marcava na calcinha. Fiquei excitado, mas ela nem notou. Seu corpo, ela toda, tinha um efeito sobre mim, parecia ser uma atração quase que incontrolável.

Escovei seus dentes e a coloquei na cama. Depois disso, fui para meu quarto e tomei um banho gelado, muito gelado. Somente assim para esfriar meu corpo que queimava ansiando pelo dela, sem seguida fui ver meu filho. Maria estava no décimo sono e nem percebeu que Miguel estava acordado e chorando baixinho. Peguei-o no colo e balancei até que ele pegasse no sono novamente. Meu filho, ainda precisava me acostumar com isso.

Ficava pensando como iria falar para ele quando crescer, que sua mãe o abandonou. Coitado. Já era difícil perder a mãe, ser abandonado era ainda pior. Heloíse infelizmente teve que contar com essa dor, também era órfã. Azar foi de seus pais que a abandonaram e perderam a oportunidade de conhecer a mulher incrível que ela era.

Assim que Miguel dormiu, coloquei-o no berço e voltei para o meu quarto.

No dia seguinte, acordei cedo para ir andar a cavalo, encontrei Maria na cozinha preparando o café com Miguel do seu lado no bebê-conforto. Fui até ela e beijei sua bochecha.

— Bom dia, Maria.

— Bom dia, acordou com as galinhas, hein — disse ela, acariciei a bochecha do meu filho — Tem visita para você.

— Uai. Visita para mim? — questionei curioso.

— Sim. Uma moça bem bonita, chegou bem cedo. Eu ia te acordar para avisar, mas ela disse que preferia esperar e aproveitaria para passear pela fazenda.

Meu cenho se franziu instantaneamente. Quem poderia ser a mulher.

— Como que ela é? — inquiri.

— É uma negra, não muito alta, de cabelo longo cacheado, muito bonita.

— Hum... — resmunguei, desconfiado — Vou dar uma volta e achar essa mulher misteriosa!

Saí dali, ajeitei meu chapéu e fui em busca do meu cavalo.

Demorei um tempo procurando a mulher, encontrei-a de costas para mim, perto de um riacho. Não reconheci. Aproximei-me mais dela e então perguntei:

— Quem é a moça? E o que deseja comigo?

Ela se virou e eu perdi o ar. Não acreditava que era ela... Depois de tanto tempo.

— Já se esqueceu de mim, meu cowboy? — Sorriu ironicamente ao terminar de falar.

Heloise narrando

Acordei com minha cabeça estourando de dor. E o pior foi a vergonha, quando me lembrei do que aconteceu ontem... Meu Deus, nunca mais vou colocar álcool na boca, perdi completamente o senso do ridículo. Escovei os dentes e joguei água no rosto que estava acabado, parecia que um trator tinha passado por cima de mim. Vesti qualquer roupa que encontrei, tinha dormido de toalha, calcinha e sutiã, ambos molhados, de tão chapada que estava, mesmo com aparência horrível, saí do quarto e fui até a cozinha, meu estômago roncou ao sentir o cheiro vindo de lá. Chegando à cozinha vi Maria e Miguel.

O FILHO QUE O COWBOY NÃO CONHECIAOnde histórias criam vida. Descubra agora