— Hoje é meu dia de ir lavar o banheiro. — Zoe reclamou e S/n fez uma careta.
— O meu foi ontem. — Ela respondeu e Billie sorriu.
— O meu não foi semana passada e nem essa. Suponho que esqueceram de mim. — Ela falou e S/n olhou desapontada para a semente da fruta em sua mão.
— Bill, minha maçã acabou. — S/n disse e fitou sua namorada. — Eu queria outra. — S/n falou e a loira de olhos claros ergueu a cabeça para olhar para o lugar aonde deixavam as frutas.
— Olha que sorte, anjo. Ainda há frutas. — Ela disse e S/n deitou a cabeça em seu ombro.
— Busca para mim? — Ela pediu com a voz manhosa e Billie riu.
— Está bem. — Ela replicou após alguns segundos, se esquivando da menor antes de ir buscar a fruta.
— Ela ficou frouxa demais, não é certo explorar ela assim, S/n. — Zoe falou e S/n riu.
— Não a estou explorando. — A menor rebateu. — Eu pedi para ela, ou seja, ela teve a opção de dizer não.
— Céus, ela está apaixonada. Não te dirá não para essas coisas que te agradam. — Zoe falou e S/n sorriu.
— Aqui está. — A voz de Billie soou atrás de S/n e a menor se virou, pegando a fruta e esperando Billie se sentar ao seu lado novamente para se inclinar e depositar um beijo manso em seus lábios.
— Obrigada. — Ela disse sorrindo. — Mas você sabe que pode dizer não quando eu te pedir algo, não é? — S/n indagou e Billie assentiu.
— Eu sei, mas gosto de te dar todos os sim's possíveis. — Ela replicou e S/n mordeu o lábio inferior.
— Então. — S/n começou, inclinando-se
sutilmente para sussurrar algo no ouvido de Billie. — Que tal dizer sim para a ideia de irmos para nossa cela para eu te dar alguns orgasmos, hm? — Indagou sensualmente, pincelando seu nariz ao longo do pescoço de Billie. — Essa noite a gente nem fez nada disso, apenas dormimos.— Sua proposta é muito tentadora. — Billie disse respirando fundo, ouvindo o riso genuíno da menor.
— E então? — S/n perguntou mordendo o lábio inferior.
— S/n Malik! — A voz firme de uma das policiais soou e a menor a olhou instantaneamente.
— Sim, senhora?
— Visita para você., — Ela disse e a menor franziu o cenho.
— Mas não estamos em horário e nem em dia de visita. — Ela falou confusa.
— Vai recebê-la ou não? É a sua advogada. — A mulher disse sem paciência.
— Oh... — Ela falou assentindo. — Eu já volto, pensa no que eu disse. — S/n falou, se inclinando e dando um selinho em Billie antes de se levantar e seguir a policial.
Caminharam em silêncio até o lugar, tendo sido algemada no percurso. Quando chegaram lá a advogada voltou a pedir que a soltasse e assim a policial o fez. S/n agradeceu com um sorriso, porém a expressão solene no rosto de sua advogada quase lhe trouxe náuseas.
— Devo admitir que me surpreendi com sua visita inesperada. — S/n falou, se aproximando alguns passos. — Não se supõe que eu sairia só em alguns meses? — Claudia assentiu. — Então a que devo a honra de sua visita?
A morena suspirou e ajeitou os óculos que usava. Ela alisou seu blazer preto e endireitou sua coluna, encarando S/n no momento seguinte.
— Eu não sou a favor de injustiças, senhorita, quero deixar isso claro antes de tudo. — S/n arqueou uma sobrancelha e uma sensação de mal-estar varreu sua paz interior naquele momento.
— Por que diz isso?
— Eu fui contratada por sua irmã após sua audiência. — Ela começou. — Porém levo meu trabalho à (níveis) elevados e, por determinada razão, eu fui procurar o advogado que representou a senhorita no tribunal. — S/n assentiu atenta. — E o que descobri não me atraiu de forma alguma.
— Por favor, explique-me. — S/n pediu aflita, cruzando os braços.
— Estranhei o fato de um advogado tão bom não ter conseguido resolver uma coisa simples. Seu caso era simples, era apenas localizar a pessoa da farmácia e pronto, não teriam como te prender.
— O que está sugerindo? — A morena umedeceu os lábios e se aproximou um pouco mais.
— Fui procurar a pessoa dessa farmácia e ela tinha desaparecido. Deixei-me guiar pelo instinto e segui os rastros do cartão de crédito dessa pessoa, senhorita, e quando a encontrei aleguei que ela poderia ser presa caso se negasse a comparecer no julgamento. — Falou. — Claro que eu já tinha provas de sua inocência, porém quis ir a fundo e, bem, a amiga de Carlos ficou com tanto medo que acabou confessando ter sido comprada para se afastar. — S/n arregalou os olhos em total surpresa.
— Oh! Meu Deus! — Exclamou boquiaberta. — Quem poderia ter feito isso? — A loira suspirou e a fitou.
— Sua irmã, senhorita. — S/n sentiu de supetão um vazio tão grande que congelou sua alma por um instante. Aquilo não poderia ser real. Por que Annabel faria algo cruel daquele jeito?
— Como disse? — S/n indagou e a morena arrumou seus cabelos com uma expressão apenada em seu rosto.
— Foi Annabel.
— Vo-você... uh, tem certeza? — Ela perguntou e Claudia assentiu.
— Por isso vim lhe procurar. — Advertiu. — Eu me demito do posto de sua advogada, pois sou completamente contra esse tipo de ação, a menos que a senhorita que me contrate.
— Eu... — S/n queria chorar, porém, se conteve. — Não acredito que perdi o natal e ano novo aqui; o aniversário de minha sobrinha. — Disse indignada.
— Não costumo cometer negligências em meu trabalho, senhorita, por isso fui a fundo nisso. — Claudia disse e S/n assentiu.
— Eu agradeço, Clau. Eu... vou querer, sim, os seus serviços.— Ela disse, ainda arrasada demais.
— Ótimo. Prepare-se então, senhorita. Abrirei um novo pedido de audiência, desta vez por fraude. Garanto que em menos de um mês estará completamente fora daqui e muito bem remunerada pelo descuido tanto do estado como do seu antigo advogado.
— Sou imensamente grata. — S/n disse, sorrindo fraco. Não podia crer o tipo de monstro que sua irmã se transformara.
— Qualquer novidade eu volto. Passar bem e tenha um ótimo dia, S/n.
— Você também, Clau. Obrigada de novo. — A advogada assentiu com um terno sorriso no rosto e se retirou.
No momento em que a policial a algemou, para levá-la de volta ao pátio, mal foi notado por ela. Em sua mente só se passava perguntas e mais perguntas do porquê de sua irmã ter feito aquilo e trazia consigo uma só certeza: aquilo não ficaria assim.
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como estão as teorias de vcs dps dessa revelação??? conte-me.1100 palavras
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Presa Por Acaso (Billie Eilish / You)
FanficO que você faria se, por um golpe do destino, você fosse presa mesmo sendo inocente? S/n Malik não se assustou tanto quando foi mandada ao julgamento, afinal sua família tinha a conta bancária transbordando dinheiro o suficiente para pagar o melhor...