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— Pa-ra. — S/n, que já estava vestida e pronta, parou na porta do quarto onde Billie estava com Adelaide ao ouvir Billie falando.

— Paa-laa. — A garotinha repetiu com muito esforço, tendo o riso suave de Billie como resposta.

— Pa-ra. Rrra-ra. — Deu ênfase no erre que não saia da criança, ouvindo um suspiro em resposta.

— Eu não sei. Cansei. — Adelaide disse, fazendo S/n rir internamente e se encostar na parede do lado de fora. — Não consigo e você vai ficar bava.

— Hey, não seja impaciente, tudo bem? — Billie disse e S/n espiou pela brecha da porta a maior agachada no chão enquanto penteava os cabelos da garota em que estava sentada sobre a cama. — Nenhuma semente vira árvore-da-noite para o dia. — Avisou brandamente. — Você planta uma
semente e com cuidado diário e muita paciência ela cresce e vira uma linda árvore, não de repente.

— Eu sou igual uma árvore?— A criança perguntou e Billie sorriu amplamente, fazendo S/n cruzar os braços esperando pela resposta da maior.

— Todos nós somos como uma árvore em crescimento. — Billie disse. — Por isso temos que tratar todos com muito carinho e nunca falar coisas feias para as pessoas. — Ela disse terminando de arrumar o cabelo da garota e deixando a escova sobre a cama antes de puxá-la para perto e plantar um beijo em sua testa. — Palavras feias podem machucar as pessoas e, bem, seria o mesmo que arrancar várias folhas de uma linda árvore enquanto ela floresce.

— Então… Eu peciso apender devagar e você plecisa ter muito calma, está bem? — Adelaide perguntou. — Para não machucar as minhas folhas. — S/n suspirou bobamente com um sorriso encantado nos lábios ao ver Billie conversar pacientemente com sua sobrinha.

— Eu jamais machucaria as suas folhas. — Billie disse, se levantando.

— Nem as da titia? — Billie negou com a cabeça, estendendo uma mão para a criança, que segurou a mesma e ficou em pé na cama, rindo quando Billie a levantou e a embalou em seus braços para morder de leve sua barriga. 

— Nem as da sua tia. — Replicou docemente conforme ria. — Agora vamos lá porque você tem que começar com a pré-escola e eu preciso ir nessa entrevista agora.

— Se você conseguir esse emplego me compa um sorvete? — Adelaide perguntou e Billie assentiu.

— Compro, mas você precisa continuar praticando o seu erre. Nada de desistir fácil, uh?

— Combinado. — Adelaide disse abraçando Billie e fazendo uma careta ao ver S/n do lado de fora da porta. — Hey, a titia está escutando escondido. Deve ficar de castigo. — Alertou Billie, que virou sua cabeça apenas para ver S/n rir com a expressão culpada antes de entrar no quarto com as mãos para o alto.

— Tudo bem, vocês me descobriram. — Falou rindo, soltando um gritinho agudo ao sentir um braço de Billie a puxar para si.

— Se queria dividir o abraço era só falar, não precisava ficar ouvindo nossos segredos. — Billie disse para sua namorada, que sorriu então.

— Eu vim te avisar que você vai se atrasar, mas esperei terminarem a conversa de vocês. Parecia importante. — Disse sinceramente.

— Certo. — Billie disse, deixando um beijo no rosto de Adelaide antes de colocá-la no chão.

— Leva um casaco porque está frio e leva dinheiro para comer algo caso você demore. — S/n disse e Billie riu.

— Tudo bem. — Billie respondeu. — Não esquece que precisamos ir ao mercado comprar comida de verdade. Você gasta uma fortuna com comida por encomenda e cozinhar te faria economizar mais de trezentos por cento

Presa Por Acaso (Billie Eilish / You) Onde histórias criam vida. Descubra agora