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S/n se via absolutamente anestesiada e rendida ao poder da risada genuína de Billie. Ela definitivamente adorava aquele some saber que ele havia sido causado graças a ela apenas a fazia se sentir ainda mais abençoada. Sua ficha ainda não havia caído de que estava solta, tanto ela como Billie.

— E então... — Ela começou. — Que tal deixarmos os bichinhos aí, afinal já os alimentamos muito… — Ela fez uma breve pausa para rir. — E irmos nós duas comer, hm?

— Parece uma boa ideia. — Billie replicou ao ouvir seu estômago roncar.

— Ótimo, porque estou faminta e você também deve estar. — S/n disse, estendendo a mão no ar apenas para sentir Billie entrelaçar seus dedos antes de começarem a caminhar.

— Você já resolveu algo com sua irmã? — Billie indagou e S/n deixou o ar se esvair de seus pulmões, negando.

— Não, e ainda precisava resolver algo para a minha mãe hoje, mas quando descobri que você podia ser solta quis resolver isso logo. — Billie assentiu. 

— Obrigada por inteirar o dinheiro da minha fiança. — Billie pediu, fazendo S/n lhe fitar culpada. — Eu vou devolver o que completou, só preciso que espere eu arranjar algum trabalho. — A menor mordeu seu lábio inferior e abriu a porta de seu carro, vendo Billie dar a volta no veículo e entrar nele.

— Precisamos conversar sobre isso. — S/n disse assim que entrou no carro e fechou a porta, se virando para Billie. — Eu paguei sua fiança completa. — Disse de uma vez. Billie iria dizer algo, porém S/n foi mais rápida. — Drew vai se casar e achei justo ela desfrutar com Zoe, sabe? Então falei para ela usar o dinheiro para isso

— Certo. — Billie disse piscando um pouco embaraçada. — Eu devolveria-lhe o dinheiro, então o que daria-lhe eu te dou.

— Não quero de volta esse dinheiro. — S/n disse e Billie a fitou seriamente. — Por favor, não vamos nos tornar aquele casal clichê onde a rica e a pobre se desentendem porque uma quer ajudar e a outra não  deixa. — S/n pediu, se inclinando para depositar um beijo nos lábios de Billie

— É porque sou eu no papel de pobre. Não é tão simples quanto parece. — Billie disse e S/n riu baixinho, assentindo.

— Eu sei, mas, amor, eu te amo e você me ama. Você acabou de sair da cadeia e ainda não trabalha, não quero que fique pensando em me devolver um dinheiro que usei em meu benefício também.

— Em seu benefício? — Billie indagou e S/n assentiu.

— É claro. Eu não vou precisar ficar indo te visitar toda semana na prisão. Posso te ver sempre que der saudade. — Ela disse e Billie sorriu timidamente.

— Certo, é só ir ao endereço onde eu estiver. — Billie deduziu e S/n mordeu o lábio inferior, fazendo Billie arquear uma sobrancelha por sua expressão. — O que foi?

— Uh, sobre isso de endereço... — Ela disse, adentrando uma mão nos próprios cabelos para os jogar para trás. — Eu gostaria que você ficasse comigo no meu apartamento. — Billie arregalou os olhos de repente.

— Anjo…

— Calma! — S/n pediu rindo. — Não estou pedindo para pularmos um passo no nosso relacionamento, amor, não tenho pressa. — Esclareceu. — É só que... Drew vai se casar em poucos meses e vai morar com a Zoe. Não sabemos quanto tempo você vai demorar para se estabilizar, então acho melhor que fique comigo e, olha, pode até dormir no quarto de hóspedes como prova de que estou falando sério. — Disse rindo. — Aí quando estiver em um trabalho fixo e estabilizada você aluga algo para você e me larga de novo. — Disse, fazendo um pequeno drama no final da frase, o que causou uma risada doce em Billie.

— Jura que não vou te atrapalhar? — Billie perguntou e S/n assentiu. 

— Não fale bobagens, eu adoro ficar pertinho de você. — Ela disse, dando mais um selinho em Billie, que engoliu todo o seu orgulho antes de assentir.

— Então eu aceito. — Billie disse, vendo S/n socar o ar em uma comemoração silenciosa. — Boba. — Ela sussurrou, puxando S/n para um beijo manso, algo que obviamente a garota não protestou. — Mas viremos aqui outro dia para agradecer-lhe e conversarmos um pouco. — Sussurrou sobre os lábios de S/n assim que terminaram de se beijar.

— Combinado. — A menor disse.

— Além do mais meus livros e minhas coisas de lá ela vai me trazer. — Billie falou e S/n assentiu.

— Ótimo, agora vamos comer e comprar algumas roupas para você. — O sorriso de Billie vacilou ligeiramente. 

— Anjo…

— Amor, você não tem roupas. — Billie sentiu seu rosto esquentar e afundou o mesmo na curva do pescoço de sua namorada.

— Esse dinheiro pelo menos eu posso devolver mais para a frente? — Pediu inalando o cheiro de S/n, que assentiu lentamente.

— Mas você sabe que não precisa, não é? — Ela disse e Billie assentiu, se ajustando no banco para voltar a fitá-la,

— Mas eu me sentiria melhor se pudesse. — Ela disse e S/n assentiu. — Começando por essa roupa que você me comprou. — Apontou para a própria roupa do corpo. — Quanto custou? — S/n entortou o rosto e negou com a cabeça.

— Essa não vai contar. Você já aceitou. — S/n rebateu.

— Quanto, S/n? — Billie perguntou firmemente e S/n mordiscou o lábio inferior

— Quanto custaria em um lugar normal? — S/n perguntou e Billie riu.

— Você pagou uma fortuna, não foi? — Indagou e S/n assentiu cautelosamente.

— É macia e de tecido bom, ainda por cima o material de confecção não causa alergias na pele. 

— S/n, pobre não tem alergia na pele por roupa barata. — Billie disse rindo e S/n segurou em sua mão.

— Desculpe. — Pediu corando, porém, ainda sorrindo. 

— Não se desculpe. Agora diga, quanto foi?

— Não foi tão caro, digo... perto do que costumo, uh... — Uma tosse seca foi proferida por ela, porém diante do olhar entediante e sério de Billie ela bufou. — Está bem, setecentos dólares.

— S/n! — Billie vociferou. — Alguém está te roubando nesse mundo. Setecentas pratas em uma camisa e uma calça?

— Não reclame, tinha algumas com preços mais altos, mas sabia que você não iria aceitar.

— E essa eu aceitaria?

— Era a mais barata do lugar. — S/n se defendeu.

— A mercadoria inclui seguro de vida?— Billie perguntou e S/n a fitou confusa, fazendo Billie suspirar antes de rir. 

— Olha, eu vou te ensinar uns lugares onde mesmo roupa boa pode ser barata, tudo bem? Você poderia ter encontrado por uns cento e cinquenta dólares e economizaria quinhentos e cinquenta pratas. — Disse enlaçando os braços ao redor de S/n.

— Desde que você não brigue comigo por te comprar roupas eu aceito o que quiser. — S/n disse sorrindo.

— Eu vou te devolver. — Billie alertou e S/n riu.

— Certo... Certo. — Falou rindo, distribuindo pequenos beijos pelo rosto de Billie. — Agora vamos.

— Meu estômago agradece a preferência. — Billie falou, fazendo S/n rir e assentir, ligando o carro e colocando o cinto antes de saírem dali. 

1162 palavras

Presa Por Acaso (Billie Eilish / You) Onde histórias criam vida. Descubra agora