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eita, eita! 👀
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— Eilish! — A voz firme da policial ruiva fez Billie se virar para trás e limpar a garganta, se cobrindo com a parte de cima do uniforme que precisou se abaixar para pegar do chão.

— Pois não? — Perguntou, vendo a policial negar com a cabeça.

— Nada. Não quero esse tipo de atividade durante o dia. Se quiserem fazer isso durante a noite o problema é de vocês. — A policial disse e Billie assentiu. — Se eu voltar aqui e ver vocês assim terão problemas. — Alertou, puxando o lençol das grades o fazendo cair no chão antes de sumir de vista.

— Essa foi por pouco. — Billie sussurrou e S/n riu, assentindo.

— Eu quase me borrei de medo. — S/n confessou, porém seus olhos pararam na região abaixo dos seios de Billie pois dava para ver de lado. Estava sangrando.

— O que foi? — Billie perguntou e S/n puxou sua blusa para o lado, analisando a ferida com olhos preocupados.

— O que foi isso? — Perguntou e Billie abaixou a vista, encontrando o pequeno ferimento.

— Esse sangue deve estar seco já. Machuquei-me hoje pela manhã naquela porcaria de jogo. — Billie falou e S/n se levantou, pegando algodão, Band-Aid e pomada que havia levado para a sua cela como brinde por estar na enfermaria.

— Já falei para tomar cuidado nesse jogo. Elas são muito brutas, Bill. — S/n falou, molhando o algodão no lavatório antes de se aproximar de Billie e deslizar o mesmo sobre sua pele.

— Você abandonou meu time. — Billie falou fingindo ressentimento. — Estou com uma jogadora a menos agora.

— Não sirvo para jogar. — S/n falou, cuidando do ferimento antes de correr os olhos pelo corpo de Billie a procura de mais. Encontrou outro em suas costas e a virou de costas para ela, jogando seus cabelos para frente e se levantando para molhar outro pedaço de algodão. — Aquelas garotas te machucam aqui em cima como?

— Não faço ideia. — Billie respondeu rindo, segurando a camisa na frente dos seios enquanto sentia o algodão deslizar por sua pele. — O chão não é limpinho igual em todos os lugares. Há pontas de concreto tortas também, talvez quando eu caí tenha me machucado.

— Tome cuidado, por favor. — S/n pediu preocupada e Billie assentiu, sentindo S/n parar o que fazia e suspirar. Ela sentiu as pontas dos dedos de S/n percorrerem sua pele desnuda e instantaneamente se arrepiou.

Os lábios de S/n tocaram a pele quente de suas costas, começando a distribuir mansos beijos ao longo da extensão até finalmente apoiar o queixo em seu ombro e envolver seus braços na cintura da garota.

— Eu senti sua falta essa semana. — S/n confessou, percebendo que Billie havia engolido em seco. — Não se afaste assim de novo, Bill, por favor.

— Eu não vou. — Billie respondeu, se esquivando de S/n apenas para sentir novamente o deslizar dos dedos em suas costas, fazendo-a fechar os olhos para manter o autocontrole.

— Obrigada por hoje. — S/n disse, deslumbrada conforme sentia a pele macia sob seu toque.

— De nada. — Billie respondeu, controlando novamente sua respiração ao sentir os lábios de S/n tocarem sua nuca vagarosamente. — Pare, S/n...— Billie pediu com fraqueza na voz.

— Eu senti mesmo a sua falta... — S/n falou e Billie se esquivou dela, vestindo a camisa as pressas sem sutiã mesmo.

— Você já disse isso. — Billie falou ao se virar de frente para S/n e a menor se aproximou, porém Billie se levantou.

— Eu sei que você também se sente atraída por mim, então para que ficar fugindo? — S/n perguntou e Billie se encostou na parede.

— Não estou fugindo, mas uma policial meio que nos proibiu de qualquer coisa de dia. Não estou a fim de problemas. — Billie falou e S/n assentiu, se levantando para ficar de frente para ela.

— Nos proibiu de transar, não de nós beijarmos. — S/n falou e Billie riu.

— Eu devo beijar muito bem mesmo, para você estar desesperada assim. — Billie falou sorrindo prepotente e S/n franziu os olhos.

— Idiota. — Resmungou. — Não quero mas também. Fique aí com seu egocentrismo e narcisismo. — S/n reclamou, no entanto, quando estava prestes a sair da cela, sentiu uma mão de Billie tocar seu pulso, puxando-a para seus braços.

— Ah, não minta! — Billie falou, colando ainda mais os corpos. — Você e eu sabemos que você quer sim. — Seus lábios roçaram nos de S/n antes da menor suspirar.

— E você e eu também sabemos que você também quer. — S/n falou sorrindo de forma contida. — Então que tal você só me beijar e ambas calarmos a boca?

— Certo. — Billie falou, rindo baixinho antes de se inclinar ligeiramente e beijar S/n. O toque singelo fez ambas suspirarem e então a menor se aconchegou mais nos braços de Billie, deixando sua língua deslizar pela da outra garota.

— Hmm... — S/n murmurou antes de depositar um selinho em Billie. — Que beijo gostoso. — Falou sorrindo contra seus lábios e Billie riu, corando levemente.

— Sabe que às vezes eu gostaria de te falar as coisas? — Billie comentou, levando uma mão até as mechas de S/n, colocando-as atrás da orelha da menor. Não tem nada de mais em te falar, mas…

— Então me fala. — S/n pediu e Billie riu.

— Eu não queria te contar para não quebrar a barreira entre nós, mas parece que você se infiltrou, hm? — Billie disse rindo e S/n assentiu.

— Sim. — S/n disse e Billie umedeceu os lábios. — Por favor, me conta algo... Sou muito curiosa. — A maior riu e assentiu.

— Bem, eu posso te contar da primeira vez que te vi, que tal? — Sugeriu e S/n balançou a cabeça positivamente de uma maneira frenética. — Se eu te disser que não foi nesse estado, você acredita? — Billie perguntou e S/n assentiu.

— Eu viajava bastante alguns anos atrás, então não seria difícil. — S/n disse, deitando sua cabeça no ombro de Billie.

— Foi na praia. — Billie disse olhando para um ponto distante, como se puxasse de sua memória uma antiga lembrança. — E você estava tão maravilhosa.

— Quem te vê com aquela cara emburrada lá fora jamais acreditaria em você me dizendo coisas assim. — S/n falou rindo e Billie suspirou.

— Vai me deixar contar ou não? — Billie perguntou e S/n assentiu.

— Desculpe. — S/n se retratou. — É que estou feliz. — Billie arqueou uma sobrancelha e a fitou nos olhos.

— Eu imagino. Conversar com sua...

— Não é só por isso. — S/n disse. — Você voltou a falar comigo e eu não sabia o quanto você poderia fazer falta. — Explicou. — Eu gosto de ficar assim com você, Bill.

— Eu também gosto. — Billie confessou, vendo S/n envolver os dois braços em torno de seu

— Agora conta... — S/n pediu e Billie riu, assentindo.

— Sem interrupções? — Billie indagou, sentindo S/n fitar seus lábios antes de dar-lhe um beijo casto.

— Pronto. Agora sim sem interrupções. — S/n disse e Billie assentiu.

Não faria mal contar aquilo à S/n, até porque nada tinha a ver com o que ela deveria manter segredo, porém ela sabia que lentamente S/n ia desvendando ela. Precisava tomar cuidado, porque algo que acontecera alguns anos atrás para seu benefício poderia acarretar grandes problemas se descobrissem. 

1211 palavras

Presa Por Acaso (Billie Eilish / You) Onde histórias criam vida. Descubra agora