— Estou ansiosa, sabe? Em pouquíssimos meses saio finalmente. — Sabrina comemorou e S/n sorriu, olhando em volta.
Elas estavam na mini-arquibancada onde apenas Billie se sentava enquanto a maior havia ido ao banheiro. O dia estava ensolarado e já fazia quase dois meses que a menor estava presa e quanto mais tempo ali, mais curiosa ela ficava sobre Billie, mas não a pressionaria.
— Você também deveria estar. Faltam quatro meses. — Sabrina disse sorrindo e S/n forçou um sorriso, assentindo.
— Estou, afinal verei minha sobrinha. — S/n disse, sorrindo, dessa vez, sinceramente.
— Olha só como nos olham. — Sabrina disse olhando em volta. — Como as rainhas do mundo. Céus! Eu nunca havia sentado aqui antes. — Falou animada e S/n riu. — Julgo que ninguém daqui, na verdade. A única pessoa que sentava aqui era a ex-amiga de Billie. — S/n franziu o cenho.
— Ex-amiga? — S/n perguntou confusa.
— Sim, a ex líder. — Sabrina explicou e S/n a olhou surpresa.
— Billie derrotou a própria amiga? — S/n perguntou e Sabrina deu de ombros.
— Não se surpreenda com algo assim, estamos na.cadeia. — Sabrina disse, porém S/n ficou ainda mais intrigada. Billie dissera que não queria amigos aqui dentro. Seria culpa?
— Séria assim por quê? — Billie perguntou, fazendo S/n negar com a cabeça e sorrir fraco. A maior suspirou e subiu na mini arquibancada, sentando-se ao seu lado. — Não ficou contente com o que fizemos mais cedo?
— Muito. Obrigada. — S/n disse, deitando a cabeça em seu ombro. — Eu estava com saudades de falar com ela.
— Falaram em um celular? — Sabrina perguntou chocada e Billie olhou em volta, verificando se não havia policiais por perto. — Vocês são doidas. S/n, você está prestes a sair, não deveria arriscar.
— Eu não deixaria ela levar a culpa. — Billie disse solenemente. — É melhor não tocarmos nesse assunto, não quero dar brecha para alguém nos ouvir. — Avisou. — Olha só o que eu trouxe-nos. — Falou, retirando de baixo de sua blusa um cacho de uvas roxas.
— Como conseguiu? — S/n perguntou erguendo a cabeça, vendo Billie retirar uma uva do cacho e levar até a boca da menor.
— Sem perguntas. — Ela disse, dando um selinho em S/n assim que ela capturou a fruta entre seus dentes.
— Chata. — S/n disse rindo, mastigando e engolindo a fruta antes de passar dois braços ao redor do pescoço de Billie e apoiar seus seios no braço dela. — Mais uma. — Pediu, abrindo a boca e Billie riu, levando mais uma fruta até seus lábios.
A menor segurou a fruta entre seus dentes e a direcionou até a boca de Billie, fazendo a maior roubá-la e comê-la. S/n sorriu e pincelou seu nariz no de Billie antes de apoiar sua testa na dela.
— Me conta? — S/n insistiu e Billie sorriu, bufando antes de assentir.
— Eu tenho amizade com a tiazinha da cozinha. — Billie disse baixinho e S/n riu de uma forma nasalada antes de fechar os olhos e lhe dar um beijo casto.
— O mais bonito de tudo é que sem vocês nos falarem é possível constatar o quão apaixonada vocês estão. — Sabrina disse suspirando e S/n, que acabara de capturar mais uma fruta entre seus lábios, começara a tossir incessantemente.
— Você está bem? — Billie perguntou e S/n assentiu, tossindo ainda mais.
— Foi só... — Ela tomou ar quando a tosse cessou. — A fruta. — Disfarçou.
— Uh, que bom. — Billie disse, vendo Sabrina sorrir em sua direção e logo corou. — Eu, uh, vou ali dentro ver se não...
— Certo. — S/n disse constrangida. — Eu vou ficar bem aqui com a Sabrina. — Billie assentiu e se levantou, entregando o cacho de uvas para Sabrina.
— Nos vemos. — Billie disse, incerta sobre beijar ou não S/n logo após Sabrina ter tocado em um assunto tão frágil.
— Certo. — S/n respondeu e Billie sorriu amarelo, se afastando. A menor soltou o ar de seus pulmões e enterrou o rosto em suas mãos.
— O que foi isso? — Sabrina indagou confusa e S/n negou com a cabeça.
— Não toque em assuntos como amor, paixão ou algo assim entre mim e Billie, Sabrina. — S/n pediu.
— Por quê? — Indagou confusa.
— Porquê... Não posso dizer-lhe como me sinto. Não vê que ela fugiu? Obviamente ela não quer que nos envolvamos nisso de sentimento.
— Besteira! Vocês já estão envolvidas, só não tocam no assunto.
— Você acredita que ela... — S/n mordeu o lábio inferior e Sabrina sorriu.
— Óbvio. — A cacheada respondeu apressadamente. — Deveriam aproveitar que sentem isso e falar uma com a outra. Não precisam se separar ou fazer aquele drama todo de "não deveríamos e blá-blá-blá.".
— Não é tão simples desse lado aqui da história. — S/n disse.
— É sim. Vocês só precisam falar, porque qualquer um que olha vê que estão irremediavelmente apaixonadas.
— Não precisamos falar então. Se qualquer um vê, então ela já deve ter notado também. Há coisas que não precisam ser ditas.
— Você nem sequer tinha certeza se era recíproco se eu não tivesse falado. — Sabrina alertou. — Ela deve se sentir igual. — S/n olhou em volta e suspirou.
— Lentamente nós duas vamos conversando. — S/n disse e Sabrina sorriu.
— Você tinha razão, sabe? — a cacheada falou e S/n franziu o cenho.
— Em quê? — Indagou confusa.
— Em dizer que ela é boa. — Falou naturalmente. — Ela se esconde por trás da pinta de durona, mas tem um bom coração.
— Sim. — S/n disse, deixando um sorriso enorme.rasgar seu rosto. — Ela tem.
— E é todo seu. — Sabrina falou e S/n a fitou.
— Eu acho que eu vou lá falar com ela. — S/n disse e foi Sabrina quem sorriu abertamente dessa vez.
— Sim! — a cacheada disse, batendo palminhas de excitação antes de um ruído escapar de si. — Droga de risada que estraga meus momentos. — Ela falou e S/n gargalhou.
— Eu te adoro, garota! — S/n falou ainda rindo e abraçou sua amiga.
— Agora vá lá e use esse mesmo entusiasmo para falar que está apaixonada.
— Eu não vou falar isso. — S/n disse rindo. — Digo, eu vou tentar, mas se eu ver que ela reage mal eu vou desistir.
— Certo. Boa sorte nisso e bom divertimento no acasalamento pós revelação. — Ela disse, piscando para S/n, que riu.
— Não iremos transar. — S/n disse, porém no fundo desejava que sim.
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Amo ler as teorias de vcs KAKAKAKAKAKA1054 palavras
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Presa Por Acaso (Billie Eilish / You)
Fiksi PenggemarO que você faria se, por um golpe do destino, você fosse presa mesmo sendo inocente? S/n Malik não se assustou tanto quando foi mandada ao julgamento, afinal sua família tinha a conta bancária transbordando dinheiro o suficiente para pagar o melhor...