two

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Todos estavam agindo estranho, se encarando e vendo quem  iria começar a conversa. Percebendo que não era bem vindo naquele momento, começo a sair sorrateiramente do local, porém logo sendo parado por Mikey que me chama para me sentar ao seu lado.

O clima ainda estava pesado, ninguém havia se pronunciado depois disso, todos presos em  seus próprios pensamentos. Desvio meu olhar  dos garotos chamando um garçom, pedindo pars entregar algumas comidas em meu quarto, afirmando que estava cansado e teria de voltar a me deitar, mas quando já estava saindo, Mikey fala com um pesar em sua voz.

- nessa luta ds Toman contra a Walhalla, duas pessoas morreram - fala deixando todos tensos e surpresos - e essas pessoas são Baji Keisuke e Hanemiya Kazutora. — fala com um semblante nada agradável ao pronunciar o nome de meu irmão.

Eu estava surpreso de mais com a informação agora dada, já que a mesma nunca havia sequer passado em minha cabeça. Arregalo os olhos botando as mãos em minha boca enquanto meus olhos se enchem de lágrimas.

O desespero presente no olhar de todos, as coisas se tornam mais difíceis de serem digeridas quando falas em voz alta, e ninguém podia acreditar que os dois vieram a  falecer, principamente os fundadores.

Estava no meio de uma crise, minha mente não similava mais nada, lágrimas começaram a cair de meu rosto e com todo esse desespero me despeço correndo de todos voltando ao "meu quarto" com tudo, fechando fortemente a porta no processo.

Meus irmãos acordam assustados pelo barulho, ficando mais desesperados ao ver meu estado, se levantando rapidamente e  vindo ao meu encontro.

Desabo em seus braços, apoiando minhas costas na parede. Eles começam a tentar me  acalmar, naquela hora certamente já deveriam estar entendendo o que esava acontecendo.

Lagrimas persistiam em cair em meu rosto, Rindou me da um copo de água gelada, e Ran continua a fazer carinho em mim enquanto tentava me acalmar.

Kazutora... meu tão querido irmão, havia realmente nos deixado. Era uma informação tão difícil de processar. Ele havia partido junto com aquele que amava. Seu sorriso, momentos juntos, quando decidimos fazer  a tatuagem, passavam como flashes em minha mente.

Ele havia aproveitado sua vida, se divertido e passado tempos memoraveis com todos nós. Ele não gostaria de nos ver sofrer, chorar ou qualquer outra coisa, mesmo que fosse por sua perda. Falava que a vida já era muito triste para tudo isso, e por mais que tentasse, mesmo que por ele, eu não conseguia.

Aquele idiota fazia parte da minha vida, era meu irmão mais velho, a pessoa na qual eu podia contar para tudo, e ver minha vida sem ele era uma coisa assustadora.

Os surtos dele quando contava sobre suas conversas com Kei, quando simplesmente decidia mudar de cabelo porque havia se enjoado daquele, tudo em sua personalidade me cativava. Não era uma pessoa perfeita, e estava longe de ser, mas mesmo assim era meu irmão, minha alma gêmea e companheiro para todas as horas.

Quando finalmente paro de chorar Ran me pega no colo me botando na cama, enquanto Rin pega alguns doces e liga a TV. Botamos os filmes favoritos do Kazu, Fast and Furious, White Chicks, tudo o que ele mais gostava, era como se o mesmo ainda estivesse conosco, rindo, fazendo seus comentários e chorando nas partes tristes.

Aproveitamos apenas o carinho uns dos outros, enquanto nos dávamos forças. Os garotos da Toman, Hina, ninguém veio me ver. Apenas eu e meus irmãos.

Ficamos assim o resto do dia, com paradas para alguns exames, e botarem todos os equipamentos em mim novamente, e no dia seguinte já estava liberado, encontrando Hansen na porta nos esperando.

Sorrio levemente comprimentando o mesmo e adentrando no carro junto de meus irmãos na parte de trás. As palavras trocadas foram mínimas, somente sobre meu estado e pêsames.

Assim que chegamos em casa, nos despedimos dele, agradecendo pela carona e fomos para casa.

Não deixava de ser estranho, cada cômodo, movel, tudo lembrava a ele. Haviam algumas estampas de onça pela casa, nos quais ele sempre implorava para comprarmos, algumas roupas espalhadas, chave de casa, ele estava basicamente morando conosco, e voltar para casa sem ele.... era horrível.

Não falávamos mais como antes, nossas brincadeiras, animação, tudo parecia ter desaparecido em segundos. O ambiente era pesado, cada um em seu próprio quarto, precisávamos deste tempo para nós, e sabíamos disso, mas não deixava de ser doloroso.

King of Tokyo - Takemichi HanagakiOnde histórias criam vida. Descubra agora