King of Tokyo - Takemichi Hanagaki

twenty-five

Não podia crer no que etava escutando, Souya não havia resistido a cirurgia. Meu mundo havia caído. E por mais que ele havia falado para eu ser feliz, não sabia se conseguiria.

O azulado havia compartilhado tudo comigo, estava lá quando mais precisei, foi a pessoa na qual se manteve ao meu lado quando todos se viraram contra mim, e mesmo com tudo isso o havia traído. O deixei de lado ao lembrar de uma parte de meu passado, de ver que as atitudes  de Izana e Kakucho de tentarem não interfirir em minha vida seria para me deixar amar novamente, por mais que isso machucasse eles, e fiz com que Souya fizesse a mesma coisa.

Estava confuso, com meus sentimentos desorganizados, sabia que amava-o, porém também amava aos outros dois, e simplemente não sabia o que fazer. Porém agora ficar com os outros dois me parece....  egoísta?

Não consigo me ver sem Souya assim como não conseguia me ver sem Izana e Kakucho, como partes de mim nos quais não podia deixar para trás, laços nos quais não podiam ser quebrados, e mesmo assim um deles fora tirado de mim da maneira mais difícil e dolorosa possível.

Se sacrificado por seu amor? Não me sentia digno, porque ele teria me amado no final das contas? Eu deveria ter estado com ele, independente do que estava passando no momento, porém o deixei e não sabia se conseguiria me perdoar disso.

Olhava todos a minha volta, ainda abalado pela situação. Ninguém acreditara no que ouvira, se negavam a acreditar.

Não aguentava mais ficar naquele local, com a mãe de meu amado lá. Havia prometido a ela que cuidaria dele, e falhei. Com quem mais eu falharia agora? Hina? Akane?

Logo chega uma nova informação, desta vez de um outro médico, informando o estado de Mikey. Ele estava em coma.

Não queria me sentir bem com aquilo, porém senti. Ele finalmente havia sido punido pelo o que havia feito, depois de tanto tempo. Kazutora.... você estaria orgulhoso de mim, não?

No final havia conseguido o que ele queria, bom, pelo menos em parte.

Me retiro silenciosamente da área hospitalar, atraindo as atenções a mim, e sem nenhuma fala, continuo andando calmamente pela rua, afim de me tranquilizar um pouco.

Ouço passos atrás de mim, não precisava olhar para ver, já sabia quem eram.

- não foi sua culpa Take — o de cicatriz se peonuncia depois de uma longa caminhada silenciosa.

- como não? — pergunto com a voz embriagada — se não tivesse dado as costas para ele, Souya poderia estar aqui conosco.

- ele teria se sacrificado de qualquer jeito — o platinado se pronuncia — assim como nós dois também faríamos. — sua voz  era  rígida, porém tendo um lado preocupado e sentimental — Ele deixou uma carta.— fala depois de uma longa pausa em um tom cuidadoso — sabia da possibilidade, e pediu para que entregassemos a você caso ocorresse. — me entrega um papel — não queremos incomodar então.... qualquer coisa nos liga — me da um selar na testa e sai acompanhado do de cabelos curtos.