prólogo

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Desde a criação do universo e continuando
Através dos infinitos séculos e continuando
Nas nossas vidas passadas e talvez nas próximas
Estamos para sempre juntos
(DNA - BTS)

Junho de 2022
Palm Springs, Califórnia

Atualmente, existem aproximadamente sete bilhões novecentos e sessenta e três milhões trezentos e sessenta e seis mil cento e quarenta e quatro pessoas no mundo, o que é realmente muito, a meu ver.

Já é absurdo pensar que tantas pessoas podem coexistir em um mesmo planeta ao mesmo tempo, mantendo suas vidas individuais e pensando por si mesmas, mas eu acho que fica ainda mais surpreendente se pararmos para pensar que em cada uma dessas pessoas existe uma alma, consciência, espírito ou o que quer que você prefira utilizar para definir aquela parte de nós que pensa, sente emoções e guarda memórias.

São literalmente sete bilhões novecentos e sessenta e três milhões trezentos e sessenta e seis mil cento e quarenta e quatro indivíduos únicos, com sua própria forma de ver e sentir as coisas à sua volta.

Não é assustador?

Sabe o que é mais assustador ainda?

Pensar na possibilidade de algumas dessas pessoas, ou pelo menos mais que a metade, não estarem aqui pela primeira vez.

Algumas almas são jovens, vivendo pela primeira vez, conhecendo o mundo e se deslumbrando com cada pequeno detalhe, ainda descobrindo a própria existência, seus propósitos e sentindo as emoções pela primeira vez. 

Outras almas são velhas, já carregando inúmeras histórias, tendo visto todos os cantos do mundo e amado outras centenas de almas, vagando e recebendo recompensa por seus atos heróicos em outra vida ou punições por sua maldade e falta de humanidade.

Não importa exatamente há quanto tempo ela está vagando no mundo, se foi má ou boa na vida passada, se sofreu ou encontrou paz, sempre só precisei de um olhar fixo e concentrado para encontrar todas essas informações.

Os olhos, como o ditado popular confirma, são a janela da alma. Um vidro claro e límpido que permite visualizar lá dentro uma paisagem que pode ser obscura e morta, ou deslumbrante e vibrante. E eu consigo ver através do vidro, quando muitos só encontram cortinas fechadas.

Dom, maldição ou possessão? Eis a questão.

Minha mãe sempre buscou essas respostas, sobre os motivos que levaram seu filho a dizer coisas estranhas sobre um passado onde ela tinha sido uma servente direta de uma rainha e o porteiro do prédio um guerreiro que salvou dezenas em batalha.

Muitos pais normais talvez deixassem passar com a desculpa de uma imaginação fértil do filho, mas a minha mãe, com sua bagagem de crenças místicas e superstições, cogitou a ideia de eu ser um médium ou coisa do tipo.

De Busan a Seul, Daegu, Jeju e etc, estive em absolutamente todos os monges, videntes, médiuns e o que mais se possa imaginar que prometiam me livrar dessas visões.

E adivinhem só? Nunca funcionou.

Mas o que diabos um garoto nascido e criado na Coréia do Sul, em um bairro esquecido e quase miserável de Seul, faz sentado em uma mesa de escritório em Palm Springs, Califórnia?

Eu respondo essa com uma única palavrinha: adultério.

Em resumo, minha mãe era jovem e inconsequente, ralando muito em um barzinho para pagar os estudos e conheceu um homem muito boa pinta, com sotaque norte-americano e um nome estrangeiro. 

Todas As Nossas Histórias De Amor• PJM + JJKOnde histórias criam vida. Descubra agora