Todas As Nossas Histórias De Amor• PJM + JJK

dia difícil, não ruim

Oh não (oh não)
Oh não (oh não)
Você está dando voltas
Tenho você preso em minha mente
Memórias me seguem pela esquerda e pela direita
Consigo te sentir daqui
Consigo te sentir daqui
Você toma conta de cada canto na minha mente
— Left and Right, Charlie Puth feat. Jungkook

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Palm Springs, Califórnia
Julho de 2022

Antes daquele dia, eu tinha sido assaltado um total de zero vezes na minha vida. Então acredito que seja compreensível meu nervosismo diante da minha primeira vez.

Jimin não entendeu, obviamente.

Talvez ele fosse mais experiente com assaltos e por isso naquele dia foi a primeira vez que nós brigamos. Um conjunto de circunstâncias pré e pós assalto que nos levaram a quase cometer homicídio um contra o outro.

E foi tão idiota, mas ao mesmo tempo tão engraçado que só de lembrar sinto vontade de gargalhar até a barriga doer.

Mas na hora não foi legal não.

Foi um misto de orações e palavrões, não sei nem sei se não cometi algum pecado imperdoável fazendo isso, mas eu só conseguia pensar no meu precioso carro novinho e em como August me obrigaria a ir trabalhar de metrô.

Pegar o metrô na hora do rush era meu pior pesadelo.

— Acelera! Jungkook, pisa no acelerador e vai pra cima deles! — Jimin falou.

— Eles vão atirar na gente, porra! — Ergui o tom.

— Não se você atropelar eles! — Jimin gritou, ao passo que senti sua mão se fechar no meu braço com muita força.

— Aí quem vai pra cadeia sou eu! — rebati.

— É legítima defesa, caralho! Eles estão armados, ACELERA A PORRA DO CARRO! — Jimin subia uma oitava a cada vez que abria a boca e isso me fez ter uma leve vontade de bater a cabeça dele no painel por um pouco de silêncio.

Os criminosos levaram poucos segundos para cercarem o carro. Os que estavam atrás e os que estavam na frente fizeram uma espécie de círculo. Os rostos deles estavam cobertos por camisetas, gorros e todo o tipo de coisa que só permitia que eu visse seus olhos.

— Estamos cercados — murmurei. — Jimin, vão levar o carro… puta merda, o August vai me matar!

— Se a gente não morrer, eu mesmo vou te matar! — resmungou ele entredentes.

— Fica calmo, eu cuido de tudo — respondi.

— Você cuida de tudo? Se minha vida depende de você eu tô fudido! — Ele ralhou, entredentes.

Jimin parecia apavorado. Eu provavelmente parecia apavorado também, mas ele não podia ver, então torci para  ele confiar que eu tinha o controle da situação e não acabar dizendo algo que faria com que os criminosos decidissem que nós já tínhamos vivido o bastante.

Um dos homens fez um gesto, pedindo para que nós descessemos do carro. Coloquei a mão no botão para destravar as portas e fazer a vontade deles enquanto estavam pedindo educadamente, mas não apertei o botão por motivo de força maior.

— Se você abrir a porra da porta eu faço você engolir a sua mão, Jeon Jungkook! — Jimin sussurrou baixo e me perguntei se ele tinha alguma espécie de sexto sentido.

Quinto sentido, já que um estava faltando.

Guardei a piada para depois e virei o rosto na direção dele.