“Tive tantos momentos felizes
Que esqueço de como foi triste
Te dar, da minha alma
O que você pôs a perder
Eu não queria te amar, você me ensinou a te odiar
(...)
Em Saturno
Vivem os filhos que nunca tivemos
Em Plutão
Ainda se ouvem gritos de amor
E na Lua
Gritam sozinhas, minha voz e a tua
Pedindo perdão
Coisa que nunca poderíamos ter feito pior”
— Saturno, Pablo Alborán•
Dinastia Joseon
1549 d.CO verão já estava terminando, o que o fez perceber que o tempo estava passando por eles em uma velocidade absurdamente chocante.
Havia o constante e crescente sentimento de que cada beijo podia ser o último e isso talvez tornasse o amor agridoce. Era o fato de estarem vivendo aquilo, apesar de saber que o mundo inteiro os queimaria se soubesse.
Jiang e Junseo não mediam esforços, não pensaram nas consequências de suas fugas repentinas, de seus beijos roubados às escondidas. A inconsequência de seus atos os levava a um lugar que apenas eles conheciam, uma sensação que mais ninguém entenderia.
Ninguém jamais seria capaz de compreender o que levava um príncipe e seu soldado a estarem emaranhados daquela forma em uma noite quente. Mas cada segundo era precioso, cada encontro era aproveitado da melhor forma.
Eles viveram aquele verão inteiro alimentando aquele amor até que ele tomasse conta por completo e fosse impossível de ser aniquilado, como um fogo ardente se alimentando de uma floresta inteira.
Não era possível prever quando tudo desabaria.
Junseo passava seus dias evitando o casamento arranjado que parecia cada vez mais e mais perto. Depois de tantas vezes adiando, algo lhe dizia que chegaria logo o dia em que não poderia mais dar desculpas.
Jiang sabia que sua mente estava ocupada com isso constantemente, por esse motivo, nunca se zangava quando ele parecia muito aéreo.
— Você não está prestando atenção em mim — Jiang acusou, esticando os lábios em um biquinho.
Junseo saiu de seu transe preocupado e olhou nos olhos do homem que estava enrolado com ele em alguns lençóis no chão do quarto. O rosto de Jiang estava em seu peito, seus cabelos estavam soltos e Junseo ocupava seus dedos deslizando entre as madeixas longas e escuras dele.
— Perdão — sussurrou o príncipe, forçando um sorriso enquanto enlaçava seus dedos com os de Jiang em seu peito e usava a outra mão para afastar uma mecha caída em seus olhos. — Você estava falando sobre o que mesmo, meu amor?
— Esquece — Jiang respondeu, soltando a mão dele e apoiando os dedos na mandíbula de Junseo. Ele apoiou o queixo no peito dele e o olhou nos olhos, com desconfiança. — Em que você está pensando?
— Preciso falar com a senhorita Han. Pedir que ela anule nosso noivado. É a única forma de me livrar desse arranjo — explicou Junseo, franzindo a testa.
Jiang suspirou e abriu um meio sorriso. Ele esticou o dedo até o vinco na testa de Junseo e beijou seu peito demoradamente, antes de olhá-lo nos olhos de novo com o dedo ainda pousado entre suas sobrancelhas.
— Sei que você quer se livrar disso, mas já pensou em tentar outro caminho? — Jiang sussurrou. — Talvez você não possa fugir do casamento em si, mas possa escapar das obrigações conjugais. Conheci muitos casamentos de fachada ao longo da vida. Servem para abafar escândalos, amenizar boatos. Talvez consiga entrar em acordo com alguma mulher que entenda. Não sobre mim, claro. Mas sobre seu romance secreto. A grande maioria das mulheres só deseja do casamento segurança e conforto.
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Todas As Nossas Histórias De Amor• PJM + JJK
RomanceJeon Jungkook tem um dom. Algo tão particular e peculiar que foi mantido em segredo por toda sua vida por puro medo de ser considerado louco: ele podia ver, através dos olhos das pessoas, suas vidas passadas. Tudo estava ao alcance de seu olhar, co...