Dezessete

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                  Cinco dias depois...

Acordei sentindo um peso em cima de mim, e sorri ao notar que era Sofya. Ela me chacoalhava enquanto ria e eu a encarei séria, semicerrando os olhos.

— Bom dia, aniversariante do dia!

— Bom dia — Resmunguei.

— Cadê o ânimo, mulher? — Ela perguntou.

— Não gosto de aniversários.

— Por que não? São ótimos, e você ganha presente — Ela disse como se fosse uma criança de sete anos.

— Eu não ligo pra isso — Dei de ombros.

— Credo, Any, que mal humor é esse?

— Eu não dormi direito essa noite Soso.

— Então está explicado — Ela disse e voltou a me abraçar — Mas mesmo assim, parabéns!

Sorri.

— Tudo bem, obrigada!

Nesses dias que se passaram eu e Sofya nos tornamos muito próximas, ficávamos conversando até tarde e de dia eu levava ela para andar pela cidade, a apresentei aos meus amigos e ela estava bem enturmada. Porém, nós estávamos bem mais próximas.

— Por que não dormiu direito essa noite? — Ela perguntou.

— Pesadelos sem sentido. — Menti e ela deu de ombros.

Na verdade, eu havia tido diversos pesadelos e todos envolviam apenas uma pessoa, inclusive, essa pessoa com certeza era o meu pior pesadelo:

Savannah Clarke.

Eu de fato não sabia o que essa mulher tinha para mexer tanto comigo, mas o que mais me irritava era o fato dela me perturbar até quando eu estava dormindo. Como isso era possível?

Desde o dia que seus pais chegaram não havia acontecido mais nada entre nós. Primeiro, pelo fato dela estar sempre grudada em Sorais e segundo por eu evita-la ao máximo. Eu ainda tinha juízo. Bem pouco, considerando os fatos, mas não deixava de ter.

O que mais me irritava era como ela me provocava até sem ter a intenção. Aquela mulher estava me deixando maluca e quanto mais eu me afastava dela, mais ela me perturbava. Até em sonhos.

— Hey, Sofya chamando Any. Alô, alô, planeta terra chamando — Ela me chacoalhou e eu a olhei assustada.

Havia me perdido em meus pensamentos, mais precisamente, me perdido em Savannah Clarke.

— Desculpe, eu dormi acordada — Ri.

— Tudo bem, dorminhoca. Te espero lá embaixo para tomar café, não me faça subir aqui outra vez — Ela disse séria, mas logo um sorriso brotou em seus lábios, me fazendo sorrir também.

Assim que ela saiu, suspirei profundamente, tentando tirar pela milésima vez as imagens de Savannah nua em meus sonhos, ou então ela com aquelas lingeries que me fizeram perder o ar.

Aquilo definitivamente era uma merda, por que eu estava tão atraída por ela? Logo ela, a namorada do meu pai. Eu aceitaria até estar atraída por Sina, que seria muito mais fácil de resolver a situação do que por Savannah e o pior era que a filha da mãe correspondia! Afinal, o que ela realmente sentia por meu pai? Por que ela se entregava tão fácil a mim, se ela o ama?

Céus, eu estava ficando louca, completamente confusa. E o pior, não poderia ser louca de contar a Sina, caso contrário, ela cortaria meu pau fora. Eu sei que sim.

Levantei e sai do meu quarto em direção ao banheiro, quando entrei me lembrei da imagem de Savannah completamente nua entrando no box. Oh, eu estava ficando excitada outra vez.

Minha Querida Madrasta | SavanyOnde histórias criam vida. Descubra agora