🎋Capítulo 3🎋

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Capítulo 3: Primeira Frustração

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Capítulo 3: Primeira Frustração

 
 
Um mês havia se passado e Wei Ying  se sentia ansioso. Em menos de uma semana seu cio devia se manifestar, caso ele não viesse só poderia significar que ele estava grávido. Ele contava os dias para ter sua resposta.  
 
      Lan Wangji  tinha uma viagem marcada com o Tio, mas voltaria antes da data do cio do marido. Desde que se casaram nunca perderam um cio um do outro, mesmo que o Hut de uma alfa viesse apenas a cada três meses e durasse apenas um dia já era o suficiente para deixar Wei Ying  três dias sem sair de casa.
 
     — Lan Zhan, você acha que já estou grávido? – disse encarando seu reflexo no espelho. Ele tinha acabado de tomar banho e tentava encontrar tirar algum indício de uma gravidez  no seu ventre plano. 
 
     — Não pense muito nisso. – tentou se mostrar calmo, mas a verdade era que ele estava mais ansioso que o próprio marido. — Notei que você não tem dormido direito nos últimos dias.
 
     — Não é nada. Só estou um pouco entediado já que seu tio não me deixa dar aulas para os Juniors. Eu passo o dia todo dentro de casa ou com os coelhos.
 
       — Se quiser pode ir até a cidade e comprar alguma coisa, contanto que não seja vinho, armas ou qualquer coisa ilegal.
 
      — Você tirou todas as coisas legais da lista.  Melhor não, não quero dar razões para me estressar com seu tio outra vez. Ficarei por aqui aguardando você chegar. – Disse se jogando na cama.
 
    — Apenas não apronte em minha ausência.
 
    — Isso já não posso prometer. – se divertiu vendo seu marido fechar a cara insatisfeito com a resposta.
 
     Provocar Lan Qiren era a melhor parte do seu dia e então acompanhou Lan Wangji  até os portões da seita se despedindo do marido com um beijo apaixonado vendo Wangji corar com o ato e Lan Qiren bufar irritado.
 
     — Vamos logo, Wangji. Ou ficaremos sem lugar para passarmos a noite.
 
Ele subiu em sua espada e foi na frente, Wangji deixou um breve selar em sua testa e acompanhou seu tio. O ômega foi brincar com os juniors e depois alimentar os coelhos que ele e Lan Wangji  criavam no fundo da seita. Ele passou boa parte da tarde entretido  com aquelas bolinhas peludas, imaginando como Wangji ficaria feliz quando ele engravidasse.
 
    O sol estava quase se pondo quando ele retornou para casa, para sua surpresa uma bandeja com seu jantar estava disposta na varanda. Era ensopado de peixe e legumes, ele riu imaginando que Wangji havia pedido para fazerem antes dele ter viajado.  
 
     Quando a noite chegou ele ficou olhando as estrelas de sua varanda, o ômega não sabia o que sentia naquele momento mas alguma coisa lhe incomodava.  O horário de se recolher já havia passado, então provavelmente não haveria mais ninguém andando pela seita além dos vigias dos portões. A noite estava amena e céu estrelado, foi andando sem um rumo especifico, apenas passando o tempo esperando o sono chegar quando passou pelo escritório de Xichen e notou as luzes acessas. Ele encostou na janela vendo o cunhado debruçado sobre alguns documentos. 
 
      — Achei que a essa hora todos já deveriam estar dormindo. – disse assustando o alfa.
 
      — Wei Ying. Isso deveria  valer pra você também. 
 
      — Ah, sabe que não consigo dormir tão cedo. Estou dando uma caminhada esperando o sono chegar.  E você?
 
       — Trabalhando. Mas já terminei por hoje. Quis adiantar alguns assuntos mais urgentes, mas acho que já terminei.
 
      — Se terminou, venham dar uma volta comigo. Eu realmente estou entediado hoje. – Xichen apenas assentiu fechando os pergaminhos e apagando as luzes ao sair.
 
    O alfa mantinha uma postura impecável até mesmo ao andar, eles conversavam sobre as próximas aulas de Wei Ying  aos discípulos e riram da recusa de Qiren de tê-lo como um professor, temendo , e com toda razão que Wei Ying  pudesse corromper os jovens discípulos.
 
     Depois de alguns minutos conversando sobre coisas aleatórias Wei Ying  se segurou em uma árvore sentindo seu corpo se aquecer rapidamente. Xichen que estava a alguns passos à frente só notou a ausência do cunhado ao seu lado quando um cheiro chegou ao seu nariz, ao olhar para trás viu Wei Ying  com o rosto vermelho e respirando pesadamente.
 
      Ao se aproximar rapidamente parou quase escorregando pela parada brusca a alguns poucos metros dele.
 
     — Wei Ying , você...
 
    — Isso não devia ter acontecido.
 
 Quando o calor veio de maneira tão intensa os joelhos do ômega cederam e Xichen precisou ser rápido para segurá-lo. O cheiro de Wei Ying  nunca esteve tão intenso e um alfa do porte de Xichen precisaria de muito autocontrole.
 
      — Gege, acho que estou no cio. – disse choroso. — Não... não  devia ter acontecido.
 
      — Vou te levar para casa e mandarei chamar Lan Wangji.   Consegue andar?
 
 Wei Ying  negou. Sem outra alternativa, o alfa o pegou no colo e sentiu seu próprio alfa tensionar. Ele andou o mais rápido que conseguia  pois não queria que ninguém visse Wei Ying  exposto daquela maneira. Antes que chegasse ao JingShi  Wei Ying  se aninhou em seus braços e a umidade que escorria pelas pernas do ômega estavam testando o limite e razão do alfa.
 
        Assim que chegou no quarto do irmão deixou o ômega  deitado na cama se contorcendo e deixou o quarto fechando a porta atrás de si. Ele precisava deixar aquela casa imediatamente, Xichen caiu de joelhos numa luta interna. Uma parte de si se recusava a deixar Wei Ying  sozinho, outra dizia que ele não devia estar ali. Praticamente se arrastando e com muita dificuldade  ele chegou em sua casa, ele fechou todas as portas e janelas e jogou um amuleto silencioso no lugar e rosnou alto, tão alto que sua garganta doeu com ato.
 
     Notou que sua roupa estavam molhadas pelos fluidos de Wei Ying  e rasgou suas roupas de seu corpo. Ele não podia desejar Wei Ying, não podia.
 
      — Eu preciso me recompor. – tropeçando  em suas pernas ele foi até a lareira de seu quarto acendendo a lenha assim que o fogo atingiu um certo tamanho  e jogou as roupas ali, não antes de cheira-las. Ele sentou-se derrotado diante do fogo e com a cabeça baixa. 
 
      — Porque meu irmão teve que se apaixonar justamente por você? – sussurrou deixando uma lágrima solitária deixar seus olhos.. — De todas as pessoas do mundo, tinha que ser justamente você.
 
   Levou alguns minutos para que ele conseguisse se recompor, tomou um banho rápido e trocou suas roupas. Foi rapidamente até a enfermaria pedindo que a médica beta da seita levasse algum calmante para Wei Ying  e em seguida pediu que um discípulo  fosse atrás de Lan Wangji e se isolou em sua residência.
 
        No dia seguinte Lan Wangji chegou ainda antes do sol nascer e assim que abriu a porta de casa pode sentir o cheiro do marido por todos os lugares, ele ainda descansava numa pousada na cidade vizinha antes de seguir viagem com Lan Qiren até o reino Impuro, que levaria mais dois dias de viagem apenas na ida. Mas provavelmente Xichen deve ter ajudado o discípulo  a encontra-lo. Assim que entrou no seu quarto esperava encontrar Wei Ying  sem roupas se tocando como sempre fazia quando seu cio chegava, no entanto o encontrou encolhido e choroso sob a cama.
 
       — Wei Ying, o que houve? Eu vim o mais rápido que pude. – o alfa deitou-se na cama e puxou o marido para seus braços.
 
       — Eu ... eu ... não consegui. Ainda não tem um bebê no meu ventre.
 
 Wangji entendeu a frustração do ômega.
       — Eu não achei que isso fosse ser algum problema pra você. Vamos continuar tentando.– tentou consolar ele.
 
       — Faz um ano que não venho mais evitando com chás. Um ano, Lan Zhan. Eu achei que agora que estava pronto, seria fácil. Mas veja, não estou gerando nada.
 
       — Acalme-se. Temos muito tempo para treinarmos. Nós somos jovens ainda e não precisa se apressar.
 
      — Estamos casados a um ano e meio, achei que a essa altura pelo menos já estaria grávido.
 
    Wangji sempre sonhou ter uma família grande, ele cresceu tendo apenas o irmão e o tio ao seu lado e ansiava em começar a própria família. Mas por causa da preocupação que estava com Wei Ying  ele se esqueceu de um pequeno detalhe. O tempo estava correndo para eles.
 
      — Acho que vai ser pior se você se preocupar com isso. Apenas vamos deixar tudo acontecer naturalmente. – ele aninhou o marido em seu colo. — Dizem que as chances aumentam durante o cio.  
 
       — E a sua viagem?
 
       — Meu irmão trocou de lugar comigo, ele sabia que você precisava de mim aqui e foi com o meu tio assim que eu cheguei. Mesmo com muitas obrigações a fazer aqui ele fez esse favor.
 
       — Eu quero... — logo uma onde de calor entorpeceu os sentidos de Wei Ying  e ele gemeu esfregando seu corpo ao do alfa.
 
      — Você está mais quente que o normal, vou dar um banho em você.
 
       — Só se você entrar comigo na tina.
 
Sem esperar mais nada Wangji ergueu o marido no colo e o levou para a tina com água fria. O corpo de Wei Ying estava febril e o choque com a água fria fez seu corpo inteiro se arrepiar, logo o alfa retirou suas vestes e entrou na enorme tina de madeira.
 
    O ômega logo esqueceu sua frustração  inicial ao ter o marido lhe tocando e o excitando. Ter seu alfa ali fez seu corpo se aquecer ainda mais, o cheiro de Sândalo  misturado ao seu deixava seus sentidos muito mais aflorados. Não havia qualquer pudor entre eles. A violência do ato acabou destruindo a tina de madeira maciça e sem se importarem com a bagunça que fizeram, mesmo depois do primeiro orgasmo na tina, seguiram ainda molhados para a cama. E a cada novo ciclo de calor de Wei Ying  mais voraz Lan Wangji  se tornava.
 
       Naquele dia Wei Ying  acordou já havia passado da hora do almoço, o quarto estava limpo e arrumado e não havia nem sinal do que sobrou da tina quebrada. Ele ainda se sentia quente, mas estava mais calmo, assim que se sentou na cama notou que aquele líquido viscoso e conhecido escorreu de sua entrada. Percebeu que Lan Wangji não havia lhe limpado como de costume, entendeu que o porque ele havia feito aquilo e sorriu.  Tentou se levantar mas suas pernas tremiam, ele perdeu as contas de quantas vezes ele e Wangji se amaram.  Antes que pudesse deixar a cama o alfa apareceu com uma bandeja com sua comida.
 
       — Como esta se sentindo?
 
       — Fodido.
 
       — Wei Ying!
 
       — Ah, Lan Zhan. Você come seu marido como se não houvesse amanhã, mas se preocupa com uma palavra ? – se divertiu com as reações do alfa.
 
        — Preparei uma tina nova no quarto ao lado, vou te levar até lá enquanto a água está quente.
 
        Wei Ying ergueu os braços e esperou ser carregado pelo alfa. Lan Wangji se sentiu melhor vendo que a frustração da noite anterior parecia não mais assolar o ômega. Depois do banho o ômega foi até a cozinha onde Wangji colocava a comida sob a mesa, o menor comeu calado sob a presença do amado e não disse nada sob seu destempero na noite passada, como seu cheiro  ainda era intenso por causa do cio não sairia de casa nos próximos dois dias. Assim que terminou sua refeição Lan Wangji  recolheu os pratos e se despediu do marido. Havia muita coisa para ele fazer no lugar do irmão que gentilmente cedeu seu lugar para que ele pudesse cuidar do marido.    
 
     Ele deixou um breve selar em seus lábios antes de deixar sua casa e seguir para o escritório do irmão. Durante o caminho viu algumas crianças de sua seita passeando com as ômegas, elas pareciam brincar com graveto mas ao vê-lo rapidamente se colocaram em postura ereta e o reverenciaram em respeito. Teve que admitir que aquilo foi fofo, aquelas crianças não pareciam ter mais de três ou quatro anos. O alfa curvou ergueu minimamente seus lábios para cima ensaiando um sorriso e uma das ômegas  anunciou que a pausa havia acabado. Wangji seguiu seu caminho imaginando como seria seu filho com Wei Ying,  seria um garoto contido e calmo como ele ou seria uma força da natureza, indomável assim como o ômega.
 
      Foi inevitável para ele não sonhar com isso, sempre sonhou numa família numerosa, mas esse foi um sonho que foi ficando cada vez mais longe a cada ano que se passava. Para ele, que entendia bem como sua personalidade introvertida afastava metade das pessoas que tentavam se aproximar, viu em um insistente Wei Ying  um recomeço. Aquele ômega era fora dos padrões, conseguiu desde o primeiro dia arrancar um pouco de tudo de Wangji.  Nunca imaginou que o ômega fosse aceitar seu pedido de compromisso já na primeira tentativa, seu irmão foi peça importante para isso acontecer, embora fosse um cultivador de alto nível odiava estar em público ou como faria aqueles pedido aos pais do ômega.
 
     Agora que estavam casados sabia que havia feito a escolha certa.  Ele e Wei Ying  eram como galho seco e fogo, eram intensos em tudo o que faziam.
 
      Assim que teve uma folga foi novamente ver como Wei Ying  estava pois odiava deixá-lo naquele estado, mas havia prometido ao irmão que cuidaria da seita em sua ausência já que este tomou seu lugar na viagem. Quando foi para sua residência levou consigo algumas frutas para agradar o marido, assim que que entrou em casa deu de cara com Wei Ying  pelado usando apenas um robe transparente que não deixava absolutamente nada para imaginação.
 
     — Wei... Ying.
 
     — Achei que tivesse que sair por aí desse jeito para que meu marido me desse atenção.  
 
Wangji deixou que a cesta de frutas caísse ao chão e avançou sobre o ômega, e ali mesmo na sala de sua casa ele possuiu Wei Ying mais uma vez. Com eles eram assim, tudo ia de zero à cem em questão de segundos. Ninguém se atreveria a ir no JingShi  se não fosse caso de vida ou morte, e com Wei Ying  exalando seu cheiro a quilômetros de distância os feromônios  de Wangji deixavam claro que ninguém devia se aproximar. Por esta razão não seriam interrompidos.
 
       Wei Ying estava  de costas para o alfa  com as duas mãos apoiadas na parede enquanto o alfa penetrava fortemente nele. Seus cabelos soltos balançavam com os movimentos.
 
     — Isso marido, cuide bem do seu ômega. — num impulso de puro prazer Wangji morde as costas do menor. — Não me morda.
 
   Wei Ying  odiava mordidas, eles não traziam boas lembranças para ele. Então mesmo na hora do prazer elas não eram bem vindas. Talvez por essa razão ele só permitiu ser marcado por Wangji quase um ano depois de casados, não achava necessário de fato.
 
      — Meu! – o alfa rosnou pra ele.
 
       Wangji apressou seus movimentos até sentir os pequenos espasmos internos que Wei Ying  fazia em seu membro anunciando seu orgasmo. Ele socou ainda mais forte atingido o ponto doce dentro dele, logo que o ômega tremeu e gemeu alto deixando todo seu líquido branco e pegajoso derramar no chão suas pernas fraquejaram e quase cederam, porém o alfa continuou segurando na sua cintura até que ele mesmo chegasse ao ápice segundos depois.
 
     Ele beijou o pescoço  de Wei Ying  e o pegou no colo.
     — Quer que eu dê  um banho em você?  – o alfa perguntou e Wei Ying apenas assentiu cansado.
  Depois de limpar o marido e leva-lo adormecido para o quarto ele percebeu que o rapaz sequer tocou na comida que ele havia trazido antes. Isso explicava por que ele estava tão fraco, eles costumavam se amar por horas e horas e manter o mesmo ritmo, mas nesse cio alguma coisa estava diferente.
 
         Dois dias depois o cio de Wei Ying  se foi e seu tio e seu irmão retornaram de mais uma viagem. Não havia nada diferente no comportamento  de Wei Ying e o alfa acreditou que tudo estava bem e que as coisas voltariam para seus devidos lugares.

To  Waive ( Concluída)Onde histórias criam vida. Descubra agora