capítulo 10

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Emma andava de um lado para o outro ainda preocupada, quando Mikey retornou do hospital com Saori em seus braços, adormecida, o platinado a levou direto para o seu quarto no segundo andar

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Emma andava de um lado para o outro ainda preocupada, quando Mikey retornou do hospital com Saori em seus braços, adormecida, o platinado a levou direto para o seu quarto no segundo andar. Shinichiro e Izana ficaram em silêncio, mas após a campainha ser tocada, Shinichiro abriu a porta revelando Natsumi que usava uma calça preta e uma blusa regata vermelha, os saltos e a correntinha que não abandonava seu pescoço.

— Quem é você? — Emma perguntou ao notar o olhar surpreso de Shinichiro.

— Nat — Shinichiro murmurou.

— Posso, sabe? Entrar! — A ruiva encarou Shinichiro e ele lhe deu passagem.

— O que faz aqui? — Mikey disse ao descer as escadas com uma expressão fria e sem vida.

— Eu vim contar algumas coisas, acredito que vocês devem querer algumas respostas — A ruiva murmurou e nesse instante, Senju, Sanzu e Takeomi entraram se deparando com Natsumi em pé na sala.

— Você — Sanzu disse ao arregalar os olhos.

— Olá meu psicopata preferido — Natsumi sorriu

— Pode começar a contar — Shinichiro disse ao voltar a se sentar, e Mikey fez o mesmo.

— Há doze anos, Saori morava no Brasil, mais precisamente nas favelas do Brasil, a periferia de São Paulo — Natsumi disse — Foi quando alguns traficantes de crianças a encontraram, com mais algumas crianças bonitas naquela época, e a contrabandearam para os bordéis do Japão, para serem escravas.

— Que horror — Emma disse ao colocar a mão sobre a boca espantada, Izana abraçou a irmã acariciando seus cabelos.

— Saori cresceu num cabaré — Natsumi disse — Foi aonde nós conhecemos — a ruiva sorriu — e foi aonde ela resolveu se tornar um pecado.

— Como assim — Shinichiro perguntou

— “ Meu pecado é a irá, por ver quem eu amo sofrer” — Natsumi disse as palavras com firmeza encarando o segundo andar — aos doze anos. Ela fez a tatuagem do dragão nas costas inteira sem derrubar uma única palavra ou palavra de dor — Natsumi suspirou abraçando o corpo com as mãos — e foi nessa época que Sanzu a encontrou. Ele a encontrou assim que saiu do estúdio de tatuagem, Sanzu ficou encarando ela por um tempo, e convenhamos, olhos azuis como os deles não são tão comuns — Natsumi sorriu e lançou um olhar a Sanzu que concordou

— Nesse dia a levei até o Takeomi, ele estava na casa da nossa mãe — Sanzu disse — Quando entrei com Saori, ela desabou em lágrimas. Saori era a última lembrança viva do nosso pai. Cabelos castanhos e olhos azuis.

— Meu deus — Shinichiro murmurou

— Aonde eu quero chegar é simples — Natsumi disse — Saori tem distúrbio alimentar, ela come e depois vai vomitar, diferente do que todos pensam ela tem surtos de raiva fortes, por isso ela é o pecado da ira do dragão, apesar de ser quieta e gentil, ela é uma bomba nuclear, pronta para explodir.

𝑨𝒛𝒖𝒍 𝑪𝒐𝒎𝒐 𝒐 𝑪𝒆́𝒖 - 𝑴𝒂𝒏𝒋𝒊𝒓𝒐 𝑺𝒂𝒏𝒐 Onde histórias criam vida. Descubra agora