capítulo 24

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Quando andava pelas favelas do Brasil, na periferia de São Paulo, sua única preocupação era sobreviver, alguns gentilmente ofereciam pratos de comida ou marmitas, as noites frias muitas ongs davam cobertores e agasalhos, mas nada doía mais, do que...

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Quando andava pelas favelas do Brasil, na periferia de São Paulo, sua única preocupação era sobreviver, alguns gentilmente ofereciam pratos de comida ou marmitas, as noites frias muitas ongs davam cobertores e agasalhos, mas nada doía mais, do que ver as crianças normais com suas famílias passeando no centro. Até que aquele dia chegou, uma facção de são Paulo, começou a atrair crianças com o o papo de serem adotadas, e não foi diferente com Saori, que na época se chamava Sarah. Mesmo com belos traços asiáticos, ela ainda tinha a genética brasileira em seu sangue, ja aos nove anos já havia se tornado moça, e seu corpo se desenvolveu. As primeira semanas foram tranquilas, mas depois a colocaram num contêiner com mais vinte crianças, variando entre meninas e meninos, ficaram ali sem saber quanto tempo havia se passado. E quando o contêiner abriu novamente, já não estavam no Brasil, e sim no Japão.

Os secuestradores, levaram as meninas para bordéis diferentes,e Saori foi parar no cabaré rosa vermelha, sendo vendida para o dono antigo do lugar, uma criança que aparentava ser mais velha, traços lindos e perfeitos misturando o ocidental com o asiático. E foi lá onde conheceu Natsumi, a ruiva linda e atraente, o dono do cabaré não era um homem ruim, afinal ele apenas a comprou para salvar Saori, assim como Salvou Natsumi.

— Não tenha medo criança, você não precisa mais ter medo — disse o homem — me chamo Elijah Kido.

— Sarah.. — respondeu a menina.

— Bem vinda Sarah — o velho homem sorriu.

Aos doze anos, Saori descediu fazer a tatuagem de dragão nas costas, ao lado de Natsumi.  E ao saírem do estúdio, seus olhos se encontraram nós dele, O rapaz a encarava totalmente surpreso, e sem dizer mais nada a arrastou até sua casa, a residência Akashi.

— Não acredito — disse a mãe — Saori?

— Meu nome é Sarah — disse a menina.

— Não querida — a mulher se aproximou com lágrimas nos olhos — esses olhos, você é idêntica ao seu pai. Os deuses foram bondosos de te trazer pra casa .

— Casa?

— Seu nome é Saori, Akashi Saori.

Desde aquele dia, Sanzu descidiu nunca mais deixar sua irmãzinha sofrer, mas as coisas não saíram como esperado. O rosado andava de um lado para o outro completamente irritado após ouvir Natsumi.

Fora do alcance
Nas memórias que estavam longe
Estou procurando de novo
Sob o luar azul

— vai abrir um buraco no chão — Disse Senju ao ver a agonia em Sanzu.

— Foda-se a porra do chão caralho — grunhiu.

— Você não é o único preocupado, Aliais porque não tá na reunião? — a garota se aproximou.

— Ele tá alterado demais — respondeu Natsumi — Mikey o deixou de fora.

— Era de se esperar — Senju se sentou ao lado de Natsumi, a ruiva estava com os olhos inchados.

— Eu falhei denovo e denovo - Sanzu murmurou

— você não falhou — Senju disse — Naoto não nos contou nada.

— e vocês nem se importaram em o procurar — Natsumi disse.

— Izana já está nas ruas com a Tenjiku — Emma disse ao se aproximar do trio — logo teremos notícias

— Como está o Mikey? — Sanzu perguntou

— Puto — Emma disse como se fosse o óbvio — ele soube que ela tava grávida e que kisaki a fez perder a criança, aconteceu a mesma coisa comigo, como acha que ele tá Sanzu?

Inúmeras noites se passaram
Mesmo que outro dia chegue
No mesmo lugar novamente
Lua azul florescendo

— Nem mesmo as drogas estao me acalmando — o rosado deferiu um soco na parede, abrindou um buraco no local.

— Só podemos confiar agora — Senju disse — Mikey vai trazer ela de volta.

— Hanma está em reunião com os pecados, eles vão ajudar as gangues no que for preciso — Natsumi confessou.

— se a ligação fosse forte, nesse momento Mikey estaria agoniando — Emma encostou na parede e abaixou o olhar — a pior coisa é você sentir tudo o que seu amado está sentindo, mesmo que você sinta, você não pode transferir a dor para você.

Natsumi encarou Emma, e ficou em silêncio em seguida, o abraço de Shinichiro estava fresco em sua memória, muitos desentendimentos, e tudo o que ela fez foi o afastar ainda mais, quando na verdade o queria mais perto que tudo.

— Emma — a ruiva a chamou — onde tá o Shin?

— no quarto dele.

Natsumi se levantou e foi em direção as escadas, Shinichiro estava saindo do quarto quando ela se aproximou, o que o deixou surpreso, já que Natsumi não disse nada e apenas beijou deus lábios. Um beijo lento, calmo e refleto de saudade, seus corações batendo num mesmo ritmo descompassado, suas línguas dançando uma melodia inaudível.

— Ruby — Shinichiro Sussurou entre o beijo, encarando seus olhos.

— Desculpe por demorar tanto, para entender que nessa vida e em todas as outras, só existe você — A ruiva fechou os olhos.

— Não me importo — Shinichiro Sussurou perto de seu ouvido — pois sempre será você e apenas você.

Mesmo quando o fim desta vida chegar
Tenho que me levantar de novo
A luz fraca no céu
Eu coloquei minha alma nisso
Eu serei a luz
Para você no escuro


Após o fim da reunião, Mikey encarava o chão. Ele sempre era o último a perceber as coisas, só então percebeu que toda a angústia em seu peito, toda a aflição e tristeza, não eram sentimentos seus. E sim de Saori.
Os olhos brilhantes o encarando, o silêncio que dizia mais do que milhares de palavras poderiam descrever, como uma conversa de almas, ela nunca o asfastou, sempre se manteve ali, até que ele fosse até ela, com a mão estendida no escuro.

— Onde você está — Sussurou para si mesmo, apertando os punhos — me deixe me conectar a você.



𝑨𝒛𝒖𝒍 𝑪𝒐𝒎𝒐 𝒐 𝑪𝒆́𝒖 - 𝑴𝒂𝒏𝒋𝒊𝒓𝒐 𝑺𝒂𝒏𝒐 Onde histórias criam vida. Descubra agora