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Izana guiou Saori até o terraço do estacionamento. Longe da música, longe dos motores e longe dos bêbados desgovernados, E lá ficaram observando a multidão ir dormir em Tokyo. Poucas luzes acesas na cidade, pouco movimento dos carros e de pessoas, alguns retornando do trabalho, outros indo pro trabalho. Izana ofereceu seu ombro para Saori, a castanha se aconchegou em seu ombro e deu um suspiro pesado encarando o horizonte.
— Quer desabafar um pouco? — Izana disse ao acariciar seus cabelos, olhando de relance o semblante silencioso de Saori — Desde o dia que nós vimos, parece que você quer desabafar horrores.
— Talvez — Disse sincera — mas hoje eu só quero esquecer.
— E como pretende esquecer?
Saori mostrou o copo com Whisky e Izana deu uma risada anasalada, dando leves tapinhas em sua cabeça. Ambos ficaram curtindo o silêncio, mesmo que a música e a gritaria estavam foram de limites, parecia que Izana trazia a paz que ela precisava, quando estava com ele se sentia bem, e não pensativa ou ansiosa. O encontro com Kisaki realmente mexeu com Saori, mas agora ao lado de Izana essa preocupação parece ter desaparecido, por instinto Saori segurou na mão de Izana entrelaçando seus dedos, o toque gelado de Izana a fez voltar a realidade, o platinado estava a encarado com os olhos semi cerrados como se buscasse a permissão, e ela concedeu.
Izana a puxou para frente de si, segurando em sua cintura, seus olhos desceram até seu pescoço, o perfume de sandalo era um feitiço a qual sonhava todas as noites desde o Dia que se conheceram, seus lábios encontraram os dela, iniciando um beijo lento e provocativo, o Sabor de seus lábios era uma mistura perfeita de Whisky com cereja, o beijo se aprofundou de forma intensa, como a necessidade de dois corpos juntos, emitindo calor. Uma de suas mãos foi em direção aos cabelos de Saori, entrelaçando entre os fios, arrancando arfadas abafadas como um gemido silencioso, ansiando pelo seu toque mais profundo.
— Izana — A voz de Kakucho o tirou de seu devaneio, ele estava parado apenas esperando, mas o que tinha de ser feito não podia esperar.
Izana o encarou com um olhar mortal e voltou sua atenção para Saori, a castanha estava levemente corada, mas não envergonhada, pois encarava Kakucho com seu olhar sereno e gentil.
— Vem comigo — Disse Izana ao puxar ela pelas mãos e Kakucho os seguia a distância.
Ao descer novamente para festa, os membros da tenjiku estavam reunidos e ao verem Saori, eles se curvaram.
— TENJIKU, SAÚDA O PECADO DA IRA DO DRAGÃO. BOM TRABALHO RAINHA.
— BOM TRABALHO RAINHA.
Saori não pensou duas vezes e encarou Izana que tinha um sorriso zombeteiro em seus lábios, mostrando satisfação de seu feito.
— Se continuar ao meu lado — Disse ao seu ouvido — você será tratada como uma verdadeira rainha que é.
— . A maldição da família Sano, não é ativada em você? — perguntou e Izana suspirou
— A maldição já foi ativada um dia, mas ela morreu — Disse ao voltar a olha-la — a maldição só se ativa uma vez, e dura até o momento que um dos amantes morra. No meu caso, ela morreu e a maldição se foi
— Sinto muito
— Não sinta — Disse com um sorriso — pois agora posso ter sua companhia.
A festa voltou ao normal, Senju estava sentada no bar apenas esperando por Saori, mas quando viu sua irmãzinha abraçada com Izana o rei da Tenjiku, Senju ficou boque aberta.
— Chifuyu, tá vendo o mesmo que eu?
— Izana e Saori? — O moreno diz e Senju confirma — ficam até que bonitinho, juntos.
— Quer provocar o diabo? — Senju diz maliciosa e Chifuyu arregala os olhos.
— Nem pense nisso Senju — a alertou
— Qual é? Se ele não tomar uma atitude alguém tem que tomar.
— Tô afim de ir em nenhum funeral — Chifuyu disse, mas era tarde mais, Senju puxou seu celular e tirou uma foto com ótima qualidade, de Saori e Izana juntos.
Izana estava com a mão acariciando o rosto de Saori, enquanto a castanha segurava seu ant braço com ternura, sem quebrar o olhar. Após tirar a foto Senju enviou para Mikey com a seguinte legenda.
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“ Amizade de Milhões SaorIza, meu shippe. “
Chifuyu pegou o celular da mão de Senju, mas era tarde demais, ao ver para quem ela tinha mandado, Chifuyu só pode encarar a sua companheira incrédulo e temendo pelo pior.
— Que Deus nos ajude — Sussurrou Chifuyu e Senju começou a gargalhar.
