𝑨𝒛𝒖𝒍 𝑪𝒐𝒎𝒐 𝒐 𝑪𝒆́𝒖 - 𝑴𝒂𝒏𝒋𝒊𝒓𝒐 𝑺𝒂𝒏𝒐

capítulo 26

⚠️ Só pra falar que tô Sad hoje ⚠️

— confiscamos tudo — Disse Rindou — Kisaki estava com meio milhão em carga roubada da bonten, fora os outros meio milhões apenas em droga.

— Ao todo eram mais de Quarenta mil armas contrabandeadas da Turquia — Sanzu se sentou no sofá de couro e suspirou — ele tinha um arsenal até com míssel.

— Ele tava preparado para uma guerra — Shinichiro disse — o que não era o foco das gangues.

— Onde está a Saori? — Izana disse completamente desinteressado no assuntodo defunto.

— Porque quer saber? — Mikey o encarou

— Ela derrotou seu maior inimigo, quero vê-la — Izana se levantou e quando ia abrir a porta, ouviu o gatilho da arma de Mikey. O platinado estava com uma 38 apontada na sua direção — eu só quero saber como ela tá.

— não precisa — mikey o olhou — pode deixar que eu pessoalmente cuido dela.

— Ela tá com a Senju — Shinichiro disse — vamo parar com essa briga besta vocês dois.

Izana se virou para ir embora, enquanto Mikey olhava em total silêncio por onde o irmão tinha saído.

— O que vai fazer a respeito dela? — Shinichiro olhou para Mikey — Kisaki foi derrotado pelas mãos do pecado da ira.

— Essa garota vale cada centavo — Disse Kokonoi

— Antes de vocês fazerem qualquer coisa — Sanzu foi em direção a porta — Me deixa falar com minha irmã. Temos coisas a acertar.

— Como quiser — Disse Mikey

O rosado saiu em direção ao quarto onde Senju estava com Saori. E ao chegar, a castanha estava deitada no colo de Senju rescebendo carícias da irmã.

Sanzu não disse nada, apenas fechou a porta atrás de si, e pediu para Senju sair em silêncio, ficando no lugar de sua irmã, começou a fazer carinho nos cabelos de Saori.

— Porquê mandou Senju embora? — perguntou Saori.

— Sei que deve tá puta comigo, mas a gente precisa ter aquela conversa de irmão mais velho — Sanzu disse e Saori o encarou.

— Estou ouvindo.

— Você gosta do Mikey? — Sanzu disse e Saori arregalou os olhos com tal pergunta — porquê Izana parece bem interessado em você.

— Já ficamos — Respondeu a rosada, fazendo Sanzu engasgar com a saliva..

— Quando ficaram?

— Na festa da Tenjiku, um ano atrás. Mas não se preocupe não passou de beijos — A castanha se sentou e encostou a cabeça no ombro de Sanzu.

— O que deu na sua cabecinha, desmemoriada para fazer uma loucura daquelas sozinha? — Sanzu perguntou.

— O rumo da conversa muda, muito rápido não é? — Saori sorriu e viu seu irmão ascende um cigarro de maconha, dando uma tragada e entregando para sua irmã.

— Não faça mais isso, Sei que não sou o irmão que todos tem orgulho, mas eu realmente me preocupo com você — O rosado abaixou o olhar enquanto Saori tragava o cigarro. — Só estando Chapadão pra falar essas merdas sentimentais pra você.

— Tem momentos na vida, que temos que fazer o que está ao nosso alcance — Saori encarou o teto do quarto — Não importa o quanto tente impedir algumas coisas de acontecerem. Elas vão acontecer pois esse é o destino.

— Foda-se o destino — Sanzu a encarou

— Sabe porque as pessoas se indentificam mais com os vilões do que com os mocinhos? — Sanzu negou e Saori sorriu passando o cigarro para ele. — Porquê somos os vilões das nossas próprias histórias. Você só confia no mocinho porque não ouviu a outra versão da história, e sabe o motivo de não ver a outra versão? — Sanzu negou e uma lágrima escorreu no rosto de Saori — Porque ninguém nunca escuta a vítima, e sim o herói.

—  Mikey ficou doido sem você — Sanzu disse quebrando o silêncio — Não tô falando da boca pra fora e você sabe. Você gosta dele Saori?

— Gosto — a castanha sorriu de lado.

— E o que tá te impedindo de pular nos braços dele?

— Ele vai me segurar? — Saori encarou o irmão que arregalou com sua pergunta — Ele vai me segurar quando eu pular?

— Se ele não segurar — Sanzu abraçou a irmã entrelaçando seus dedos em seus cabelos, afundando em seu pescoço, sentindo a fragrância doce de seu perfume — Se ele não segurar, eu vou te segurar e nunca mais soltar.

— Não sei se sou muito abençoada, ou muito azarada por ter você como família — a castanha retribuiu o abraço com amor — Mas se fosse pra reencarnar nesse mundo novamente, eu ainda assim te escolheria como irmão.

— Ele precisa de você — Sanzu sussurou — da mesma forma que eu, Senju e Takeomi precisamos de você, mas ele …. Ele realmente precisa da Saori, que apenas ele conheceu.

— Obrigada irmão.

Ele tinha olhos claros… e fascinantes!
Essa foi a primeira visão que tive: seus olhos, sublimes e perversos.
Fingi não notar sua presença. Tentei ignorá-lo.
Ele detinha todas as atenções, paparicado e popular.
Sempre odiei esse tipo.
Mas era impossível odiar alguém com aquele par de olhos.
Seus olhos, encantadores e profundos como o mar.
Algo me dizia que aquele olhar, carregado de segredos, ainda iria me surpreender.
Minha intuição, sempre tinha razão.
Mas em estado de arrebatamento não pude atentar para qualquer outra coisa.
Dos seus olhos saia uma força estranha e eu estava presa pelo encanto daquele olhar.
Fui tola. Fui cega e boba.
Em seus olhos, claros e hipnotizantes encontrei minha condenação.

Marcelly Pascoal