12.Fazemos uma viajem pelo espaço na companhia de um gato

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P.o.v.Bianca di Angelo

A história de Percy era confusa, longa e com muitas partes que eu não entendia.

-O General está aqui? — Zoë parecia estupefata. — Isso é impossível. Estais mentindo.

-Por que eu mentiria? Olhem, não temos tempo. Guerreiros-esqueletos...

-O quê? — perguntou Thalia. — Quantos?

-Doze — respondi. — E isso não é tudo. Aquele cara, o General, disse que estava mandando alguma coisa, um "amiguinho", para distraí-los por aqui. Um monstro.

Thalia e Grover trocaram olhares.

-Estávamos seguindo o rastro de Ártemis — disse Grover. — Eu tinha quase certeza de que ele nos indicava este local. Um cheiro forte de monstro... Ela deve ter parado por aqui procurando o monstro misterioso. Mas ainda não encontramos nada.

-Zoë — eu disse nervosa —se é o General...

-Não pode ser! — disse Zoë bruscamente. — Percy deve ter visto uma mensagem de Íris ou alguma outra ilusão.

-Ilusões não quebram pisos de mármore — o garoto rebateu.

Zoë respirou fundo, tentando acalmar-se.

-Se Percy estiver falando a verdade sobre os guerreiros-esqueletos — disse ela -não temos tempo para discussões. Eles são os piores, os mais terríveis... Temos de partir agora.

-Boa ideia — Percy concordou.

-Eu não vos estava incluindo, garoto — replicou Zoë. — Não fazeis parte desta busca.

-Ei, estou tentando salvar a vida de vocês!

-Você não devia ter vindo, Percy — disse Thalia em tom soturno. — Mas agora está aqui. Ande. Vamos voltar para a van.

-Esta decisão não é vossa! — disse Zoë asperamente.

Thalia lançou-lhe um olhar azedo.

-Você não é o chefe aqui, Zoë. Não ligo para a sua idade! Ainda é uma menina mimada e metida!

-Você nunca foi esperta quando o assunto são garotos — grunhiu Zoë. — Nunca pôde deixá-los para trás!

Thalia parecia prestes a socar Zoë. Então todos ficaram imóveis. Ouvi um grunhido tão alto que pensei que o motor de um dos foguetes estivesse sendo acionado.

Abaixo de nós, alguns adultos berraram. A voz de uma criancinha gritou com prazer:

— Gatinho!

Uma coisa enorme subia a rampa saltando. Era do tamanho de uma picape,

com garras prateadas e pelo dourado cintilante.

— O Leão de Nemeia — disse Thalia. — Não se mova.

O leão rugiu alto.Suas presas brilhavam como aço inoxidável.

-Separai-vos ao meu sinal — disse Zoë. — Tentai mantê-lo distraído.

-Até quando? — perguntou Grover.

-Até eu pensar numa maneira de matá-lo. Ide!

Preparei meu arco e lancei algumas flechas, Grover tocou um ritmo agudo em sua flauta de bambu. Zoë e eu subimos na cápsula de Apollo. Atirávamos, uma após a outra, flechas que se partiam, inofensivas, contra o pelo metálico do leão. O animal golpeou a cápsula e virou-a de lado, lançando-nos para trás. Grover tocava uma melodia horrível e frenética, e o leão voltou-se na direção dele, mas Thalia intrometeu-se em seu caminho, erguendo seu escudo, e o leão recuou e rugiu.

Di Angelo | A maldição de AtlasOnde histórias criam vida. Descubra agora