P.o.v.Bianca di Angelo
A história de Percy era confusa, longa e com muitas partes que eu não entendia.
-O General está aqui? — Zoë parecia estupefata. — Isso é impossível. Estais mentindo.
-Por que eu mentiria? Olhem, não temos tempo. Guerreiros-esqueletos...
-O quê? — perguntou Thalia. — Quantos?
-Doze — respondi. — E isso não é tudo. Aquele cara, o General, disse que estava mandando alguma coisa, um "amiguinho", para distraí-los por aqui. Um monstro.
Thalia e Grover trocaram olhares.
-Estávamos seguindo o rastro de Ártemis — disse Grover. — Eu tinha quase certeza de que ele nos indicava este local. Um cheiro forte de monstro... Ela deve ter parado por aqui procurando o monstro misterioso. Mas ainda não encontramos nada.
-Zoë — eu disse nervosa —se é o General...
-Não pode ser! — disse Zoë bruscamente. — Percy deve ter visto uma mensagem de Íris ou alguma outra ilusão.
-Ilusões não quebram pisos de mármore — o garoto rebateu.
Zoë respirou fundo, tentando acalmar-se.
-Se Percy estiver falando a verdade sobre os guerreiros-esqueletos — disse ela -não temos tempo para discussões. Eles são os piores, os mais terríveis... Temos de partir agora.
-Boa ideia — Percy concordou.
-Eu não vos estava incluindo, garoto — replicou Zoë. — Não fazeis parte desta busca.
-Ei, estou tentando salvar a vida de vocês!
-Você não devia ter vindo, Percy — disse Thalia em tom soturno. — Mas agora está aqui. Ande. Vamos voltar para a van.
-Esta decisão não é vossa! — disse Zoë asperamente.
Thalia lançou-lhe um olhar azedo.
-Você não é o chefe aqui, Zoë. Não ligo para a sua idade! Ainda é uma menina mimada e metida!
-Você nunca foi esperta quando o assunto são garotos — grunhiu Zoë. — Nunca pôde deixá-los para trás!
Thalia parecia prestes a socar Zoë. Então todos ficaram imóveis. Ouvi um grunhido tão alto que pensei que o motor de um dos foguetes estivesse sendo acionado.
Abaixo de nós, alguns adultos berraram. A voz de uma criancinha gritou com prazer:
— Gatinho!
Uma coisa enorme subia a rampa saltando. Era do tamanho de uma picape,
com garras prateadas e pelo dourado cintilante.
— O Leão de Nemeia — disse Thalia. — Não se mova.
O leão rugiu alto.Suas presas brilhavam como aço inoxidável.
-Separai-vos ao meu sinal — disse Zoë. — Tentai mantê-lo distraído.
-Até quando? — perguntou Grover.
-Até eu pensar numa maneira de matá-lo. Ide!
Preparei meu arco e lancei algumas flechas, Grover tocou um ritmo agudo em sua flauta de bambu. Zoë e eu subimos na cápsula de Apollo. Atirávamos, uma após a outra, flechas que se partiam, inofensivas, contra o pelo metálico do leão. O animal golpeou a cápsula e virou-a de lado, lançando-nos para trás. Grover tocava uma melodia horrível e frenética, e o leão voltou-se na direção dele, mas Thalia intrometeu-se em seu caminho, erguendo seu escudo, e o leão recuou e rugiu.
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Di Angelo | A maldição de Atlas
Fantasy𝑂 𝑚𝑒𝑑𝑜 𝑒́ 𝑢𝑚 𝑏𝑜𝑚 𝑐𝑜𝑛𝑠𝑒𝑙ℎ𝑒𝑖𝑟𝑜 𝑒 𝑢𝑚 𝑝𝑒́𝑠𝑠𝑖𝑚𝑜 𝑔𝑢𝑖𝑎 É indiscutível que os irmãos di Angelo já haviam passado por muita coisa. Com a segunda guerra mundial prestes a estourar, fugiram de sua terra natal junto dos pais.P...