Capítulo Doze

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- Hyuna-ssi - Jimin exclamou ao entrar no elevador. - Que coincidência.

Ele esboçou um sorrisinho bonito e parou ao meu lado.

Dias se passaram desde que Park foi à minha casa conversar - que resultou em mais uma discussão.

Por dois dias ele me deixou em paz.
Mas no terceiro, ele parecia planejar esbarrar em mim em cada canto daquela empresa.

Tudo o que não nos vimos nos primeiros dias que ele mudou o cargo, estávamos nos vendo agora.

E ele fazia questão de conversar. Puxava assuntos, elogiava as minhas roupas, ou dizia como o meu cabelo estava bonito.

Ele estava tentando quebrar o nosso clima ruim. E eu me sentia uma tosca em pensar que ele estava conseguindo - apesar de que eu fingia que continuava não ligando para ele.

- O dia está bonito hoje, não acha? - perguntou me olhando. - Está ensolarado e sem nenhuma nuvem.

- Virou meteorologista? - perguntei.

Ele soltou um riso e apertou o botão do andar que nós deveríamos ir.

Eu tentei não ficar muito perto dele. Mas o Park Jimin fez questão de ficar parado bem atrás de mim.

- 'Tô com saudade de almoçar com você - falou baixo, mexendo nos meus fios.

- Hum - murmurei, sentindo ele colocar o meu cabelo para o lado.

Ele estava perto até demais de mim, tanto que eu podia sentir a sua respiração batendo no meu ombro.

- Não sente saudade de mim? - perguntou, diminuindo ainda mais o seu tom de voz.

Eu não respondi.

Minha pele se arrepiou quando eu senti os seus lábios depositando um selar no meu pescoço.

Eu detestava o fato de eu ainda ser tão rendida à aquele tipo de coisa - relacionado à ele.

O Park Jimin se afastou por ver que o nosso andar já era o próximo.

E quando as portas se abriram, nós saímos e fomos cada um para o seu lado.

Perto da hora do almoço, um funcionário de outro setor apareceu na frente da minha mesa e disse que o Park Jimin estava me chamando na sala dele para tratar de um dos meus projetos.

Eu fui até a sala dele e bati na porta, entrando ao ouvir um "pode entrar".

Ele estava sentado na cadeira em frente à sua mesa, mas se levantou assim que eu fechei a porta.

- O que você quer? - perguntei me aproximando da mesa.

- Você deveria ter mais respeito com alguém de cargo maior do que o seu - ergueu as sobrancelhas e esboçou um sorriso brincalhão.

- Sim, senhor - debochei.

Ele esticou alguns papéis para que eu pegasse.

- É sobre esse seu trabalho - falou e saiu de trás da mesa.

- O que tem ele? - perguntei, começando a analisar as folhas.

Jimin caminhou até a porta, e logo estava voltando para perto da mesa.

- Acho que tem alguma coisa faltando - falou ao se aproximar.

- Eu fiz tudo o que foi pedido - passei a ler a próxima folha. - Não entendo o que tem de errado. Já foi revisado e disseram que estava tudo certo.

Minha concentração na leitura sumiu quando senti o corpo de Jimin grudar no meu.

- A coisa que está faltando é você - sussurrou e as suas mãos tocaram na minha cintura. - Você e eu.

- Park Jimin... - murmurei.

- O trabalho está perfeito - falou e aproximou o seu rosto, deixando seus lábios perto da minha orelha. - Eu só inventei isso para ter você aqui.

Ele mordeu o lóbulo da minha orelha, e seus dedos apertaram a minhsa cintura.

- Eu 'tô com saudade - sussurrou.

Ele me apertou contra ele, fazendo a minha bunda roçar no seu membro.

- Ficou excitado só com isso, Park Jimin? - provoquei e mexi lentamente o meu quadril contra o dele.

- Eu preciso de você - choramingou. - Vamos fazer as pazes. Seu olhar não me engana - beijou o meu pescoço. - Você também sente saudade e quer isso.

- Estamos no trabalho - falei baixo, fechando os olhos ao sentir os seus lábios voltando a beijar o meu pescoço.

- Todos estão saindo para almoçar - falou entre um beijo e outro. - Poucas pessoas vão continuar por aqui.

- E se alguém entrar?

- Eu tranquei a porta - mordeu a minha pele.

- Planejou tudo isso? - perguntei.

Ele afastou o rosto do meu pescoço e eu o olhei por cima do ombro.

- Planejei - assentiu e deu um sorrisinho travesso.

Ele inclinou mais o seu rosto para a frente e eu juntei os nossos lábios, iniciando um beijo desajeitado.

Eu queria me virar para poder tocá-lo também, mas as suas mãos continuram firmes na minha cintura, me mantendo de costas para ele.

Entendendo aquilo como um sim, logo ele quebrou o beijo e voltou para o meu pescoço.
As suas mãos desceram pelas laterais do meu corpo até alcançar o final da saia, começando a subir a peça.

- Você vai ter que ficar quietinha - sussurrou contra a minha pele, me provocando.

Nós ficamos o horário de almoço inteiro presos naquela sala.

Ambos estávamos mostrando o quanto sentimos saudades um do outro pelo tempo longe.

Durante o sexo, o Park Jimin não se conteve em dizer inúmeras vezes "estava com saudades", beijando cada parte do meu corpo que ele conseguisse alcançar sem que nos separasse.

- Batizei a minha sala - falou arrumando a sua calça.

- Ai Park Jimin - eu ri, balançando a cabeça.

Ele riu e voltou a se aproximar de mim.

- Já falei que eu senti a sua falta? - perguntou e começou a tentar ajeitar os meus fios de cabelo.

- Muitas vezes nesses últimos minutos - respondi e ele sorriu.

- Vamos voltar com o nosso lance, hum? - aproximou o seu rosto e roçou levemente o seu nariz na minha bochecha.

- Pensei que nós não tivéssemos nada - falei e ele voltou a me olhar.

- Foi você que falou isso.

Ele umedeceu os seus lábios antes de aproximar o seu rosto e grudar os nossos lábios, me beijando calmamente.

Mais beijos desnecessários...


As Nossas ImperfeiçõesOnde histórias criam vida. Descubra agora