- Hyuna-ssi - Jimin exclamou ao entrar no elevador. - Que coincidência.
Ele esboçou um sorrisinho bonito e parou ao meu lado.
Dias se passaram desde que Park foi à minha casa conversar - que resultou em mais uma discussão.
Por dois dias ele me deixou em paz.
Mas no terceiro, ele parecia planejar esbarrar em mim em cada canto daquela empresa.Tudo o que não nos vimos nos primeiros dias que ele mudou o cargo, estávamos nos vendo agora.
E ele fazia questão de conversar. Puxava assuntos, elogiava as minhas roupas, ou dizia como o meu cabelo estava bonito.
Ele estava tentando quebrar o nosso clima ruim. E eu me sentia uma tosca em pensar que ele estava conseguindo - apesar de que eu fingia que continuava não ligando para ele.
- O dia está bonito hoje, não acha? - perguntou me olhando. - Está ensolarado e sem nenhuma nuvem.
- Virou meteorologista? - perguntei.
Ele soltou um riso e apertou o botão do andar que nós deveríamos ir.
Eu tentei não ficar muito perto dele. Mas o Park Jimin fez questão de ficar parado bem atrás de mim.
- 'Tô com saudade de almoçar com você - falou baixo, mexendo nos meus fios.
- Hum - murmurei, sentindo ele colocar o meu cabelo para o lado.
Ele estava perto até demais de mim, tanto que eu podia sentir a sua respiração batendo no meu ombro.
- Não sente saudade de mim? - perguntou, diminuindo ainda mais o seu tom de voz.
Eu não respondi.
Minha pele se arrepiou quando eu senti os seus lábios depositando um selar no meu pescoço.
Eu detestava o fato de eu ainda ser tão rendida à aquele tipo de coisa - relacionado à ele.
O Park Jimin se afastou por ver que o nosso andar já era o próximo.
E quando as portas se abriram, nós saímos e fomos cada um para o seu lado.
Perto da hora do almoço, um funcionário de outro setor apareceu na frente da minha mesa e disse que o Park Jimin estava me chamando na sala dele para tratar de um dos meus projetos.
Eu fui até a sala dele e bati na porta, entrando ao ouvir um "pode entrar".
Ele estava sentado na cadeira em frente à sua mesa, mas se levantou assim que eu fechei a porta.
- O que você quer? - perguntei me aproximando da mesa.
- Você deveria ter mais respeito com alguém de cargo maior do que o seu - ergueu as sobrancelhas e esboçou um sorriso brincalhão.
- Sim, senhor - debochei.
Ele esticou alguns papéis para que eu pegasse.
- É sobre esse seu trabalho - falou e saiu de trás da mesa.
- O que tem ele? - perguntei, começando a analisar as folhas.
Jimin caminhou até a porta, e logo estava voltando para perto da mesa.
- Acho que tem alguma coisa faltando - falou ao se aproximar.
- Eu fiz tudo o que foi pedido - passei a ler a próxima folha. - Não entendo o que tem de errado. Já foi revisado e disseram que estava tudo certo.
Minha concentração na leitura sumiu quando senti o corpo de Jimin grudar no meu.
- A coisa que está faltando é você - sussurrou e as suas mãos tocaram na minha cintura. - Você e eu.
- Park Jimin... - murmurei.
- O trabalho está perfeito - falou e aproximou o seu rosto, deixando seus lábios perto da minha orelha. - Eu só inventei isso para ter você aqui.
Ele mordeu o lóbulo da minha orelha, e seus dedos apertaram a minhsa cintura.
- Eu 'tô com saudade - sussurrou.
Ele me apertou contra ele, fazendo a minha bunda roçar no seu membro.
- Ficou excitado só com isso, Park Jimin? - provoquei e mexi lentamente o meu quadril contra o dele.
- Eu preciso de você - choramingou. - Vamos fazer as pazes. Seu olhar não me engana - beijou o meu pescoço. - Você também sente saudade e quer isso.
- Estamos no trabalho - falei baixo, fechando os olhos ao sentir os seus lábios voltando a beijar o meu pescoço.
- Todos estão saindo para almoçar - falou entre um beijo e outro. - Poucas pessoas vão continuar por aqui.
- E se alguém entrar?
- Eu tranquei a porta - mordeu a minha pele.
- Planejou tudo isso? - perguntei.
Ele afastou o rosto do meu pescoço e eu o olhei por cima do ombro.
- Planejei - assentiu e deu um sorrisinho travesso.
Ele inclinou mais o seu rosto para a frente e eu juntei os nossos lábios, iniciando um beijo desajeitado.
Eu queria me virar para poder tocá-lo também, mas as suas mãos continuram firmes na minha cintura, me mantendo de costas para ele.
Entendendo aquilo como um sim, logo ele quebrou o beijo e voltou para o meu pescoço.
As suas mãos desceram pelas laterais do meu corpo até alcançar o final da saia, começando a subir a peça.- Você vai ter que ficar quietinha - sussurrou contra a minha pele, me provocando.
Nós ficamos o horário de almoço inteiro presos naquela sala.
Ambos estávamos mostrando o quanto sentimos saudades um do outro pelo tempo longe.
Durante o sexo, o Park Jimin não se conteve em dizer inúmeras vezes "estava com saudades", beijando cada parte do meu corpo que ele conseguisse alcançar sem que nos separasse.
- Batizei a minha sala - falou arrumando a sua calça.
- Ai Park Jimin - eu ri, balançando a cabeça.
Ele riu e voltou a se aproximar de mim.
- Já falei que eu senti a sua falta? - perguntou e começou a tentar ajeitar os meus fios de cabelo.
- Muitas vezes nesses últimos minutos - respondi e ele sorriu.
- Vamos voltar com o nosso lance, hum? - aproximou o seu rosto e roçou levemente o seu nariz na minha bochecha.
- Pensei que nós não tivéssemos nada - falei e ele voltou a me olhar.
- Foi você que falou isso.
Ele umedeceu os seus lábios antes de aproximar o seu rosto e grudar os nossos lábios, me beijando calmamente.
Mais beijos desnecessários...
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As Nossas Imperfeições
Romance- Eu odeio você às vezes, sabia? - reclamei. - Quase sempre, na verdade. - Assim você me magoa, coisinha linda - colocou a mão sobre o peito, fingindo estar realmente magoado. - Mas saiba que eu sou doidinho por você. - Você é ridículo - eu dei risa...