Capítulo Seis

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Levei o cigarro à boca e puxei a fumaça, tragando a mesma dentro do meu peito.

Senti a queimação que me trazia tanta falta, por eu não fumar com tanta frequência quanto desejava.

Encostei a cabeça no sofá que estava atrás de mim e soltei a fumaça lentamente, enquanto encarava o teto.

Três tragadas foram o suficiente para me fazer sentir o meu corpo totalmente relaxado.

Sorri sentindo o meu coração acelerado por efeito da droga. A mesma que fez as coisas que me incomodam irem para longe dos meus pensamentos.

O meu momento relaxante e a sós foi interrompido quando alguém começou a bater na porta.

Estava tocando música na televisão, então provavelmente por isso a pessoa continuou insistindo em bater na porta, mesmo quando eu ignorei.

Bufei e deixei o baseado no cinzeiro em cima da mesa.

Levantei do chão e caminhei até a porta, abrindo a mesma.

- Que demora, hein - Jimin reclamou assim que pôde me enxergar.

- Eu estava tentando ignorar quem quer que estivesse na porta - falei e saí da frente da mesma, voltando para perto do sofá.

- Você não atendeu o celular, então eu resolvi vir ver você - entrou e fechou a porta.

Ele tirou os sapatos e veio até mim.

- Que cheiro é esse? - perguntou e me fitou. - Os seus olhos estão vermelhos. Você 'tá chapada?

- 'Tô - afirmei.

Eu voltei a me sentar no chão, sentindo o olhar de Jimin sobre mim.

O homem soltou um riso soprado e se sentou ao meu lado.

- O que você faz aqui, Park Jimin? - perguntei e olhei para ele.

- Está bravinha por que eu acabei com a sua brisa? - questionou em meio à um riso.

- Estou só perguntando o motivo de você estar aqui, sempre tem um.

- Pensei que você tivesse parado de fumar - ignorou a minha fala e mudou de assunto.

- Eu parei - dei de ombros e voltei a pegar o cigarro. - Mas hoje eu fiquei com vontade.

Levei a droga até a boca novamente e voltei a tragar a maconha.

O Jimin não parava de me encarar, então eu o encarei de volta.

Soltei a fumaça e me aproximei dele, me sentando em seu colo, com uma perna de cada lado das suas coxas.

Aproximei o meu rosto e grudei os nossos lábios, iniciando um beijo lento e intenso.

As mãos de Park me seguraram com firmeza, intensificando mais o nosso contato em poucos segundos.

Ele mordeu o meu lábio e se afastou.

- Não vou transar com você - ditou. - Não com você chapada.

- E o que tem? - questionei.

- Sabe que é considerado estupro, não é? - tirou as mãos das minhas coxas.

- Fuma comigo então - ofereci o cigarro.

- Não quero - negou.

- Aish, Park Jimin. Você já foi mais divertido - revirei os olhos e voltei a tragar a droga.

A alguns meses atrás nós costumávamos fumar juntos de vez em quando.

- Tem algum motivo para você estar fumando? - perguntou.

As Nossas ImperfeiçõesOnde histórias criam vida. Descubra agora