CAPÍTULO 1

17.2K 1.3K 173
                                    

VANESSA MOTA;

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

VANESSA MOTA;

Olho as fotos que a Harley tirou, e suspiro frustrada. Não consigo acreditar que ela se foi, minha chefe jamais desistiria tão fácil. O que estou pensando?! É uma mulher, contra aquela enorme montanha. Mas, mesmo assim, dentro de mim não admito que isso seja verdade.

— Não seja boba, Harley não era amiga de ninguém, vivia no próprio mundo dela, e nunca se importava com o que dizíamos. — Jorge revira o olhar com certa raiva, mas apenas ignoro. — São três anos. Você deveria esquecer logo tudo isso, e parar com essa fixação por essa fotógrafa.

Realmente Harley era muito distante de todos, no sentido sentimental das ações diretas, porém, mesmo que não soubesse ser delicadas nas palavras, e tão impulsiva como uma zebra, ela ganhou minha afeição e meu carinho. Sei que sua antipatia é uma forma de defesa para não se decepcionar, e até certo ponto a entendo, porque não se fosse tão apegada as pessoas, teria evitado muitos sofrimentos.

Sai sem lhe responder, porque suas intromissões são insistentes e descabidas. Jorge não entendi meu carinho pela Harley, com sinceridade nem me importo se ela não sentia o mesmo, porque, da sua forma muitas vezes desapegada e distante, sempre foi muito importante para mim, e sinto muito sua falta. Casados a tanto tempo, e ainda não estou acostumado com sua mania de querer controlar até meus pensamentos. Queria ser mais como a Harley, desapegada e impulsiva, assim não estaria nessa relação morna e evidentemente fracassada.

Quando trabalhávamos juntas, Harley nunca desfaçou sua aversão ao meu marido, em especial quando ele me destratava, e isso de certa forma sempre me foi aceito como um carinho de irmandade, mesmo que jamais minha chefe admitisse isso.

...

— Como já disse outras vezes, não pode fazer essa escalada sozinha. Já pensou que ela pode não está viva?! — solto um suspiro frustrado, porque o guia não quer me levar mais uma vez. — É uma escalada perigosa. Seria mais adequado um grupo.

— Por favor, só mais essa vez?! — meus olhos se enchem, e ele suspira inquieto.

O homem é alto, no mínimo uns dois metros de altura e mora aos pés da montanha com sua mulher e filhos. É o único que realmente entende a subida da montanha, e poderá me levar onde exatamente a Harley estava, e já fui até o lugar onde ela deveria tirar as fotos, porém não existia nenhum vestígio, afinal a neve expeça não deixa nada no seu caminho.

— Coldex. — A mulher ao seu lado, chama sua atenção. — Fale com Hagar, talvez... — Apela de forma meiga.

— Não! — negou bravo, fazendo a Luzia aproximasse devagar, e tocar seu braço com carinho.

O SEGREDO DA MONTANHA 2 |+18| ✓Onde histórias criam vida. Descubra agora