CAPÍTULO 8

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VANESSA

Acordo sentindo o frio me acertando duro. Já disse que odeio frio?! Eu odeio. A cama é macia, e toco ao redor procurando o calor que estava me mantendo até o momento, e apenas sinto o rastro quente ao meu lado. Estou com medo de descobrir quem estava deitado aqui, porque o simples cheiro me é familiar, mas do que imaginava, já que decorei devido ter usado o casaco do infeliz.

— Misericórdia. — Eu não consigo segurar o sussurro, ao virar meu corpo e ver de primeira mão, a enorme espécie escorada na parte alta de uma espécie de bancada divisória, um cumbuca na seu mão próximo a boca, e o... — Misericórdia, ao quadrado. — O gigante está peladão.

Isso mesmo! Sem nada cobrindo a sua terceira perna, e o fogo crepitando na lareira, faz a iluminação deixar aquele negócio bem em evidência mesmo. Como diabos é que minha amiga leva um negócio desse?! Sei que o homem é um gigante, mas custava ter um membro mais acessível aos mortais? Será que cresce mais que isso? Ser curiosa é um saco, e que saco. O homem ao que parece é todo lisinho.

— Aí, minha florzinha. — A bendita já está toda molhada, e o pior que nem uma calcinha estou usando.

Ela nunca foi tão ativa. E o problema, nem mesmo é o infeliz gostoso a minha frente, o fato é que ela passou o dia inteiro dando sinal de vida, somente em lembrar do bastardo do Sedrak, ela já estava piscando, e isso é tão humilhante. Não falei nada para a Harley, ou ela ia simplesmente mandar eu me sentar no gigante, mas, existe mais coisas que posso controlar com essa situação.

— Você está fazendo aquilo de novo, mas o Hagar já me explicou que só posso tomar você, quando me der uma permissão por palavras. — Eu cubro meu rosto com o cobertor, vergonha me matando aos poucos. — Porra! Nunca falar o óbvio, porque pode ofender a fêmea. — Sussurra inquieto. — Mudar de assunto, mudar de assunto. Você quer jantar?! — puxou a coberta de sobre meus olhos, e me enviou um sorriso nervoso e preocupado.

— Porque não estou na Harley?! — é a primeira coisa que questiono, tentando ignorar o fato que o homem ainda está pelado.

— Devo cuidar de você. — Solto o ar devagar, lembrando da punição dada a mim. — Vou esquentar seu jantar. — Virou sua bunda redonda com certa despreocupação, e foi em direção a fornalha a uma boa distância. — A nossa habitação, ainda precisa de alguns ajustes. Quando Harley terminar o repouso do parto, poderá ajudar você a conseguir o que precisa de modificações aqui... — tagarela, mas meu olhar está muito perdido nas suas costas largas, a bunda empinada e as coxas tão grossas e atraente, que dá vontade de tocar.

Eu nem achava bonito fisiculturista, mas a questão é que Sedrak tem músculos delineados e naturais. Para um homem gigante, notei que ele tem o corpo muito proporcional, e até mesmo o rosto dele é bem delimitado e de feições severas. O infeliz é lindo! Não posso negar.

— Está quente. — Parou a minha frente, e por algum motivo muito idiota, eu me sentei com rapidez, dando de cara com a anaconda.

— Você se importa de vestir algo?! — consigo balbuciar, esperando realmente que ele tenha ouvido.

— Desculpe. Não tenho roupas macias, e as minhas estavam incomodando. — Deu de ombros, como se aquela desculpa fosse o suficiente.

— ..., Mas, eu... é. — por que diabos eu perdi a fala?!

— não quer comer?! Fiz bem gostosa. — baixou a tigela rente ao meu rosto, e o cheiro do cozido me fez ao menos ter a decência de assentir.

— eu estou sim com fome. Nem sei que horas dormi. — Admito, lembrando que os bebês sujaram minha roupa, e a Harley me mandou trocar.

O SEGREDO DA MONTANHA 2 |+18| ✓Onde histórias criam vida. Descubra agora