Prólogo

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As lágrimas caiam sem pausa alguma, o desespero de ser arrastada para sua iminente morte era desesperador e saber que não podia ser evitada era tão perturbador que Athanasia se sentia sufocada

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As lágrimas caiam sem pausa alguma, o desespero de ser arrastada para sua iminente morte era desesperador e saber que não podia ser evitada era tão perturbador que Athanasia se sentia sufocada.

A alguns dias, tudo estava bem, tudo estava nos conformes, ela vivia confortavelmente, estava começando a se dar bem com Jennette e estava pronta para sua performance de dança para o aniversário da mesma.

Mas então, em uma festa de chá da morena, o sangue manchou a mesa, as empregadas gritavam em desespero, de repente os guardas agarravam seus braços e seu pai rapidamente estava ali.

O mundo parecia submerso, ela parecia submersa, incapacitada de entender a situação, incapaz de acreditar que estava sendo arrastada para uma cela, incapaz de digerir a informação de que Jennette fôra envenenada e ela estava sendo acusada como culpada.

Ela foi condenada, condenada por algo que não fez, mas não adiantou implorar ou gritar até a garganta sangrar, muito menos chorar desesperadamente até se afogar em soluços.

Ela ainda estava algemada, pelos pés e pelos pulsos, ambas conectadas por uma corrente tão pesada quanto às argolas de ferro, esperando sua condenação.

Seu choro se intensificou quando os passos dos soldados ressoaram pelo lugar, ela tremia, estava assustada, estava com medo.

"Eu não quero morrer" era só o que podia pensar.

Eu não quero morrer.

Eu não quero morrer.

Eu não quero morrer.

Por favor...

- Pegem. - disse o guarda invadindo a cela escura e húmida, ordenando que pegassem a princesa.

- Não, não, não, não. Por favor. Por favor! Eu não fiz nada! - Ela começou a gritar enquanto era agarrada pelos braços e arrastada para fora da cela.

Carregada pelos soldados, Athanasia implorava pelos corredores escuros de pedra e musgo, gritando e chorando.

Eu não quero morrer...

Eu tinha planos!

Eu queria viajar, conhecer o mundo! Eu queria melhorar minha magia, eu queria vestir vestidos bonitos, queria dançar em bailes, queria fazer minha própria festa do chá, queria ter aprendido a tocar algum instrumento, queria que papai me reconhecesse.

Eu queria amar, conhecer alguém bonito, queria me casar e ter meus próprios filhos, ensinar tudo o que sei, ama-los como nunca me amaram.

Eu queria viver.

- Eu não quero morrer. - Ela murmurava, desistindo, se permitindo ser arrastada pelos braços finos e gélidos, seus pés se machucando nas pedras do solo.

Ela foi colocada de pé novamente quando pararam na frente de um grande portão de madeira, atrás dele, murmúrios de muitas pessoas ao mesmo tempo podiam ser ouvidos, ela estava com medo.

Eu queria ter lido mais livros com finais felizes ao inves de livros educativos, eu queria ter dormido até tarde e comido tudo o que podia aguentar.

Os portões se abriram, um enorme corredor foi aberto pelos guardas, afastando a multidão de cidadãos da estrada que levaria até a praça pública, onde o "palco" já estava armado.

Ela caminhou pela estrada, ouvindo os xingamentos caindo sobre si, alguns jogam pedras, outros frutas ou bebidas, mas ela continuou andando, os pés descalços queimando na estrada quente do sol de verão.

Ela só tinha 18 anos, uma jovem que nem ao menos viveu mas que logo morreria.

Foi empurrada para as escadas, caindo de joelhos no primeiro degrau graças a força aplicada, mas logo se recompôs, se erguendo completamente e subindo as escadas, chegando ao topo e vendo o mar de pessoas na praça principal.

Parecia que toda a Obelia enfurecida estava ali, mas não foi o que lhe amedrontou, mas sim na tenda real que era protegida pelos guardas.

Nela, Claude estava sentado no trono dourado, tranquilo e frio. Como sempre estivera.

Aos poucos, as esperanças de o homem se compadecer por ela.

Ele a matéria sem remorsos.

Sua boca secou.

- Pai. - Ela chamou, assustada quando viu o homem levantar e caminhar até a entrada da tenda.

Lhe lançando um olhar mortal, ele enviou um aviso para o carrasco com os olhos s Athanasia sentiu o mundo correr de vagar quando a corda trançada passou por seu rosto, apertando seu pescoço.

Eu não quero morrer.

Eu não quero morrer.

Eu não quero...

- Athanasia de Alger Obelia. - ele chamou alto e em bom som. - É vergonhoso ter meu nome relacionado a você.

Eu quero mesmo viver?

Viver para ficar com...

- Você está sendo condenada a morte por enforcamento pela tentativa de assassinato de Jennette de Alger Obelia.

Ele?

Calado, Claude levantou um mão, a multidão gritava enfuressida, foi quando ele desceu a mão que o carrasco puxou a alavanca.

E Athanasia sentiu o chão desaparecer.

A dor a inundou, mas ela não sentia a morte, apenas quando o ar começou a faltar e não ser reposto que ela entrou em pânico.

Ela não teve seu pescoço quebrado o com a queda, ela sofreria até o fim.

Mas ela não ligava mais.

Eu não preciso viver assim. Não preciso viver por quem não me valoriza.

E assim, Athanasia apenas aceitou a morte, aceitou com apenas um pedido.

Deus. Se tu realmente existir, por favor, eu não quero voltar. E mesmo que eu volte, não me permita ser novamente isso...

Não me permita ser um ser humano novamente.

𝐓𝐡𝐞 𝐏𝐫𝐢𝐧𝐜𝐞𝐬𝐬'𝐬 𝐒𝐞𝐜𝐨𝐧𝐝 𝐋𝐢𝐟𝐞 - ʷᵐᵐᵃᵖ Onde histórias criam vida. Descubra agora