𝐓𝐡𝐞 𝐏𝐫𝐢𝐧𝐜𝐞𝐬𝐬'𝐬 𝐒𝐞𝐜𝐨𝐧𝐝 𝐋𝐢𝐟𝐞 - ʷᵐᵐᵃᵖ

𝐏𝐑𝐎𝐋𝐎𝐆𝐎

《DEGUSTAÇÃO》

Erguido a alguns metros do chão, pendurado por uma corda grossa que envolvia dolorosamente seu pescoço fino e delicado, Athanasia estava pálida e frívola.

Sem vida.

Olhando o corpo da jovem ao longe, Claude apertou os punhos, suas sobrancelhas se apertaram e seus olhos se quer piscavam.

Diferente do que imaginou, o alívio que esperava ter não chegou, na verdade, quanto mais olhava para aquele corpo frio e imóvel, mais pesado seus ombros ficavam.

Athanasia.

Uma criança irritante de quem sempre quis se livrar, uma criança que trazia a pior das sensações, uma criança que carregava o rosto de uma maldita mulher que ele fez tudo para esquecer, mas que a imagem remanescia em sua memória sempre que olhava para aquela coisa.

Ele pensou que finalmente teria se livrado, que seus problemas acabaram.

Mas não foi assim, não naquele dia, nem nos dias que se sucederam.

Como um fantasma, ele constantemente a via, vagando atrás dele como um estigma infinito.

E naquela noite não foi diferente.

O líquido âmbar de seu whisky mais parecia água do que álcool enquanto ele bebia com velocidade, tentando a todo custo tirar aquela imagem de sua frente.

Mas nada podia ser feito com aquela criatura.

Os olhos fantasmagóricos brilhando em crueldade, magoa e ira, enquanto sua imagem obscura serpenteava por ele, o abraçando pelo pescoço, seus lábios próximos ao seu ouvido, seus braços enrolados em si enquanto o resto de seu corpo flutuava a suas costas.

A corda ainda enrolada em seu pescoço tremulava em frente aos seus olhos, não lhe permitindo esquecer, e sua voz lhe sussurrava palavras que se cravavam em sua mente.

Ele tentava a ignorar a todo custo enquanto desviava o rosto, mas ela estava disposta a perturba-lo.

- Você vai morrer... - Ela murmurou cruel, sua risada fantasmagórica acelerava seu coração, sua mente perdida. - Você vai conhecer a dor da morte também.

Ela dizia isso a ele todos os dias, sem falta.

E mesmo já acostumado a aquelas alegações, Claude ainda se permitiu estremesser, sentindo nada mais e nada menos que medo.

- E quem irá me matar? - ele perguntou pela primeira vez, virando o líquido alcoólico pela garganta. - Você? Escuridão.

A gargalhada da menina rompeu o silêncio, tão alta e genuína que ele quase pode ter o vislumbre da criança que um dia ela foi.

A mesma criança que o atormentava em sonhos, falando bobagens carinhosas todas as noites.

Aquela maldita menina.

- Tão ingênuo. - Ela sorriu, suas mãos se apertando no pescoço dele enquanto gargalhava. - Você deve temer os vivos, não os mortos.

Ele se virou, finalmente olhando para ela.

Sua imagem espectral flutuava obscurecida no ar, seu rosto cruel estava decorado com um sorriso maligno enquanto a ponta da corda que ainda envolvia seu pescoço era amarrada em um nó de forca por suas mãos pequenas.

Ao concluir o nó, ela envolveu a corda por ele, que não senti fisicamente o objeto, mas que fez sua pele se arrepiar e formigar.

- Não esqueça, a traição vem daqueles que mais colocamos esperança, papai.

E mais uma vez, seu quarto foi inundado por uma gargalhada cruel.

❌CAPÍTULO NÃO REVISADO❌
Oiii, tá chegando o dia!!!

Estão preparados?

《《EM BREVE》》