🏮4.4🏮

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- Eu sinto sua falta

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- Eu sinto sua falta.

Observando o rosto pálido da irmã, Athanasia deslizou os dedos pela pele fria da mesma.

Com os olhos já secos de tento chorar, Athanasia apenas se abraçou ao corpo imóvel de sua irmã, ouvindo a respiração suave da mesma.

- Ele me tratou como uma criminosa.

A lua iluminou as duas pelas frestas das cortinas.

Observando a expressão impassível da irmã, Athanasia suspirou, repousando a cabeça no ombro de Anastácia, um novo nó se formando em sua garganta.

- Eu queria que você estivesse aqui.

Um soluço.

E assim, a noite se passou, e Athanasia mais uma vez partiu na aurora, deixando para trás sua adorável e amada irmã.

••••

Um pesadelo interminável.

Anastácia podia facilmente afirmar com todas as letras de que o que ela estava vivendo em meio a aquela escuridão era o mais puro pesadelo.

E naquele pesadelo, ela aprendeu trás coisas.

1- Todos os "dias", ela abria os olhos ao som das risadas de Athanasia e logo depois, os guardas que a levavam para a forca chegavam.

2- Ela descobriu que não conseguia quebrar o ciclo maldito no qual a escuridão havia lhe colocado.

E o mais importante de todos.

3- Ela aprendeu que existia, na cela mais distante, um grande vórtice obscuro.

E naquele dia, ela estava disposta a descobrir o que aquele vórtice escondia.

Como em mais um dia, ela acordou ao som das risadas de Athanasia, seu corpo inteiro doía, fazendo com que até mesmo respirar fosse dolorido.

Mas ela ignorou, assim como vinha fazendo nas últimas semanas onde tentou escapar, e naquela vez, ela tinha certeza que conseguiria.

Quando a cela foi aberta, Anastácia já estava pronta, a princesa viu quando todos deram espaço para a porta de grades abrir, e então, com um pulo, a mesma escapou como um coelho fugia de um lobo.

E assim como todas as vezes que tentou fugir, o estridente grito da escuridão abalou seus tímpanos, parecendo navalhas em sua cabeça.

Mas ignorando tudo e ouvindo apenas o ritmo acelerado de seu coração, Anastácia continuou correndo pelo interminável corredor, cega pela escuridão que gradualmente preenchia o lugar, fazendo sua apreensão crescer ainda mais.

Sentindo suas pernas fracas, as costas da princesa formigavam, seu coração acelerou e o medo começou a crescer em si quando o breu total a rodeou, suas pernas fracas puxaram forças no completo nada e seu cérebro apitou.

Algo grande estava correndo atrás dela.

Ela podia sentir.

Algo grande iria pegá-la.

E ela estava apavorada.

Sua respiração ficou difícil, suas pernas ficaram pesadas e era como se a qualquer momento fosse cair, sentia seus braços e costas formatando, como se grandes palmas estivessem ao ponto de agarra-la.

Sentindo seu nariz arder e seus olhos umidecerem, Anastácia engoliu o soluço quando o choro a atingiu.

Foi quando, ao longe, uma figura estendeu os braços para si.

Fraca, Anastácia olhou para a silhueta brilhante e dourada a esperando e sem tardar, avançou para seus braços.

Ela conhecia aquela pessoa.

Ela nunca esqueceria quem era.

Caindo nos braços da figura, a princesa sentiu como abraçasse o próprio sol, e em um instante, um explosão de luz atingiu seus olhos.

••••

Observando a menina deitada na cama, Claude mais uma vez se viu imerso em uma memória que a muito tentou esquecer.

A cada olhada que dava para a menina deitada na cama, completamente fragilizada, Claude se via em uma confusão de memórias.

Uma, de sua mãe, a mulher fraca que pouco a pouco encontrou sua morte.

E outra, também de sua mãe, desfalecida e sem vida, pálida e fria.

Assim como aquela criança.

Afastando aquela memórias, Claude se ergueu, sempre na mira do dragão que estava pouco maior do que estava na primeira vez que visitou a garota.

Olhando ao redor do quarto, Claude lentamente se aproximou da penteadeira organizada da menina, e por uma imensa curiosidade, abriu uma das gavetas.

O que estava lá dentro o deixou ainda mais curioso.

Um mediano livro rosado estava ali, em meio a alguns lenços e canetas penas.

Erguendo o livro, Claude abriu a capa grossa do mesmo, percebendo um detalhado desenho de um homem, com fios lisos, ao seu lado direito, uma menina de franja cobrindo a testa, cabelos lisos e roupas de boneca, ao seu outro lado, uma meninas de aparência mais humilde, com selvagens fios capilares presos.

Mas ele não sabia identificar quem eram aquelas duas meninas, nem o homem, tudo graças o negrume com o qual a pele do trio foi tingido.

Deslizando a próxima página, Claude observou as letras suaves e quase preguiçosas que formavam uma interessante frase.

"𝓟𝓪𝓻𝓪 𝓳𝓪𝓶𝓪𝓲𝓼 𝓮𝓼𝓺𝓾𝓮𝓬𝓮𝓻."
- 𝓐.

E então, virando a página, Claude foi atingido por rios de letras, todas formando uma história que foi escrita calmamente.

Estranhamente, ele passou a ler cada palavra, imerso no que ali estava escrito.

- Capítulo 1. - ele leu em voz murmurante. - "Eu dei tudo de mim, juro que dei. Mas no fim, tudo o que recebi em troca foi o gosto amargo da morte..."

"

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𝐓𝐡𝐞 𝐏𝐫𝐢𝐧𝐜𝐞𝐬𝐬'𝐬 𝐒𝐞𝐜𝐨𝐧𝐝 𝐋𝐢𝐟𝐞 - ʷᵐᵐᵃᵖ Onde histórias criam vida. Descubra agora