𝗔𝗿𝘇𝗼𝗱𝗮𝗲⁰³

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Arzodae. Verbo.
Em Zoldano: "Ferir, como com uma faca."


Estava quente.

Não calor, quente. Aconchegante!

Sentia braços rodearem meu corpo nu, enquanto mantinha meu rosto sobre a curvatura de seu pescoço. Descansei minha mão em seu peito, então podia sentir seu coração rapidamente bater sobre minha mão, como um punhado de borboletas tentando escapar. Deixei minhas mãos traçarem sua pele levemente, enquanto acordava aos poucos. Sinto seu cabelo fazer cocegas em minha bochecha.

Então, ele acariciou minhas costas nuas enquanto estávamos deitados juntos. Seus movimentos eram confiantes, afinal aquilo já era habituável para nós dois a muito tempo. Suas palmas eram ásperas, enquanto permaneciam sobre minha pele exposta, mas seu toque era delicado e suave - tudo ao mesmo tempo -.

As cobertas escorregaram de mim por um momento, mas eu estava longe de sentir frio. Estremeci ocasionalmente, mas isso foi apenas quando o mesmo parou sua mão em minha cintura.

Sorri calorosamente em seu pescoço, pressionando meu nariz nele. Enquanto segurava uma risadinha.

- Faz cócegas. - Falo ao pé de seu ouvido, me referindo ao seu contato.

Ele ri baixo, retirando sua mão de meu corpo e indo até meu rosto desta vez. Puxando-o delicadamente para encarar o mesmo.

Era Daryl, com seu semblante de sono fixando-me atentamente.

- Você está tão linda quanto antigamente. - Ele diz, acariciando minha bochecha com seu polegar. Eu sorrio para o mesmo, que faz questão de olhar para cada detalhe em meu rosto.

Ele avança até mim lentamente, nos beijando. Era calmo, apaixonante. Sem segundas intenções. Embora nosso beijo pudesse suprir cada desejo que poderíamos conter um sobre o outro. E enquanto durava, meu corpo navega pela onde de sentimentos que me esquenta. Durante nosso segundo osculo, minha mente se abre para novas lembranças nossas juntos.

Gosto daquilo, e então sorrio ao meio de nossas bocas. Mas de repente um novo sentimento me desperta, fazendo meu sorriso sumir.
Nos separo, olhando confusa para o mesmo, que me lança um olhar atento. Daryl acaricia meus cabelos com calma.

- Não entendo. - Falo baixo, encarando o mesmo.

Ele põe meu cabelo atrás da orelha.

- O que você não entende, meu amor? - Ele finalmente me olha nos olhos.

- Sinto que já vivenciei esse momento em alguma vez antes. Como num sonho - Digo ao mesmo, franzindo a testa.

Daryl para com o carinho e espera alguns instantes de silêncio entre nós dois.

- Bom, se for verdade, eu espero que esse sonho tenha sido comigo. - Ele fala, e sorrio quando o mesmo diz isso.

- Eu tô falando sério. - O respondo, sorrindo para o mesmo.

Daryl me puxa para ele novamente, dessa vez retribuindo o sorriso.

- E você acha que eu também não estou, senhorita Dixon? - Ele sussurra a última fala, apenas para mim.

Seu abraço esquenta minhas costas nuas, até meus seios contra seu peito. A sensação que Daryl me traz me força a arfar contra sua bochecha e sei que isso o faz sorrir. Com as mãos entorno de seu rosto, eu o puxo até mim. Sentindo-o aprofundar nosso ósculo com sua mão ao lado do meu quadril, me levando mais contra si. O cabelo de Daryl enrola em minhas mãos e aproveito isso para agarrá-lo com mais força.

𝗦𝗲𝘂 𝗦𝗮𝗻𝗴𝘂𝗲 𝗲 𝗟𝗮́𝗴𝗿𝗶𝗺𝗮𝘀, 𝖽𝖺𝗋𝗒𝗅 𝖽𝗂𝗑𝗈𝗇 ²Onde histórias criam vida. Descubra agora