Parte 5

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- Pão? - Tankhun perguntou depois que eu terminei de narrar a conversa. De maneira bem discreta, claro, porque estávamos no meio do parque e os ouvidos curiosos estavam aos montes ao redor.

Quando concordei de sair com Pete, não achei que ele nos traria para um parque cheio de crianças e seus respectivos pais e nos obrigaria a sentar numa toalha no chão para comer frutas cortadas e suco de caixinha.

- Sim. - foi tudo o que eu falei e enfiei vários pedaços de morango na boca, recebendo um olhar torto do Pete que retirou o pote plástico da minha mão.

Irritante.

Peguei seu filho e o pote de melão que ele comia e ele revirou os olhos pra mim.

- E o que você fez? - Pete continuou o assunto.

- Nada.

- Você está bem? - Tankhun pôs a mão na minha testa e eu revirei os olhos. - Está se sentindo doente?

- Eu não fiz nada. Ainda. - afastei sua mão e deixei que Venice copiasse o ato do tio maluco. - O idiota acha que eu engoli essa desculpa, mas ele que me aguarde quando eu descobrir aonde ele realmente foi àquela hora.

- Não, você não está doente.

- Deixa de agir como um maluco. - Tankhun me olhou de cima abaixo e eu acalmei a voz. - Eu preciso da sua ajuda, Phi.

- Quer investigar o Kim de novo? - Pete perguntou e tentou chamar Venice de volta, mas ele estava confortavelmente puxando o meu cabelo e nem ligou. - Você se lembra que da última vez não deu certo, né?

- Porque você foi burro e ele percebeu.

- Por causa desse insulto eu não vou te ajudar.

Se não tem drama não é Pete. Revirei os olhos pra isso. Khun riu e Venice pôs meu cabelo na boca, o que me forçou a devolvê-lo para o pai e decidir que estava na hora de cortar essa droga.

- Não vou segui-lo novamente, até porque ele já saiu mesmo. Mas quero que tentem descobrir com seus maridos o que diabos o meu namorado anda fazendo e com quem.

- Eu não tenho marido não, querido. - Tankhun falou e ajustou os óculos para continuar tomando o sol inexistente porque estava tudo nublado.

- Porque a lei não permite bigamia ainda. - ele sorriu, mas não falou nada. -  Veja com Arm se ele soube de algo pelos seguranças. Eles dizem que não, mas sabemos que eles fofocam sobre nós. Ter um namorado chefe dos guardas deve servir pra alguma coisa. Pol é bem fofoqueiro também, então não custa tentar.

- Pol é fofoqueiro mesmo.

- Nem olha pra mim. - Pete balançou as mãos. - Eu disse que não vou te ajudar.

- Vegas sabe com certeza o que está acontecendo. Eles andam muito amiguinhos ultimamente.

- Se ele soubesse, ele teria falado pra mim. Vegas não me esconde nada.

- É mesmo? E ele te falou que na semana passada ele perdeu o Venice no shopping?

- O QUE?

As pessoas ao redor olharam para nós depois do grito dele. Ora ora, se não é o casal sem segredos..

- Vegas.. o que? Venice..

- Ele está bem nos seus braços agora, é o que importa. Vai me ajudar ou não?

- Aquele idiota..

- Pete, foco.

- Porra, Porschay, você acabou de dizer que eu quase fiquei sem meu filho e quer que eu foque em você?

KimChay e a Saga do PãoOnde histórias criam vida. Descubra agora