KimChay e a Saga do Pão

Parte 11

Pov. Kim

Não consegui mais falar com Porschay depois daquela ligação e Tankhun também passou a me ignorar, mas, o trabalho estava sugando ate a minha alma e não me deixou seguir atrás dele. Pelo menos, os dias passaram rápido e finalmente chegou o domingo.

O que não chegou foi o meu namorado.

Todos esses adolescentes idiotas saíram daquele ônibus cochichando por eu estar parado na frente do meu carro encarando a porta do ônibus, mas nada de Porschay sair também. Até o idiota irmão do Vegas saiu do maldito ônibus e nada do meu Porschay.

- Está fazendo o que aqui? - o filhote de piranha falou ao se aproximar de mim sem a minha permissão. - Porschay veio primeiro com o Pavão, achei que soubesse disso. Ou você estava me esperando para falar comigo?

- Sinceramente? Eu prefiro arrancar cada dente na minha boca sem qualquer tipo de anestesia do que perder tempo da minha vida conversando com um moleque falso igual você. Mas já que eu tive o desprazer de te encontrar, entra no carro, talvez eu não tenha oportunidade melhor para te dizer algumas coisas.

- Você realmente acha que eu sou idiota?

- É sua escolha entrar no carro ou não. - desencostei do meu carro e abri a porta do motorista para ir embora e deixá-lo se virar. - Eu não vou perder o meu tempo com você.

- Tudo bem, eu vou ouvir, mas depois eu vou falar também. - o idiota mal entrou no meu carro e eu dei partida antes mesmo que ele colocasse o cinto de segurança. - Tá maluco?

- Pra começar, não é novidade que eu não gosto nenhum pouco de você. Você é falso, oportunista e um puto. E eu sei que você fica rodeando o meu Chay pra tentar conseguir algo com ele, mas, nós dois sabemos que Porschay verdadeiramente me ama e jamais me trairia. Ainda mais com um moleque idiota como você. Então, faça o favor de se afastar do meu Chay porque eu acabei de começar a me dar bem com Vegas e pegaria mal se eu sumisse com o irmão mais novo dele apenas porque você é um burro.

Infelizmente o infeliz não me deixou terminar de falar tudo o que eu queria e foi logo abrindo a boca dele.

- Quanto a você me odiar, não é nenhuma novidade, mesmo eu não tendo feito nada pra você. E em relação ao Chay... Ele é lindo, adorável e inteligente. É obvio que eu gosto dele. - ele parecia tão cheio de si que me dava vontade de socar a cara dele, mas ele estava com sorte que eu estava dirigindo. - No momento ele me vê apenas como o amigo que está aqui para qualquer coisa que ele precisar, no entanto, não é assim que normalmente o amor começa? E é óbvio que eu espero você fazer uma grande burrada que vai trazer ele direto pra mim.

- Incrível como você é idiota. - entrei com o carro na rodovia e tentei não olhar para o filho da puta, mas não consegui e lá estava o sorriso maldito dele. Era hora de esmagá-lo - Se todas os ataques de possessividade não foram dicas suficientes, saiba que Porschay me reivindicou pra sempre e eu sou o homem mais feliz por isso. Além do mais, eu nunca faria nada para afastá-lo novamente e, mesmo se eu fizesse, ele não iria pelo simples fato que eu sou dele, assim como ele é meu. - parei o carro no acostamento e destravei as portas. - Agora sai do meu carro.

- O que?

- Sai. Do. Meu. Carro.

- Estamos no meio da rodovia. Ficou maluco?

- Você é burrinho mesmo, né? Isso aqui é um acostamento e não o meio da rodovia. - ele me olhou mostrando seus dentes de piranha cerrados e eu fiz sinal com as mãos para que ele saísse logo. - Sai praga. Xô.

- Você é um grande imbecil.

- Não. Esse seria você. - o merdinha saiu do meu carro e bateu a porta com força para fechar. Mal educado como o maldito do pai dele. Abaixei o vidro da janela antes que ele começasse a se afastar. - Ah, e da próxima vez que disser qualquer coisa relacionada a tirar meu Chay de mim, o Vegas vai chorar sobre seu corpo morto porque você vai fazer companhia ao seu pai em qualquer canto do inferno que ele esteja.