Parte 7

2.2K 263 74
                                    

- Não sei porque aceitei vir aqui.

- Porque você não quer me perder.

- Está falando do que? Por acaso essa história de pão é o que o Vegas estava insinuando? Kim, se você me trair, eu te mato.

- Se me matar, você vai sentir tanto a minha falta que vai entrar em depressão.

- Você é um idiota.

- Mas você me ama.

- Eu devo ter algum problema na cabeça.

- Então foi realmente ótimo termos vindo ao terapeuta.

Fechei a cara e voltei minha atenção para a conversa no celular com o Tankhun quando o que eu queria mesmo era apagar o sorriso satisfeito que ele tinha no rosto enquanto folheava aquela revista idiota.

- Senhores Theerapanyakul?

- É Kittisawasd, querida. Meu marido faz qualquer coisa por mim, inclusive adotar o meu nome depois do nosso casamento. É aquela sala ali? Obrigado.

Puxei Kim para a tal sala e ele estava rindo da cara de idiota daquela recepcionista oferecida que esteve encarando ele desde que entramos nesse consultório idiota.

- E você preocupado com os motivos que nos trouxeram até aqui.

- Calado. Aquela jarra nem encostou em você

- Porque eu desviei a tempo.

- Boa tarde. Sejam bem vindos. - o médico que parecia novo demais para ser médico nos recebeu com um sorriso que ele não precisava mostrar para nós. - Você deve ser Porschay Kittisawasd? Sou o Doutor Wang, mas pode me chamar de Jackson se o fizer sentir mais a vontade.

À vontade uma ova.

Porque ele tinha que ser tão bonito e loiro e bonito e porque diabos ele não parava de sorrir? Aquele maxilar definido não estava doendo não? E porque caralhos ele se apresentou apenas para mim?

- Boa tarde, Jackson. - Kim apertou a mão que o medico oferecia e eu quis jogar cimento na cara dele. O que há com todos esses sorrisos e primeiros nomes hoje?

- Pare de ser tão simpático com as pessoas. - sussurrei depois que o médico saiu de perto de nós, ainda sorrindo mesmo que eu tenha fingindo não ver a mão que ele estendeu para apertar a minha. - Esse sorriso bonito eu quero apenas para mim.

- Eu te amo, mas às vezes você exagera na loucura. - Kim beijou minha testa e eu sorri, parando depois de perceber os dentes perfeitos daquele homem no sorriso que parecia petrificado no rosto dele. - Vamos nos sentar, sim?

Kim me puxou e fez sentar praticamente grudado a ele, mesmo que aquele sofá tivesse espaço de sobra. Eu gostei.

- Vamos começar? Antes de qualquer coisa, este é um ambiente seguro e livre de julgamentos. A menos que me digam algo que comprometa a vida de alguém, eu sou obrigado perante a lei a manter o sigilo de vocês. Sintam-se a vontade para me dizer o que quiserem.

- Então, Jackson, todo o problema aqui é ciúmes.

Que porra. Parem de se tratar pelo nome de batismo. Cadê o profissionalismo? E parem com esses sorrisos de merda. Porque eles...?

Porra.

Não.

- Não daquele tipo leve e até fofinho, mas do tipo que vai me esfaquear se me ver sequer olhar para alguém.

Kim continuou falando alguma coisa, mas eu só olhava para o médico perfeito que provavelmente já dormiu com o meu namorado pela intimidade que eu não estava gostando de perceber.

KimChay e a Saga do PãoOnde histórias criam vida. Descubra agora