Nossa Felicidade

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MAKENNA
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— Mamãe!!!

Meu coração para quando ouço o grito do meu filho, um grito seguido por um choro estridente.

Os anos passam, Landow cresce e essa sensação de pavor não desaparece do meu coração quando ouço seu choro, não importa o motivo. Sempre penso o pior antes de saber o que está realmente acontecendo.

Não é diferente dessa vez.

Me levanto imediatamente da cadeira, onde estou tomando chá com algumas garotas do castelo, me agacho no chão e abro os braços para recebê-lo.

— O que foi, meu bebê?

O abraço bem forte para confortá-lo antes de segurar seus braços e o avaliar. Fora a roupa toda suja de terra e grama e o rosto vermelho por causa do choro, não encontro nenhum ferimento. O que é um grande alívio. Ele está bem.

— O que aconteceu?

Com carinho, passo meus dedos em seu rosto para enxugar suas lágrimas e o acalmar. Ele para de chorar, mas seus olhos âmbar continuam molhados com as lágrimas. Landow respira bem fundo depois disso e diz em um murmúrio:

— Eu caí.

Abro um sorriso no canto dos lábios, sabendo que ele caiu há minutos atrás na trilha que fez com seu pai e algumas crianças, chorou bastante ou nem chorou, e ao me ver agora teve um ataque de choro novamente. Porque eu sou sua mãe. Me sinto muito querida por causa disso.

— Ah, é? — faço uma expressão lamentosa, para ele saber e sentir que me importo muito com ele e sua queda. — E caiu aonde?

— Lá na trilha. O Hal me deu um empurro.

Tento conter meu sorriso quando ouço-o, amo como ele pronuncia as frases de forma errada, acho uma fofura. Sei que tenho que corrigi-lo, mas ele só tem quatro anos, não precisa de um mentor carrancudo para ficar lhe corrigindo.

— O Hal fez isso? — franzo o cenho de uma forma questionadora. — Foi um acidente? Ele tropeçou?

Não tem como ficar preocupada antes de saber toda a história, ainda mais sendo que conheço muito bem o Hal e sei que ele é um bom garoto, ele nunca iria fazer nada para machucar Landow.

— Hum…— meu filho fica com um olhar pensativo, então concorda com um aceno. — Ele disse que tropeçou, sim. Mas aí eu caí e doeu muito muito.

Faço outra expressão lamentosa.

— Ooh meu precioso, e onde machucou?

— Nas mãos e no bumbum.

Landow faz um bico e acaricia sua bunda, como se ela ainda doesse, mas eu sei que não. Conheço muito bem meu filho.

— E o Hal pediu desculpas?

— Sim. — seu bico muda para um mais bravo ainda. — Mas os meninos me chamou de bunda dura e todo mundo riu e fez…— ele balança a cabeça em afirmativo para me mostrar o que aconteceu. — Aí riram mais ainda.

Tento conter minha risada e quase, quase, falho.

— Ah, bebê, tenho certeza que não riram de maldade. — acaricio seus braços para sumir com esse seu bico bravo e tento explicar para ele: — Só disseram que você tem bunda dura porque caiu e não se machucou, significa que você é muito forte.

Landow me olha pensativo, considerando minhas palavras para ver se acredita em mim ou não, mas antes que ele possa falar qualquer coisa, alguém o agarra por trás.

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