Meia-Luz

Felicidade

Sabe quando você acorda sentindo uma sensação gostosa de que o dia será bom? Eu sinto isso todas as vezes que acordo ao lado de Noa.

Nada pode estragar meu dia quando a primeira coisa que eu vejo ao abrir os olhos de manhã é o lindo sorriso sonolento dele. Esse homem é uma das minhas grandes felicidades, o meu grande amor — tenho mais certeza disso a cada dia que passo ao seu lado.

— Huum, essa banheira é o paraíso. — Noa murmura enquanto se abaixa ainda mais na água quente.

Como estou sentado atrás dele, esse seu movimento acaba endurecendo um membro meu que já está bastante rígido, o que me causa um gemido de prazer e um pingo de desespero.

— Epa, cuidado aí ou vai acabar me fazendo desejar ficar aqui o dia todo. — ao mesmo tempo que eu digo isso, minhas mãos também estão percorrendo seu corpo e apertando suas coxas.

Noa solta uma risada enquanto se remexe mais uma vez, causando outra fricção e mais um gemido em mim.

— Por mim, podemos realmente ficar aqui o dia todo.

— Seria um sonho. — murmuro perto do seu ouvido, depositando um beijo no seu pescoço. — Mas minha agenda está cheia hoje.

— Ah, como é difícil namorar um príncipe atarefado. — Noa fala com um falso drama.

— E como é bom trabalhar com ele e assim vê-lo todo dia, não é mesmo?

Eu, sinceramente, gostava muito dessa parte. Menos quando nossos horários não batiam, quando ficavamos longe um do outro.

— É. — Noa se vira um pouco para que eu possa ver seu rosto, seu biquinho de decepção. — Mas nem sempre eu posso te beijar ou te agarrar do jeito que eu quero.

É, essa parte é chata, mas o trabalho é sempre gratificante.

— Eu também sinto a mesma frustração. — abraço-o de lado e continuo com a voz mansa: — Mas eu já te disse que essa banheira e esse corpinho seriam todo seu durante todo nosso tempo livre se você se mudasse para cá…

Noa faz uma careta, me interrompendo.

— E eu já te disse que oito meses de namoro é cedo para morar juntos, ainda mais num castelo.

Eu não achava oito meses cedo, não quando gostávamos tanto um do outro, mas eu entendia o lado dele. Não ficava chateado com a resposta dele porque via que ele não estava negando porque não queria viver comigo, e sim porque não queria viver no castelo. Ele tinha receio de vir morar aqui, com a família real e toda a riqueza que nos rodeava. Eu ainda estava tentando fazer ele ver esse assunto pelo outro lado, o lado bom de viver comigo.

— O castelo pode ser grande, chique e um pouco assustador, mas é minha casa, uma casa muito acolhedora, então também seria a sua. — digo para ele em um tom suave, erguendo a mão para acariciar sua bochecha enquanto olho nos seus olhos com todo carinho. — E eu o seu lar.

Noa solta um suspiro apaixonado e me olha de um jeito todo bobo, a carinha mais linda desse mundo. Acho que mandei bem nas palavras. Ele segura minha nuca, abre um sorriso e murmura:

— Continue falando assim, lindinho, que uma hora vai acabar me convencendo.

Meu sorriso é ainda maior que o dele. Estou quase lá.

— Vou vibrar quando isso finalmente acontecer.

Antes que ele tenha a chance de falar mais, agarro sua cintura e o puxo para mais perto de mim enquanto minha boca captura a sua em um beijo fervoroso. Noa se entrega pra mim no mesmo segundo, rodeando meus ombros e tornando ainda melhor o beijo. Beijá-lo sempre será a melhor sensação do mundo, sempre irá aquecer meu coração e me causar uma grande felicidade.