A Year and a Day | Sevmione

[04] Consumação

Nenhum deles dormiu muito bem e ambos acordaram cedo para lidar com a logística de ter várias centenas de estudantes chegando ao castelo ao longo do dia. Eles evitavam contato visual e falavam o mínimo possível enquanto cada um consumia suas bebidas matinais. Ela tomou banho e depois voltou para o quarto para se vestir. Quando ela estava escolhendo algo para vestir, o comentário da noite anterior sobre a incapacidade dele de vê-la como algo além de sua ex-aluna voltou à sua mente - talvez ela pudesse trabalhar nisso. Ela escolheu uma túnica verde bem ajustada para vestir e prendeu o cabelo com o braço em um coque - era do tamanho do punho de um homem, mas estava seguro. Verificando seu reflexo, ela parecia um pouco mais velha, o que a deixaria em boa posição com os alunos e, possivelmente, com seu marido também.

Com base em sua expressão, ele ficou momentaneamente surpreso quando ela entrou no escritório, pronta para tomar o café da manhã. Um leve aceno rígido e de aprovação diante de sua aparência, no entanto, foi todo o reconhecimento que ela obteve por seus esforços, mas ele ainda estava apenas tomando sua primeira xícara de café do dia. Foi tudo sério quando chegaram ao salão – parecia que todos estavam preocupados com os preparativos para a chegada dos alunos. Sua agenda era a menos ocupada do corpo docente, então ela se ofereceu para ajudar onde fosse necessário – a diretora lhe deu algumas tarefas, assim como seu marido, e ela conversou com alguns dos alunos mais velhos quando eles chegaram, eles eram os primeiro do corpo discente a chegar. Na hora do jantar ela estava bastante exausta, embora o esplêndido banquete tenha contribuído muito para reanimá-la – foi surreal observar a seleção da perspectiva de seus professores.

Depois disso, ela ficou surpresa quando ele perguntou se ela poderia acompanhá-lo até a sala comum da Sonserina - havia coisas a dizer aos seus pupilos e ele queria que ela estivesse lá para ouvi-las. A sala estava barulhenta e agitada quando eles entraram, mas logo ficou em silêncio e olhares curiosos - e alguns ressentidos - foram lançados em sua direção. Ela ficou feliz com a escolha de suas vestes verdes - poderia parecer solidária com a casa de seu marido, embora soubesse que muitos dos alunos ainda ficariam muito desconfiados dela.

O número de alunos era cerca de metade do que havia durante seu tempo em Hogwarts, o que não era uma surpresa, mas havia um punhado de novos alunos e ele queria definir o tom que definiria o próximo ano letivo. Em seu discurso de boas-vindas, ele deixou claro que não haveria mais favoritismo de sua parte, agora que a guerra havia acabado - os alunos da Sonserina poderiam esperar deduções de pontos e detenções pelas coisas usuais, assim como as das outras casas. Ele seria justo, mas queria desiludi-los de qualquer noção de que seriam tratados de forma diferente ou receberiam quaisquer exceções dele.

— Finalmente, há um último assunto sobre o qual desejo falar com vocês. Quero apresentar-lhes minha esposa, Sra. Granger-Snape. — Ele gesticulou para ela e ela se adiantou e ficou nervosa ao seu lado. — Muitos de vocês se lembrarão dela de quando ela era estudante, aqui – daqui para frente ela ensinará Transfiguração para os alunos mais jovens, então alguns de vocês terão o privilégio de estudar com ela — observou ele deliberadamente, seu elogio indireto pegando-a de surpresa. — E para esse fim — ele fez uma pausa para causar efeito, todos extasiados com sua atenção – — espero que vocês se comportem com ela de uma forma que traga honra à nossa casa. — Ela não era tola – ele estava avisando-os de que se alguém ousasse desrespeitá-la, responderiam pessoalmente a ele.

Ele então apresentou os monitores, que a cumprimentaram formalmente apertando sua mão. Não foi uma recepção especialmente calorosa, mas ela não detectou nenhuma hostilidade aberta – eles pareciam mais curiosos do que qualquer outra coisa. Quando isso foi feito, um dos meninos mais novos – um que ela não reconheceu – aproximou-se dela corajosamente, também com a mão estendida. Ela aceitou prontamente.