Cap 1 - O Roseiral de Aycol

370 58 841
                                    

Mysta: palavra senha

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Mysta: palavra senha

SOTE: Sociedade Original Terók

Ouvinte Lateral: dom da audição supersensível

Galácena, tempos atuais...

No trecho próximo ao lago, as árvores começavam a diminuir de tamanho, tornando os Guardiões de Gala alvos fáceis de serem capturados.

— Corre, Marguel! Rápido! Eles estão nos alcançando! — Zincon esgoelou sem se importar em economizar energia. — Estamos próximos de uma passagem. Só precisamos contornar o roseiral.

Demonstrando menos cansaço, a guardiã avançava logo a frente. Não suspeitava que as pernas do guerreiro, entretanto, já não obedeciam com tanta agilidade aos comandos. Nem que usava o último fôlego para estimular os próprios passos.

A perseguição alcançava o poente. Sombras contracenavam com a vegetação fazendo, por vezes, os rostos dos fugitivos desaparecerem em meio à escuridão. A lama preta, esguichada durante a fuga, agarrava-se em suas pernas, formando uma camada extra como se fizesse parte do uniforme.

O visual de Marguel, movendo-se ágil à dianteira, desestabilizava qualquer um. O traje contornava as curvas do corpo e os cabelos ainda resistiam firmes num coque quase no topo da cabeça. Pulando com destreza, desviava-se dos pequenos arbustos e árvores que insistiam em vir ao seu encontro. Seu físico era pequeno, porém demonstrava mais resistência ao do marido.

Perseguida na mata fechada, a dupla ganhava um terreno mais aberto, deparando-se com uma paisagem imponente na natureza. Logo à frente, um mar de rosas vermelhas brilhava à luz do entardecer, desfrutando da paz de outro dia de calor daquele início de verão.

Há alguns metros de distância, o aroma das flores atraiu a atenção da guerreira, fermentando o cérebro com tal poção hipnótica. Ao inalar o perfume adocicado, lançou-se na direção da armadilha natural. Como uma ovelha desgarrada, parecia determinada em pertencer ao cenário exuberante. Zincon vinha na sequência, seguindo o traçado duvidoso da mulher.

O ambiente rosáceo, entretanto, guardava o encanto num majestoso disfarce. Um segredo nocivo aos negligentes que ousassem atravessá-lo sem as devidas precauções. Mascarado pela beleza do roseiral, um veneno poderoso esperava paciente, embutido nos minúsculos ferrões dos caules, atingir as vítimas.

— Pare, querida! — ele berrou tentando alertá-la sem se importar que os caçadores o escutassem. — Está indo direto ao roseiral!

Arranjar cortes profundos pelo corpo que os impedissem de prosseguir com a fuga era desnecessário. Duros feito osso, os espinhos poderiam rasgar as roupas, agredindo e inflamando a pele em minutos.

Ignorando o aviso, a guardiã continuou a se aproximar do perigo. A intenção era deixá-lo sem escolha. O que não imaginou foi que Zincon acelerava para barrá-la, evitando assim um desastre maior.

Galácena E Os EscolhidosOnde histórias criam vida. Descubra agora