Cap 14 - A Ousadia de Jalef

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Ribou: pássaro da região

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Ribou: pássaro da região

— Entrem, logo — a ordem apressada veio do interior da sala e o casal se analisou em silêncio.

Contudo, a ânsia em contar sobre o ocorrido na passarela, driblou qualquer suspeita de fraude ou perigo. E, antes que mais algum sodado os abordassem, abandonaram o corredor.

Passos à frente, depararam-se com dois caldeirões descansando no centro do cômodo. A guardiã aproximou-se do calor com o braço ferido grudado no peito. O fogo aquecia minimamente um líquido escuro e grudento, enquanto bolhas grandes e vagarosas cresciam e estouravam, liberando um aroma indecifrável no ambiente. Não conteve o espanto ao notar uma erupção volumosa quase tocar a borda de uma das panelas. O cheiro desagradável dilatou o nariz forçando-a expelir um ar amargo pela boca. Seus lábios enrugaram com a mistura ao lembrar-se da sopa que, quando criança, dava à Tilly. Cavalos alados — inclusive a gote de Jalef — gostavam de refeições peculiares e, aquela, definitivamente era uma. 

Feito um cão de pastoreio, Alex veio logo atrás

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Feito um cão de pastoreio, Alex veio logo atrás. Ao virar-se e vê-lo a centímetros do rosto, Sofia teve a certeza de pensarem a mesma coisa, as caras de nojo combinavam. Aconchegou-o num meio abraço ao ouvir uma lamúria. Àquele momento, a realidade batia à porta. A mistura não era comida de bicho, muito menos um café da manhã.

A mulher reparou nos olhos do terráqueo, boiavam feito duas rosquinhas perdidas entre as borbulhas escuras. Torceu boca e nariz. Ingerir algo pegajoso não agradava ninguém. Decerto ele decidia qual seria a melhor maneira de consumir o engodo sem desenvolver náusea. Isso, se não se engasgasse com a gosma, caso ela insistisse em agarrar a garganta, teimando em não descer. No entanto, se a combinação era a solução oferecida por Galácena, teria de aceitar. 

— Calma — Sofia jogou o cabelo rebelde dele para trás. — Não sabemos se essa coisa é para você!

— Só pode ser, meu amor! — Examinou os caldeirões como se desvendasse uma expressão matemática cheia de parênteses e colchetes. Soprou pelo nariz quando uma bolha preguiçosa se esticou até afinar e estourar. — Foi o que Elka viu, lembra? Faz todo sentido!

Galácena E Os EscolhidosOnde histórias criam vida. Descubra agora